Capítulo 152

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Caio e eu saímos do mar.

- Eu queria tanto te beijar... - ele disse enquanto caminhávamos até onde estava nossa família, eu só fiz rir

- Pronto! Recuperado. - eu disse ao sentar ao lado da minha mãe mais uma vez

- Você demorou, filho...

- Eu gosto do mar, sempre fico bastante tempo lá.

- Eu disse isso à ela!

- MANO? - Rui me chamou

- Eu!

- Vem cá...

Eu me levantei e fui até onde ele estava em pé, ele estava um pouquinho afastado de onde estávamos sentados.

- O que foi?

- Vamos lá no carro?

- Por quê?

- A bola ficou lá.

- Deixa eu pegar a chave, pera aí...

Eu fui até onde estavam nossas coisas, peguei a chave do nosso carro e nós fomos lá. Ao voltar, quando Caio nos viu com a bola nas mãos, ele já sabia o que iríamos fazer e se levantou. Ele jogava vôlei no ensino médio, então, ao ver a bola, ele era a felicidade pura. Foram ele e o Rui que compraram a bola.

Nós começamos a jogar, era uma mistura de vôlei com futevôlei. No começo, eu era muito ruim nisso e o Caio e o Rui racharam de tanto rir de mim, quando eu caia na areia, então... Mas a partir do momento que eu peguei o jeito, eu fiz eles comerem areia, quase literalmente porque cada chute que eu dava, era um banho de areia que eles levavam.

- Vem cá um minuto... - Caio me chamou

- O que foi? - ele me abraçou, mas sem muita intimidade

- Deixa a marquinha... - ele disse no meu ouvido

- Pode deixar!

- Já tô imaginando o que vamos fazer à noite. - nós nos separamos e voltamos a jogar

Após o futevôlei, nós ficamos verdes de fome. Como metade da família era vegetariana, a gente com certeza não conseguiria nada para comer lá pela praia, então, trouxemos tudo o que comeríamos e a Tia Ruth "salvou" o Rui e a tia Júlia trazendo um frango assado.

Nosso dia de farofeiros na praia foi incrível, Rui e eu, no final do dia, estávamos muito queimados; Caio estava, mas não tanto quanto Rui e eu, pois ele tomava banho de protetor solar e não de sol. Eu voltei feliz da vida para casa, pois eu adorava ficar com aquela cor bonita e sabia que ganharia uma noite deliciosa por ter conquistado a marquinha de sunga. Eu já me sentia um verdadeiro carioca! Eu gostava tanto de pegar sol que depois que o Caio veio definitivamente para o RJ e que nós começamos a namorar, eu sempre o arrastava para a praia, que ficava perto de casa, e isso fez com que ele passasse a gostar também.

- Vou sentir falta de vocês... - Rui disse, estávamos dentro do carro voltando para casa

- Mano, são só alguns dias.

- São dias importantes... dias que a gente poderia fazer muita coisa no RJ.

- Quando a gente voltar, eu prometo que a gente faz tudo.

- Mas a gente quase não vai mais ter tempo, a Universidade vai consumir todo o nosso tempo livre, eu vou estar trabalhando...

- Por isso você ainda tá chateado?

- É!

- Quando a gente voltar, a gente tira um final de semana só pra gente sair com você, Bibete. - Caio falou como se o Rui fosse nosso filho e do jeito que ele estava se comportando parecia isso mesmo

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora