Capítulo 40 - Impossible

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"Tell them all I know now
Shout it from the roof tops
Write it on the sky line
All we had is gone now
Tell them I was happy
And my heart is broken
All my scars are open
Tell them what I hoped would be
Impossible."

"Diga a eles tudo o que eu sei agora
Grite isso de cima dos telhados
Escreva isso no horizonte
Tudo o que nós tínhamos se foi agora
Diga a eles que eu era feliz
E meu coração está partido
Todas as minhas cicatrizes estão abertas
Diga a eles que o que eu esperava seria
Impossível."

David

Segurei minha mulher antes de colidir ao chão, não tinha como não ficar nervoso, aquilo estava acontecendo porque ela se alterou. A coloquei na cama enquanto procurava sua bolsa e documentos. Juntei os celulares e a peguei novamente no colo saindo do apartamento em direção a um hospital.

Enquanto dirigia cruzando todos os sinais vermelhos, ela acordou parcialmente.

- Lucca... - gemeu.

- Estamos indo ao hospital meu amor, aguenta um pouco mais. - disse e toquei sua barriga, ela gemeu.

- Não... Me... Toca... - falou pausadamente.

- Por favor, não se altera mais, okay? Eu não toco você, só respira. - ela respondeu com um berro. - Liz, por favor. - ela dava lufadas de ar enquanto parei em um congestionamento.

- David.... - outro berro seguido novamente de um leve apagão.

Já corria o máximo que podia nas ruas livres que encontrei em Manhattan, cruzando vias com a porra do trânsito caótico dessa merda de cidade. Em questão de segundos ela voltou e abriu as pernas.

- David, acho que ele está saindo... - ela abriu as pernas e tocou com os dedos em sua intimidade, levantou-os mostrando o sangue e pude ver a mancha no banco do carro.

Ah porra!

Encostei o carro na primeira vaga que vi, me inclinei sobre ela, desafivelei o cinto de segurança, deitei o banco do carro. Sai do banco do motorista e corri em direção a sua porta contornando o carro. Tinha parado em frente a uma cafeteria e gritei para as pessoas que estavam na porta pedindo que ligassem para uma ambulância, pois meu bebê estava nascendo.

Abri a porta do carro e fui acolhido por um berro dela, estava suada e tremendo muito.

- Ele vai sair, David. Meu corpo está expulsando, não consigo segurar. - falava com desespero.

- Você não vai segurar, nós vamos ter esse bebê agora.

- Mas não é a hora, David! Porra! Meu bebê!

- Não vamos conseguir chegar em um hospital, antes de você o sufocar, ele precisa sair. - digo e ela assente assustada.

Me ajoelhei do seu lado, puxei sua calcinha que tinha uma enorme mancha de sangue, deitei mais um pouco o banco e ela segurou com força o cinto de segurança com a mão direita. Liz subiu os pés para o assento quase colando-os nos quadris e abrindo bem as pernas. Não sei se ela viu algo sobre essa posição, ou se era instinto, mas ali eu entendi que ela estava pronta para ele nascer.

PARA SEMPRE O SEU ELO - SPIN OFF - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora