O Contrato

Sinceridade

Juliana

- O quê? Como assim? Quando ela reapareceu?

- Algumas semanas atrás. Inicialmente eu não quis conversar com ela para saber o que ela queria, mas depois de ela não me deixar em paz, eu perguntei a ela o que ela estava fazendo novamente aqui e então ela me disse que queria se aproximar da Sophia.

Respiro fundo. Caraca!Por essa eu essa eu realmente não esperava.]

- E o que você acha de tudo isso?

- Eu acho que é meio tarde demais para isso e com certeza a intenções dela não são verdadeiras.

- Isso significa que você não vai deixar ela se reaproximar da Sophia então?

- Exatamente, quando a Sophia estiver maior, ela pode ir atrás da mãe se quiser, mas eu não vou permitir que ela traumatize a Sophia, que a encha de esperanças e depois vá embora igual fez anteriormente.

- Realmente.

- E você o que acha?

- Olha, pra ser honesta, a minha visão é outra, porque eu não conheço a Denise, mas dado ao fato de ela abandonou a Sophia, também não acho legal. Até porque nem sabemos se ela veio pra ficar mesmo, não é bom brincar com os sentimentos de ninguém, ainda mais de uma criança.

- Com toda certeza. Então você concorda comigo?

- Sim, isso é o melhor para a Sophia, pelo por agora. Ser abandonada já é difícil, mas acho que ser abandonada duas vezes é pior ainda.

- Verdade.

Ele sorri, segura na minha mão que estava sob a minha coxa, olha em meus olhos e diz:

- Obrigado por me apoiar, Juliana.

Sorrio de volto.

- Imagina, eu amo muito a Sophi e só quero ver o bem dela.

- Mas agora mudando de assunto, o que eu tenho que fazer pra de ter de volta?

- Erick, você foi um babaca, que só me usou, mesmo sabendo da importância de tudo aquilo pra mim.

- Juliana, eu nunca te usei. Eu gostava, eu gosto realmente de você, posso ter sido babaca mesmo, mas eu estava confuso.

- Por que sua ex apareceu?

- Sim, mas não pelo motivo que você imagina. Lógico que eu não sabia o que fazer em relação a Sophia, mas eu tenho a extrema certeza que não sinto nada por ela, eu nem poderei, mas enfim vou fazer o que for para mostrar todas essas coisas pra você, pois sei que só palavras não são suficientes. Eu fui muito babaca e, insensível, me desculpa por isso.

- Tá desculpado, mas você pode o que você quiser.

Como chegamos em casa, eu desço do carro e entro em casa.