Erick
Depois de ter visto aquela garçonete chamada Juliana pela primeira vez, não consegui tirar ela da minha cabeça. Estava em casa, em meu escritório para ser mais exato, pensando na Sophia, como eu sinto falta dela, faz meses que eu não a vejo. Onde você pode achar uam esposa honesta, Erick? Pensa, pensa. Bebo um pouco do vinho que estava em minha mesa perto da papelada, até que tenho a ideia mais doida de todas, por que não me casar com a garçonete? Eu tinha certeza que ela não me chamou atenção sem motivo. Claro que irei investigar ela á fundo. Mas minhas primeiras considerações são: Ela é uma moça simples, trabalhadora eu diria, aparentemente solteira(pelo menos não tem anel nenhum no dedo) e com toda certeza não se joga pra cima de qualquer um.
Então, pego meu celular e ligo para um amigo meu que é detetive particular:
Ligação on
- Oi Erick, tudo bem?
- Tudo sim e você meu amigo?
- Estou bem também. Qual o motivo da sua ligação?(me faço de ofendido)
- Eu não poderia ligar apenas pra saber como meu velho amigo está?
- Não faz seu tipo fazer esse tipo de coisa Erick, nós dois sabemos disso. Diga logo o quê você quer.
- Já que você insiste. Preciso dos seus serviços.
- Quem você quer que eu investigue?
- Uma moça chamada Juliana, não sei nada sobre ela, nem o sobrenome, a única informação que tenho dela é que ela trabalha no restaurante La Gomes.
- Aquele perto da sua empresa?
- Exatamente, você acha que vai se muito díficil descobrir algumas coisas sobre ela?
- Creio que não, a informação que você me passou é mais o suficiente, o que você quer saber sobre ela?
- Absolutamente tudo que você puder descobrir.
- Entendi, pra quando você quer isso?
- Você teria alguma coisa até essa sexta-feira?
- Posso te entregar alguma coisa sim, mas não garanto que será um relatório 100%.
- Ok, qual horário e onde podemos nos encontrar na sexta?
- Umas 15:30 no seu escritório mesmo, pode ser?
- Perfeito.
- Mais uma coisa, posso saber o motivo desse interesse em uma mulher?
- Na sexta eu te conto, meu amigo.
- Ok Erick, cada um com a sua doidera. Até sexta então.
- Até, muito obrigado!
Ligação off
...
Depois daquele dia, eu almocei o restante da semana, naquele restaurante e, sempre avisava o gerente que só queria ser atendido pela Juliana e é claro que ele atendeu meu pedido. Eu apenas ia lá para observar ela. Durante esses dias, não dei em cima dela, nem nada do tipo.
Eu estava em minha sala, esperando o Murillo(detetive), quando alguém bate na porta, minha secretária anuncia o Murillo e ele entra. Nos cumprimentamos, minha secretária pergunta se queremos mais algo, dizemos que "não" e ela se retira.
Nós sentamos e eu falo:
- E aí Murillo, o que você descobriu?
Ele pega a maleta que trouxe, coloca sob seu colo e diz:
- Olha Erick, para ser sincero creio que praticamente tudo, a moça com todo respeito é uma pessoa comum, então foi um trabalho fácil, eu diria.
Fico impressionado, claro que eu imaginei que não seria muito díficil descobrir já que ela é uma pessoa simples, mas mesmo assim Murillo fez um trabalho muito bom e rápido. Pedi esse favor á ele porque sabia da sua eficiência.
- Você é o melhor Murillo. Comece então.
Ele coloca uma foto da Juliana na minha mesa e diz:
- Juliana Mariana Martins, 20 anos, sem ensino superior, mas com o ensino médio completo. Como você mesmo sabe, ela trabalha no La Gomes há cerca de 2 anos. A moça começou a trabalhar desde muito cedo.
Murillo coloca mais uma foto na minha mesa, mas agora de um senhor que devia ter seu 50 anos, um homem muito acabado na verdade, na foto ele estava aparentemente usando drogas, eu diria.
- Esse é Osvaldo Martins, 42 anos, pai da Juliana e um viciado em drogas.
- Caraca, ele está bem acabado em.
- Ele usa drogas né meu amigo. Mas continuando, ao que parece ela mora só com o pai, nada de mãe, irmãos ou parentes próximos. Ela cuida do pai, tenta manter ele fora das drogas, mas isso é quase uma missão impossível. Ao que tudo indica não tem namorado ou nenhum relacionamento amoroso. A moça sustenta a casa sozinha, trabalha o dia inteiro, inclusive ela que fecha o restaurante sozinha, o que é um perigo. Pelo comportamente dela nos dias em quê eu a observei, ela está bastante agitada, preocupação, eu diria.
- Você sabe o motivo?
- Não meu amigo, não sou tão bom á esse ponto. O chefe dela é um escroto que vive assediando ás funcionárias, inclusive ela.
- E ela?
- Como a maioria das mulheres, acaba ficando quieta, mas dá pra ver que é uma situação péssima.
- Mas enfim, pra resumir, a vida dela é dedicada a trabalhar e cuidar do pai. Não antedescentes criminais, sempre foi uma boa aluna, eu diria que ela é uma moça comum e honesta. A única coisa que eu não consegui foi o extrato bancário, isso geralmente leva um pouco mais de tempo.
- Isso é o de menos, você fez um ótimo trabalho Murillo.
- Obrigado! Creio que meu trabalho esteja encerrado.
Ele me entrega um envelope e completa:
- Aqui tem algumas fotos e mais algumas informações.
- Ok, mais uma vez muito obrigado!
- Foi um prazer.
Ele estava abrindo a porta para ir embora, quando se vira novamente pra mim e diz:
- Qual é o motivo do seu interesse na moça mesmo?
- Eu vou me casar com ela e só isso que eu posso dizer á respeito.
Ele ri e diz:
- Tchau Lellis.
- Tchau detetive.
Abro o envelope e penso " Parece que eu achei minha esposinha ideal". Agora eu só tenho que pensar em como vou fazer ela aceitar a se casar comigo.
...
O que será que vem por aí?
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O Contrato
RomanceJuliana é uma jovem batalhadora, cheias de sonhos, mas também de obrigações. Uma de suas maiores responsabilidades é cuidar do meu pai que é um viciado em drogas. Erick Lellis, um homem milionário, mas amargurado. Erick, não mede esforços para conse...