Capítulo 38 - Arcade II

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"I've spent all of the love I saved
We were always a losing game
Small-town boy in a big arcade
I got addicted to a losing game"

"Eu gastei todo o amor que eu guardei
Sempre fomos um jogo perdido
Garoto de cidade pequena em um grande fliperama
Eu me viciei em um jogo perdido"

David

Eu fui enquadrado.

Minha noiva aguardava ansiosa a minha resposta, eu ia vender a casa. Nem me sentia bem a mantendo, porém foi um sonho conquistado. O meu primeiro sonho, foi a primeira aquisição minha de grande porte. Não é uma casinha, é uma mansão. Mansão essa conquistada pelo Analista de Investimentos Sênior de uma empresa emergente no Wall Street, depois de um super contrato junto sua companheira, uma Mestre em História da Arte.

A casa era o símbolo do que foi o nosso encontro, decorada com ar de intelectualidade e despojamento ao mesmo tempo. Todas as pessoas que a locam não mudam a decoração. Ela tem cara de aconchego e ao mesmo tempo refinada.

Respiro fundo e balanço a cabeça de forma positiva. Não sei como ainda ser dono daquela casa mexe comigo, contudo fico curioso para entender o seu pedido.

- Eu vou vender a casa. - ela respira fundo. Enlasso sua cintura com minhas mãos e beijo rapidinho nos seus lábios. - Quero entender o seu pedido.

- Você diz que não quer me perder, que precisa estar inteiro para mim e Lucca, é o seu segundo passo.

- Qual foi o primeiro?

- Isso. - ela levanta o anel de noivado diante dos meus olhos com uma dancinha dos seus dedos.

Sorrio e torno a beijar seu pescoço, ela dá espaço inclinando a cabeça para o lado contrário em que ataco e avanço com minha boca até a sua orelha. Ela libera um gemidinho e leva uma das mãos ao meu bumbum o apertando.

- Vamos terminar esse macarrão, noiva. Preciso comer, estou faminto. - digo com a voz rouca e vejo seus olhos escurecerem.

- No balcão, noivo. - decreta e eu entendo perfeitamente a sentença com meu membro já estourando na calça.
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Uma semana depois...

Depois de anos locando a casa em Astoria, sob supervisão de Calvin, hoje resolverei mais essa lacuna em minha história com Laurie. Definitivamente a perdi e não pude fazer nada. A necessidade de aprender com os erros do passado, me cobra dia e noite a colocar minha querida noiva como prioridade.

No centro do Wall Street, aguardo Calvin em seu escritório sentado em uma poltrona confortável. É uma boa sala, com fotos, decoração aconchegante, móveis em mogno e uma parede de vidro com vista para cidade, o sol no fim de tarde ainda brilhando imperoso. Diria que a imagem de um cara de família e de sucesso profissional é bem repassada por esse espaço.

- Obrigado por esperar, Silverston. - ele entra em sua sala, senta na cadeira atrás da mesa.

- Não por isso.

- Depois que você falou da venda eu me adiantei e dei o aval a corretora para que já avaliasse o valor para a venda. - ele empurra a pasta sobre a mesa em minha direção. - São os documentos de avaliação, você precisa aprovar o valor pra vender como está, ou se preferir melhorar e reformar para conseguir um preço melhor, também seria viável.

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