Capítulo 121

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- Desculpem o atraso, pessoal. Engarrafamento daqueles... - a professora disse ao entrar na nossa sala

- Sai mais cedo de casa, então, vaca. - Rui disse rabugento. Ele somou a tristeza do que estava acontecendo entre ele e o Gus + os ciúmes da Luh. Resultado = passou o dia rabugento e implicante.

Metade do primeiro tempo já tinha ido embora quando a professora chegou. Mas ainda deu para discutirmos muita coisa antes do almoço.

- Oi, coisa linda do meu coração. - Luh veio com um sorriso de orelha a orelha

- Você não vai!

- Aaaah bicha má!

- Agora que você não vai mesmo!

- Xô! - Rui disse empurrando a Luh do meu lado

A gente estava saindo de nossas salas e íamos almoçar.

- Dá licença que eu cheguei primeiro!

- Eu estava na sala com ele, então, quem chegou primeiro fui eu. Xô!

- Sai pra lá! Mas que coisa...

- Sai você! - os dois malucos começaram a se empurrar, igualzinho a duas crianças do pré escolar.

- Suas crianças estão brigando. - Amanda disse

- Já vi! Deixa eles se entenderem.

- Você não vai fazer nada?

- Eu não! Da última vez que eu me meti, os dois se viraram contra mim falando que eu preferia um ao outro. Deixa eles se matarem pra lá. Vamos?

Nós dois aceleramos o passo e os dois ficaram para trás.

- Eeeeeeiiii!!! - Eles vieram correndo atrás da gente.

- Então é assim, Amandinha?

- Eu não fiz nada!

- Você viu isso? - Rui perguntou para a Luh

- Viada, a gente chegou antes, viu?

- Ai, o que eu fui arranjar...

- Bora, Amanda! - eu a peguei pelo braço e fomos andando... os dois ficaram para trás de novo

A gente pode crescer e amadurecer o tanto que for, mas a gente sempre vai ser criança quando estivermos com nossos amigos.

- Então é assim agora?

- É assim! Vocês estão muito cheios de brigas e ciúmes.

- Eu quero bater em você, Cadu! - Luh disse

- Se bater em mim, não vai viajar com a gente nem nos seus sonhos.

- Odeio quando ele tem armas para me chantagear.

- Oi! - Edu veio atrás da gente quando ele nos viu, ele estava sorrindo e eu achei isso bem estranho, já que ultimamente ele vivia em um mundo cinza, muito cinza.

- Oi! - eu disse todo desconfiado, ele vivia calado desde que terminamos e vê-lo sorridente daquele jeito, de repente, foi bem esquisito.

- Estão indo para o almoço?

- Estamos.

- Eu vou com vocês, então.

- Tá bem! - foi só o que eu consegui falar

Eu olhei para a Luh e ela parecia tão surpresa quanto eu.

- E as aulas? Como está a adaptação ao curso? - ele me perguntou

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora