O Contrato

Beijo

Juliana 

Ele diminui mais ainda a distância entre nós dois, o que me deixa quase sem ar. Seus olhos procuravam nos meus uma resposta, sua respiração profunda indicava inquietação pela que espera. Então eu balanço a cabeça positivamente, em em segundos seus lábios estavam nos meus, era um beijo tão urgente, desesperado, que parecia que o mundo iria acabar naquela mesmo instante, ele segurava minha bunda, trazendo meu corpo para mais próximo ainda do dele. Ele estava com os dedos entre o meu cabelo, enquanto beijava pescoço, juro que tive que me apoiar nele para não cair porque minhas pernas estava completamente bambas, senti meus peitos endurecem de desejo, cada centímetro do meu corpo desejava aquele homem, desejava mais. Até que ele sussurra no meu ouvido com a voz ofegante:

- Para o meu quarto ou para o seu?

Aí que eu me dei conta do que estava prestes acontecer, me afastei dele que me olhou sem entender a minha reação e disse:

- Erick, o que nós estamos prestes a fazer?

- Nós estamos prestes a fazer amor,vem cá.

Ele tenta me beijar novamente, mas eu coloco as minhas mãos na frente para ele ficar onde está.

- E o que isso mudar em relação a mim? Em relação ao nosso relacionamento?

Ele suspira.

- Eu não sei, Juliana.

- Vou repetir a pergunta que fiz hoje mais cedo, o que você sente por mim Erick?

Ele fica inexpressivo.

- Honestamente, eu não sei Juliana.

Dou um beijo na bochecha dele, que me olha sem compreender essa atitude e falo:

- Então só me procure, ou me beije quando descobrir.

Ele fica com a boca aberta sem resposta, o deixo ali parado e eu subo as escadas para ir ao meu quarto.

Vou direto para o banho, eu gosto do Erick, tenho certeza disso, eu me custei a acreditar, tentei negar, achar que era apenas tínhamos uma química, que era pura atração, mas depois de atender a ligação da suposta amante dele, tive a certeza disso. Eu nunca gostei de ninguém, então tinha dúvidas se conseguiria gostar de alguém ou reconhecer esse sentimentos quando isso acontecesse. Eu não queria que isso tivesse acontecido nessa situação e, muito menos com um cara como o Erick, pois sei da fama dele, mas também me nego a admitir esse sentimento para ele, antes dele falar o que sente por mim. Eu não vou esperar que ele descubra ou admita o que sente por mim, pois isso pode acontecer daqui um semana, um mês, um ano ou pode nunca ocorrer, também não vou ninguém na parede, ou me humilhar, porque eu tenho dignidade e, amor próprio,  então iriei continuar minha vida. 

Na segunda- feira, vou me matricular em uma faculdade, como falei que faria quando as coisas com a Sophia estivesse encaminhadas. Escolhi cursar  comunicação, depois de pesquisar esses dias vi que era o que mais combinava comigo, quero seguir carreira na área de jornalista.

Como era domingo, acordo mais tarde, como a mesa do café já não estava mais servida, tomo café na cozinha mesmo. Vou para o quarto da Sophia, mas ela não está lá. Então pergunto para a babá, que estava organizando os brinquedos:

- Bom dia, tudo bem?

Ela sorri.

- Bom dia senhora, tudo sim e a senhora?

- Estou bem também. Você viu a Sophia?

- Ela saiu com o patrão.

o Erick saiu sem me avisar nada.

- Eles falaram para aonde iam?

- O senhor Lellis, apenas disse que ia levar a Sophia para passear.

- Ah entendi. Já que eles foram passear você pode tirar o resto do dia livre.

- Muito obrigada senhora!

- Imagina.

Minha vontade era de ligar e, perguntar aonde eles foram, mas eu sei que não esse direito, então fui me distrair. Coloquei um biquíni, passei protetor solar, peguei um livro e passei o restante do dia na beira da piscina. Quando começou a esfriar, entrei e fui tomar um banho. Fico na varanda do meu quarto para esperar eles chegarem, então não demora muito e o Erick entra com o carro na garagem. Vejo ele entrando em casa com a Sophia que estava dormindo no seu colo. Já que a Sophia estava dormindo, eu não tinha o que falar, nem o que fazer lá fora, por isso peço para mandarem o jantar para meu quarto onde passo o restante do dia.