Capítulo 112

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Nós descemos os três juntos e, agora, ao invés de irmos para a portaria, fomos para a garagem do prédio já que não precisávamos mais ir de transporte público para a universidade.

- Luh, tenho uma novidade para você. - Caio disse enquanto dirigia

- Notícia boa, né? Se não for boa, nem me fala agora...

- Notícia maravilhosa, Luh. - Eu disse - Diga adeus às suas teias de aranha

- Tá me chamando de velha, viado?

- Não, de encalhada mesmo. - eu ri e desviei do tapa que ela me deu

- Na minha sala tem um carinha afim de você.

- Ai, viado, não brinca comigo. Aí minha pressão caiu!

- Junta e continua ouvindo. - eu disse rindo

- Ele quer saber se você está disponível e se eu posso passar seu número.

- É gato?

- Muito! Mostra aí para ela, amor.

Eu peguei o celular do Caio e mostrei a foto do Bento.

- Viado, pode passar até meu CPF.

Eu morri de rir, Luh definitivamente nasceu sem alguns parafusos naquele cabeção.

- Vou passar para ele ainda hoje.

- Caio já disse que te amo?

- Nunquinha!

- Pois eu te amo, amigo.

Na universidade, cada um foi para a sua sala.

- Oi, Amandinha! Bom dia!

- Oi, Cadu! Bom dia!

Eu me sentei ao lado dela. A gente sempre sentava juntos: Rui, Amandinha e eu. Quando tinha trabalho em grupo, a gente só fazia olhar para o lado.

- Cadê sua alma gêmea que ainda não chegou?

- Não sei, ainda não falei com o Rui hoje. - foi eu fechar a boca que eu ouvi o Rui fazendo barulho no corredor

- Acho que ele acabou de chegar. - Amanda riu

- Você acha?

- BOM DIA PESSOAS LINDAS DO MEU CORAÇÃO! - ele chegou fazendo algazarra na sala, era todo dia assim. Não tinha uma menina naquela sala que ele não fizesse alguma gracinha.

- Eu juro que eu queria saber de onde ele tira tanta energia de manhã cedo.

- Desiste, eu tento saber disso há muito tempo e nunca descobri.

- E aíiiiii, crianças! - ele disse se sentando ao meu lado

- E aí, mano? Bom dia!

- Bom dia, Rui!

- Preparados para a Preguiça Velha? - ele tinha dado esse apelido "carinhoso" a uma professora que tínhamos naquele semestre, ela já estava bem velhinha e falava muuuuuuuuuuuuuuuuuuito lentamente que a gente tinha vontade de falar por ela.

- Ai que maldade Rui. - Amanda disse rindo

- Maldade, mas você concorda, né gata?

A aula foi massante, como sempre. A professora falava tão devagar, mas tão devagar que era impossível a gente não ficar entediado e com sono. Aquela era a pior disciplina daquele primeiro semestre, não pela complexidade, mas pela lentidão e pelos métodos tradicionais da professora.

- Credo! Na próxima aula vou trazer uma garrafa de café. - eu disse

- Gente, eu acho que babei. - Amanda disse

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora