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Lexie Miller

Estávamos com as testas coladas, as luzes de led trocando rapidamente e nos dois apenas nos olhando e sentindo a nossa presença. Alguém chama o Vinnie nos fazendo bufar, ele sai da pista e vai em um grupinho de homens, eu vou até o bar e peço cinco doses de whiskey, se Vinnie bebe sempre, deve ser bom, o garçom me entrega e eu viro um de cada vez, aquilo desceu queimando minha garganta, mas o gosto é bom, irei beber mais, peço mais 3 doses e viro, levanto e sinto uma leve tontura, vou até a pista e começo a dançar, fazia de tudo um pouco, principalmente rebolar, o que eu havia aprendido recentemente com a Amelie, vejo alguém vindo e suponho e seja o Vinnie, então continuo rebolando, ele segura em minha cintura e vai acariciando a mesma, porém o toque era diferente, quando me viro para olhar era um jovem que aparenta ter 20 anos no máximo e vejo Vinnie socando o cara, ele dava chutes e socos, eu estava paralisada, não conseguia me mover, eu estava apenas tonta, nada demais.

-Vinnie, para com isso. -Tento segurar seu braço e ele me empurra, me fazendo cair na frente de todos, me levanto e vou novamente até ele. -Vincent, para com isso, você vai mesmo descer no nível dele? Para com isso de sempre querer sair na mão com alguém, é desprezível e grotesco. Levanta daí agora e deixa o cara ir, ele já está desmaiando, apenas para. -Seguro seu braço e ele para olhando para mim, Vinnie continha um olhar de ódio, seu maxilar estava travado e seus músculos totalmente aparente, ele estava me dando medo, mas não irei deixar aparentar, o puxo de lá e o levo para fora.

-O que você tem na porra da cabeça de rebolar em um cara que você nem conhece? -Ele me questiona me presando na parede.

-Eu não sabia quem era, achava que era você. -Digo sincera.

-Achava que era eu? -Ele ri irônico. -Eu tenho plena certeza que você sabia que não era eu, você obviamente gostou daquilo e por não ser eu gostou mais ainda. -Ele diz extremamente alto.

-Hacker, se eu soubesse que não era você eu teria parado na hora, mas eu não sabia caralho, você pode acreditar em mim? Porque mesmo com seus erros eu continuo acreditando em você. -Digo segurando o choro e na mesma altura de voz que ele. O mesmo da um tapa na minha cara, o que me irritou totalmente.

-Você fala das putas e do jeito delas, mas você não passa de uma. -Ele me joga na parede, fazendo minhas costas doerem, agora eu não soltaria uma lágrima.

-Nunca mais, nunca mesmo, em toda a sua vida, me bata ou bata em outra mulher, a partir de hoje eu não quero que você me toque ou me olhe, você é desprezível e nojento. E parabéns você conseguiu o que mais queria, continuar com a sua vidinha fútil, de pegar qualquer uma a qualquer hora, mas lembre-se Hacker. -O empurro. -Jamais trate uma
mulher como objeto descartável, porque assim como todos elas possuem sentimento, menos você. -Saio dali o mais rápido possível, vejo o pessoal saindo da festa e seguro ainda mais o choro.

-O que aconteceu? -Amelie pergunta.

-Por que vocês saíram do nada? -Thony me questiona.

-Por que tinha um cara ensanguentado no chão? -Desta vez foi Chase.

-Lexie? -Jaden e Mattheo me chamam.

-Perguntem para ele, eu estou vazando. -Digo e começo a andar em um sentido que eu não faço a menor ideia se está correto, olho para trás e vejo eles falando com o Vincent, o que mais me dói, além disso me dói saber que eles não se importaram em vir atrás de mim. Paro de andar e me sento no chão, já longe daquele local, tiro os saltos e desabo no choro, minhas pernas esticadas e minhas costas e cabeça encostada na parede, eu só queria ser suficiente para alguém, sentir que eu sou amada e sentir que a pessoa acredita em mim, mas acho que é impossível.

𝐌𝐚𝐲𝐛𝐞 𝐈 𝐥𝐨𝐯𝐞 𝐲𝐨𝐮 | 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇𝐚𝐜𝐤𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora