Pelas informações que Amélia dera, Leandro ficou sabendo que Beatriz estudava comunicação social na PUC e foi para lá esperá-la na saída. A mãe não soubera precisar o horário, de forma que ele não compareceu ao emprego naquele dia e foi postar-se diante da faculdade por volta das onze da manhã, a fim de esperar a saída do primeiro turno.
Aguardou por mais uma hora. Por fim, os alunos começaram a sair em grupos, e ele ficou prestando atenção. Muitas moças olhavam para ele e davam risinhos abafados, fazendo comentários engraçados com as amigas, mas ele não se importava. Não estava ali para paquerar ninguém, e as garotas não lhe interessavam. Olhava atentamente para o rosto de cada uma, mas nenhuma se parecia com Suzane.
Alguns instantes depois, avistou quem procurava. A moça vinha abraçada a um rapaz. provavelmente o namorado, e ele precisou se cuidar para não arranjar confusão. Contudo, queria falar com ela, certificar-se que era, realmente a Suzane.
Esperou até que eles se aproximassem e correu ao seu encontro, dando um esbarrão proposital nos dois e se deixando cair ao chão.
- Meu Deus! - gritou Beatriz. - o que é isso?
Leandro fez uma careta de dor e apertou o tornozelo.
- Você está bem, cara? - perguntou Vítor, ajudando- a levantar-se.
- Estou bem - respondeu Leandro, erguendo-se e olhando discretamente para Beatriz. - desculpem-me o mau jeito. Estava atrasado para o trabalho, mas esqueci o material na sala e voltei correndo para buscar... Não vi vocês. Perdoem-me.
- Está tudo bem - respondeu Beatriz.
- Você se machucou? - indagou Leandro, fitando-a diretamente e estudando seu rosto com atenção.
Ela sentiu o seu olhar perscrutador e respondeu confusa:
- Eu estou bem. Parece que foi você quem levou a pior.
Ele continuava olhando-a, até que Vitor intercedeu:
- Bom, já que estamos todos bem, acho que vamos andando,. Você não estava atrasado para o trabalho não?
- Claro... - balbuciou ele.- desculpem-me novamente. Até mais.
- Até. - respondeu Beatriz.
Para disfarçar, Leandro entrou na faculdade e foi se esconder atrás de uma pilastra, olhando os dois á distância.
- Cada um que aparece... - comentou Beatriz.
- Ele estava paquerando você.
- Ah! pare com isso, Vítor. O coitado se esborrachou no chão...
- Estava sim, mas não me importo. Isso é que dá namorar a garota mais linda da faculdade.
Beijaram-se e continuaram caminhando até o estacionamento. Assim que sumiram de vista, Leandro saiu de seu esconderijo e, certificando-se de que eles não estavam mais por perto, entrou em seu carro tomando a direção de casa. Precisava dividir aquela descoberta com a mãe. Quando chegou, Amélia estava ao telefone, e ele pediu que ela desligasse. Pelo seu nervosismo, a mãe percebeu que devia ser muito importante.
- O que foi que houve? - foi logo perguntando.
- Você nem vai acreditar! - exclamou ele, completamente eufórico. - a tal de Beatriz é mesmo idêntica a Suzane.
- Você a viu?
- Fui a faculdade em que ela estuda. Vi-a saindo com o namorado. Até falei com ela. A semelhança é incrível.
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Gêmeas - Não se separa o que a vida juntou
SpiritualLivro escrito pela autora Mônica de Castro, apegada ao espiritismo e foi nesse mundo onde conhece Leonel, um espírito que mostra a ela história que teve com seu amor ainda em vida. Acreditando ou não em espiritismo eu peço que se permita ler essa n...