Capítulo 21

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Nós fomos à cozinha, lanchamos e durante todo o lanche a gente falava sem parar. Às vezes eu tinha a impressão que eu conhecia a Luh desde sempre, pois a gente falava de tudo e com muita facilidade, nós nunca ficávamos sem assunto e muito menos sem rir a cada 2 minutos.

- Será que o Edu ainda vai demorar? Ele deve chegar com fome também.

- Vocês são tão bonitinhos! Me diz, como é ficar com o Edu? Eu vejo que ele é bem diferente com você.

- Como assim diferente?

- Não sei, ele é mais cuidadoso, mais carinhoso, fala em você toda hora e leva muito em consideração o que você diz... eu nunca tinha visto ele desse jeito. Ele sempre foi meio "foda-se". E nunca vi ele namorar também...

- Como assim meio "foda-se"?

- Ah, ele não ligava muito para namoro, ficar com uma pessoa só... com você ele é diferente.

- Ah, a gente conversa muito e se apoia muito.

- É tô vendo que vocês cuidam um do outro, igual dois velhinhos.

- Até você? – eu disse rindo

- Até eu o quê?

- Acho que é unanimidade entre meus amigos eu ser chamado de velho!

- Bom, digamos que você é um pouquinho diferente – ela riu

- Ah, já passei cada perrengue na minha vida que eu sei olhar para as consequências antes mesmo de fazer alguma coisa.

- Tá vendo? Ninguém nos últimos 20 anos fala assim – nós morremos de rir

- Você precisa ver os apelidos que o Rui me dá, entre as dezenas de apelidos, os que ele mais gosta é: múmia, coisa velha, raridade do mundo antigo e velha de 80 anos.

- Já gostei dele! – ela ria

- Ele é incrível, com ele é impossível ficar com raiva ou sem rir a cada segundo.

A campainha tocou e já sabíamos que era o Edu.

- Oi, Luh! – ele a abraçou rápido e veio na minha direção – Oi, amor! – ele me abraçou e me deu um beijinho rápido

- Você demorou!

- Ah, aquele povo pensa que eu sou um catálogo de filmes, acabei saindo depois do meu horário.

- Tá com fome? A gente deixou lanche pra você.

- Tô morrendo de fome.

Nós nos sentamos e o Edu começou a comer enquanto conversávamos sobre o nosso programa.

- Que filmes nós vamos assistir? – eu perguntei

- Não faço ideia, a responsável pelo programa é a Luh.

Eu olhei para a nossa amiga como se estivesse perguntando "e aí?".

- Vocês estão com muita vontade de ir ao cinema?

- Ué, a gente tá indo por que você convidou...

- Eu sei, ranzinza. – ela disse para o Edu – mas é que você chegou tarde, se a gente sair agora, vamos chegar tarde no cinema, talvez a gente nem consiga ingressos... então, eu estava pensando... E se a gente fosse ao supermercado que fica aqui pertinho, comprasse umas besteiras e viesse assistir filmes aqui em casa? Eu tenho uns DVD legais.

- Eu topo! – eu disse

- Bom, eu topo também.

- Então, fechou!

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora