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Vincent Hacker

Assim que cheguei em Nova York, aluguei uma Mitsubishi na saída do aeroporto, já tinha vindo pra cá uma vez então sabia um pouco da cidade, fui até um hotel próximo e já fiz o check-in, sai do hotel e fui direto para essa festa na faculdade central, estacionei o carro e caminhei um pouco até a festa, na entrada já vi várias pessoas se pegando e o cheiro de bebida e maconha pairava no ar, o som muito alto e cheio de jovens bêbados, comecei a varrer o local com os olhos procurando a Lexie, vi uma garota muito parecida, pelo menos a bunda é idêntica, cheguei mais perto pude confirmar que era ela mesmo, e infelizmente ela estava acompanhada, na verdade estava quase beijando um cara, e a mão do cara já estava quase chegando na bunda dela, eu fiquei com raiva, não sei porque mas fiquei, então sem mais delongas eu fui atrapalhar, puxei ela pelo braço fazendo ela se afastar do garoto.

-Lexie, você vem comigo, depois você beija.- Falo quase arrastando ela.

-Aí meu braço porra.- Ela reclama e eu paro de apertar.- Porra de novo você atrapalhando alguma coisa Hacker.

-Fodasse, entra no carro pois precisamos conversar.- Ela puxa o braço dela e entra no carro, acho que ela fez isso só porque quer informações.

-O que você quer?- Ela fala soltando a fumaça do POD, isso foi muito atraente.

-Não fuma dentro do carro que é alugado porra.- Ela só balança os ombros e puxa outro trago.

-Porque você veio pra Nova York?- Pergunto ligando o carro e dirigindo até o hotel.

-Vim achar meu irmão.- Ela fala simples.

-Sinto lhe dizer mas você vai voltar.- Ela da risada soltando a fumaça novamente.

-Não vou voltar, aliás vou me mudar pra cá.

-Esqueceu que tem dúvida comigo ainda gata?

-Você me deu um tiro, acho que minhas dívidas contigo estão quitadas né Vincent?!- Ela pergunta como se fosse óbvio.

-Achou errado, mas se adiantar de algo, o tiro não foi nada pessoal, foi só na hora da raiva.

-Isso era pra ser um pedido de desculpa?- Não respondo nada, ela solta uma risada como deboche e logo chegamos no hotel, estacionei o carro e desci, ela fez o mesmo e pegamos o elevador em silêncio.

Assim que chegamos no quarto ela começa a falar.

-Quero respostas Vincent, se você não pode me dar isso então me deixe recomeçar minha vida aqui, e não deixe que ninguém venha atrás de mim.- Ela fala seria dessa vez.

-Ok, vou ser sincero com você agora, seu pai antigamente era envolvido com fabricação de drogas, cocaina pra ser mais exato, e ele fornecia pra minha gangue para eu vender depois, com o tempo ele não soube administrar e pediu pra sair, ele trabalhou de graça por mais dois meses pra mim e depois demos uma surra nele, logo ele não tinha dívida nenhuma mas aí a dois meses atrás ele nos procurou para pedir dinheiro pois ele estava falido, e o trato que fizemos foi que se ele não pagasse mataríamos a filha dele, no caso você, mas não te conhecíamos nessa época.

-Essa surra nele eu lembro, ele chegou em casa dizendo q foi numa briga de bar, ele começou a brigar com a minha mãe e eu saí de casa pra beber, quando voltei vi minha mãe com o pescoço roxo, mas eu não fiz nada.

-Você não merece morrer por ele.- Falo firme.

-Não começa a se fingir de sentimental, eu tenho certeza que ele não vai pagar a dívida, então me deixa aproveitar o resto de vida que eu tenho e depois você me mata, tranquilo.- Ela fala com a voz um pouco embargada.

𝐌𝐚𝐲𝐛𝐞 𝐈 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐲𝐨𝐮 | 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora