Extra

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Erick

Bem, hoje é sábado, então não tenho que ir trabalhar, mas quem  é chefe nunca têm folga. Estava em casa, analisando uns papéis, na verdade tentando me concentrar porque eu não conseguia parar de pensar na Juliana e em como eu faria ela se casar comigo. É muito pressão pra mim, como eu vou convencer uma pessoa que nem ao menos me conhece a se casar comigo? E tudo isso têm que acontecer em menos de um mês porque a audiência final é em exatamente 1 mês.

Já era um pouco tarde, então eu lembrei que faltava pouco tempo para o restaurante onde a Juliana trabalha fechar e, o Murilo(detetive) me avisou que ela está sempre sozinha nesse horário, quem sabe eu essa seja a oportunidade perfeita pra eu me aproximar. Me arrumo o mais rápido possível, pego ás chaves do carro e vou.

Chegando na porta do restaurante, noto que já está fechado, que droga! Mas noto que a Juliana, ainda está lá na porta, esperando por algo ou por alguém, um namorado secreto talvez? Fico ali observando, até que uns 3 caras aparecem, eles conversam, mas em um instante um deles coloca ela contra a parede e, parece que vai bater nela, nessa mesma hora resolvo sair do carro...


Juliana

Eu tinha tantas perguntas para fazer ao Erick, mas eu estava tão abalada e, ainda em choque por tudo o quê acabou de acontecer, que durante todo o trajeto até o hospital, eu não consegui dizer nenhuma palavra, acho que inclusive ele entendeu que eu não queria conversar porque ele não deu se quer uma palavra também.

Chegamos no hospital, eu vou correndo  desperada até a recepção e pergunta:

- Moça, eu sou filha do Osvaldo Martins que foi internado agora pouco com overdose, como ele está?

- Eu preciso dos seus documentos.

Olho e vejo que eu não estava com minha bolsa. Devo ter deixado dentro do carro do Erick, droga! Na hora em que eu ia voltar pra pegar, ele aparece com a bolsa e diz:

- Acho que você deve estar procurando por isso.

- Obrigada!

Entrego os documentos pra recepcionista, que pede  para aguardar na recepção que o médico já está vindo falar comigo. Me sento, Erick senta ao meu lado, até que um médico aparece e fala:

- Parentes do paciente Osvaldo Martins?

- Eu.

- Boa noite senhores, eu sou o doutor Willock e estou atendendo o seu pai. Uma pessoa o trouxe aqui e ele estava tendo um início de overdose. No mesmo momento começamos a atender ele. Agora ele está instável, mas precisa ficar em observação. Ele é dependente químico há muito tempo?

Suspiro aliviada ao saber que ele estava bem e falo:

- Sim, faz cerca de uns 13 anos, no começo não eram drogas fortes e ele não usava com tanta frequência. Mas com o passar dos anos as coisas só foram piorando.

- Entendo, infelizmente isso acontece com a maioria. O ideal seria uma clínica onde ele poderia se tratar.

- Eu sei, ele até ficou em uma clínica pública uma vez, mas acabou não dando muito certo.

- E uma particular?

- No momento eu não tenho condições pra pagar uma.

- Entendo. Bem, como eu disse ele irá ficar em observação por um dia, provalvemente amanhã ele estará de alta e você poderá buscá-lo.

- Eu posso ver ele?

- Infelizmente não, o horário de visita já passou e a senhora também não pode ficar para acompanhá-lo. Desculpe.

O ContratoOnde histórias criam vida. Descubra agora