- Culpa da Becca que me deu aquela caipirinha e culpa do Caio que me fez gostar de vinho.
- Becca tá só furo, não participa de mais nada com a gente.
- É verdade! Eu quase não tenho conseguido falar direito com ela, até por telefone tá difícil. Hoje ela deu mais um furo na gente...
- Você tá puto com o Filete?
- Eu?!
- É, por causa do videogame.
- Claro que não.
- Do jeito que você chegou lá no quarto, eu jurava que tinha dado ruim para o Filete.
- Naquela hora eu estava puto mesmo com ele - eu ri
- Eu vi na sua cara.
- Culpa sua que fica chamando ele para aquele trambolho, mano.
- É legal.
- Pode até ser legal, mas vocês estão exagerando. Todo mundo na sala e só vocês jogando igual três doidos. Seria legal se vocês pegassem leve no vício.
- Foi mal, mano! Você tá legal?
- Mais ou menos...
- Por que mais ou menos?
- Se eu te contar, você promete não fazer confusão?
- Por que eu faria confusão?
- Você promete?
- Prometo!
- Se você fizer confusão, eu não falo mais nada para você.
- Não vou fazer confusão.
- Eu acho que o José deu em cima de mim.
- Ah, não! Sério?
- Eu acho!
- Por que você acha isso?
- Ele fica falando que eu sou lindo e mais cedo a gente estava sentado no sofá e ele passou a mão de leve na minha perna. Até o Iago percebeu e chamou a atenção dele.
- Mas que filho da puta!
- Você prometeu! - eu disse ao vê-lo começando a ferver
- Eu sei, não vou fazer confusão. O Filete sabe?
- Ainda não!
- Você vai contar?
- Mano, eu quero contar. Mas eu estava pensando aqui... depois da minha experiência com o Diego eu não sei o que fazer, de verdade. Não sei se conto, se não conto... tenho medo de contar e eu ter um José-Diego, mas tenho medo de não contar, a coisa ficar mais feia e o Caio entender tudo errado.
- Eu posso dizer o que eu acho?
- Claro que sim, por isso falei para você.
- Conta para o Filete. Ele não merece ter um amigo da onça desse. Meu... o cara deu em cima de você. Tipo, seu marido está bem ali. Esse José é tudo, menos amigo do Filete.
- Pois é, foi isso que eu pensei quando eu disse para o José que eu iria falar para o Caio.
- Você falou para ele isso?
- Eu pedi para ele parar.
- Cara, que filho da puta!
- Ei! Por que vocês estão pra cá? - Caio entrou na varanda falando com a gente
- Cadu estava sozinho, aí vim pra cá com ele.
Caio veio até a minha cadeira e sentou entre minhas pernas. Era uma daquelas cadeiras longas, tipo as de piscina. A diferença é que as cadeiras da nossa varanda eram de ferro e bem acolchoadas.
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Amor que nunca acabará - PARTE 1
RomanceConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas, quartas e sextas-feiras.