Nós descemos os três juntos e, agora, ao invés de irmos para a portaria, fomos para a garagem do prédio já que não precisávamos mais ir de transporte público para a universidade.
- Luh, tenho uma novidade para você. - Caio disse enquanto dirigia
- Notícia boa, né? Se não for boa, nem me fala agora...
- Notícia maravilhosa, Luh. - Eu disse - Diga adeus às suas teias de aranha
- Tá me chamando de velha, viado?
- Não, de encalhada mesmo. - eu ri e desviei do tapa que ela me deu
- Na minha sala tem um carinha afim de você.
- Ai, viado, não brinca comigo. Aí minha pressão caiu!
- Junta e continua ouvindo. - eu disse rindo
- Ele quer saber se você está disponível e se eu posso passar seu número.
- É gato?
- Muito! Mostra aí para ela, amor.
Eu peguei o celular do Caio e mostrei a foto do Bento.
- Viado, pode passar até meu CPF.
Eu morri de rir, Luh definitivamente nasceu sem alguns parafusos naquele cabeção.
- Vou passar para ele ainda hoje.
- Caio já disse que te amo?
- Nunquinha!
- Pois eu te amo, amigo.
Na universidade, cada um foi para a sua sala.
- Oi, Amandinha! Bom dia!
- Oi, Cadu! Bom dia!
Eu me sentei ao lado dela. A gente sempre sentava juntos: Rui, Amandinha e eu. Quando tinha trabalho em grupo, a gente só fazia olhar para o lado.
- Cadê sua alma gêmea que ainda não chegou?
- Não sei, ainda não falei com o Rui hoje. - foi eu fechar a boca que eu ouvi o Rui fazendo barulho no corredor
- Acho que ele acabou de chegar. - Amanda riu
- Você acha?
- BOM DIA PESSOAS LINDAS DO MEU CORAÇÃO! - ele chegou fazendo algazarra na sala, era todo dia assim. Não tinha uma menina naquela sala que ele não fizesse alguma gracinha.
- Eu juro que eu queria saber de onde ele tira tanta energia de manhã cedo.
- Desiste, eu tento saber disso há muito tempo e nunca descobri.
- E aíiiiii, crianças! - ele disse se sentando ao meu lado
- E aí, mano? Bom dia!
- Bom dia, Rui!
- Preparados para a Preguiça Velha? - ele tinha dado esse apelido "carinhoso" a uma professora que tínhamos naquele semestre, ela já estava bem velhinha e falava muuuuuuuuuuuuuuuuuuito lentamente que a gente tinha vontade de falar por ela.
- Ai que maldade Rui. - Amanda disse rindo
- Maldade, mas você concorda, né gata?
A aula foi massante, como sempre. A professora falava tão devagar, mas tão devagar que era impossível a gente não ficar entediado e com sono. Aquela era a pior disciplina daquele primeiro semestre, não pela complexidade, mas pela lentidão e pelos métodos tradicionais da professora.
- Credo! Na próxima aula vou trazer uma garrafa de café. - eu disse
- Gente, eu acho que babei. - Amanda disse
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Amor que nunca acabará - PARTE 1
RomanceConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas, quartas e sextas-feiras.