Meu doce ômega

1.5K 157 113
                                    

AVISO: contém obidei/tobidei.

Obito

Toco a campainha e, em seguida, começo a me balançar para frente e para trás com o impulso do meu corpo.

O dia está meio frio, por isso, com a demora de Deidara, me encolho dentro do meu casaco.

— Tobi? — franze o cenho em confusão, assim que abre a porta. — O que você está fazendo aqui?

Antes que eu possa responder a pergunta, reparo em como ele está lindo. Os cabelos loiros soltos e bagunçados, assim como o blusão que vai até a metade de suas coxas deixam-no ainda mais perfeito. Lambo meus lábios ao pensar se ele está usando shorts por debaixo da camisa, mas logo desvio o olhar, envergonhado. Não devo ficar o desejando desse jeito, caramba. Ele não é um objeto. É o amor da minha vida.

— Trouxe umas guloseimas açucaradas para dar para o doce da minha vida — sorrio grande, ainda sem o encarar.

Balanço os copos de isopor cheios de chocolate quente para chamar sua atenção.

— Hm. Entra — dá passagem. No momento em que fecha a porta, me olha. — Vem por aqui. Ah, é... Eu nem preciso pedir 'pra você me seguir. Às vezes, eu esqueço que você é meu cachorrinho — não entendo qual a graça, porém ele ri de leve.

Sem prestar muita atenção, sigo seus passos pela casa. Só saio de meu transe quando percebo que estou em seu quarto, já que seus feromônios estão por todos os lugares. Meu lobo interior urge para uivar, mas eu contenho meus instintos. É como estar no paraíso.

Deidara não está tão animado quanto eu. Bufa e senta-se em uma cadeira frente a um quadro, disposto no meio de toda sua bagunça. Pega uma palheta de tintas e mantém o olhar preso sobre a tela. Só então reparo que a blusa que ele veste está coberta por manchas coloridas diversas.

— Dei-senpai, o que está pintando? — me aproximo para olhar. — Está bonito.

— Está horrível, hm — revira os olhos. — Pior obra de arte que eu já fiz. Hm.

— Artistas sempre acham que seus trabalhos são horríveis, mas não é verdade. Eu acho que está muito lindo.

— Não é questão de beleza. Só não faz sentir nada. Hm. Qual o objetivo de fazer arte se não vai tocar ninguém? Se não vai ser uma explosão por dentro e por fora da pessoa? — apoia o queixo na mão, ainda encarando o trabalho. — O que, hm, isso te faz sentir?

Cruzo os braços e entorto um pouco a cabeça.

— Eu não sei avaliar arte.

— Não é sobre avaliação. Hm! Caramba. Essa porcaria não combina comigo!

Sua expressão se distorce em raiva, até que desiste de tanto encarar seu projeto para pegar um dos biscoitos que eu trouxe. Aproveita e leva um pouco do chocolate quente aos lábios.

— Que, hm, gosto bom — sorri de leve, mexendo a cabeça de um lado para o outro. — Tem o seu cheiro, sabia?

Levanto uma das sobrancelhas.

— Meu cheiro?

— Hm... Seus feromônios cheiram a chocolate.

Se a arte de Deidara não está causando nenhuma explosão em alguém, suas palavras, sim. Estou em chamas. Meu rosto esquenta.

— Bom saber.

Retiro o casaco, não por conta da vergonha, mas pelo aquecedor ligado, enquanto Deidara continua se deliciando com a comida. É muito bom fazer o meu loirinho feliz. 

Dringr- narusasu Onde histórias criam vida. Descubra agora