Caio e eu saímos do mar.
- Eu queria tanto te beijar... - ele disse enquanto caminhávamos até onde estava nossa família, eu só fiz rir
- Pronto! Recuperado. - eu disse ao sentar ao lado da minha mãe mais uma vez
- Você demorou, filho...
- Eu gosto do mar, sempre fico bastante tempo lá.
- Eu disse isso à ela!
- MANO? - Rui me chamou
- Eu!
- Vem cá...
Eu me levantei e fui até onde ele estava em pé, ele estava um pouquinho afastado de onde estávamos sentados.
- O que foi?
- Vamos lá no carro?
- Por quê?
- A bola ficou lá.
- Deixa eu pegar a chave, pera aí...
Eu fui até onde estavam nossas coisas, peguei a chave do nosso carro e nós fomos lá. Ao voltar, quando Caio nos viu com a bola nas mãos, ele já sabia o que iríamos fazer e se levantou. Ele jogava vôlei no ensino médio, então, ao ver a bola, ele era a felicidade pura. Foram ele e o Rui que compraram a bola.
Nós começamos a jogar, era uma mistura de vôlei com futevôlei. No começo, eu era muito ruim nisso e o Caio e o Rui racharam de tanto rir de mim, quando eu caia na areia, então... Mas a partir do momento que eu peguei o jeito, eu fiz eles comerem areia, quase literalmente porque cada chute que eu dava, era um banho de areia que eles levavam.
- Vem cá um minuto... - Caio me chamou
- O que foi? - ele me abraçou, mas sem muita intimidade
- Deixa a marquinha... - ele disse no meu ouvido
- Pode deixar!
- Já tô imaginando o que vamos fazer à noite. - nós nos separamos e voltamos a jogar
Após o futevôlei, nós ficamos verdes de fome. Como metade da família era vegetariana, a gente com certeza não conseguiria nada para comer lá pela praia, então, trouxemos tudo o que comeríamos e a Tia Ruth "salvou" o Rui e a tia Júlia trazendo um frango assado.
Nosso dia de farofeiros na praia foi incrível, Rui e eu, no final do dia, estávamos muito queimados; Caio estava, mas não tanto quanto Rui e eu, pois ele tomava banho de protetor solar e não de sol. Eu voltei feliz da vida para casa, pois eu adorava ficar com aquela cor bonita e sabia que ganharia uma noite deliciosa por ter conquistado a marquinha de sunga. Eu já me sentia um verdadeiro carioca! Eu gostava tanto de pegar sol que depois que o Caio veio definitivamente para o RJ e que nós começamos a namorar, eu sempre o arrastava para a praia, que ficava perto de casa, e isso fez com que ele passasse a gostar também.
- Vou sentir falta de vocês... - Rui disse, estávamos dentro do carro voltando para casa
- Mano, são só alguns dias.
- São dias importantes... dias que a gente poderia fazer muita coisa no RJ.
- Quando a gente voltar, eu prometo que a gente faz tudo.
- Mas a gente quase não vai mais ter tempo, a Universidade vai consumir todo o nosso tempo livre, eu vou estar trabalhando...
- Por isso você ainda tá chateado?
- É!
- Quando a gente voltar, a gente tira um final de semana só pra gente sair com você, Bibete. - Caio falou como se o Rui fosse nosso filho e do jeito que ele estava se comportando parecia isso mesmo
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor que nunca acabará - PARTE 1
Storie d'amoreConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas, quartas e sextas-feiras.