Capítulo 26

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- Ah, amigo, as únicas pessoas que sabem de toda essa história são vocês dois e tia Joana. Para mim nunca é fácil falar sobre isso, eu não sei nem como eu consegui contar a você.

- Por que eu sou seu irmão querido...

- Isso mesmo!! – Eu sorri para ele – Obrigado, viu?

- Pelo o que exatamente?

- Por tudo! Pela amizade, pela compreensão, pela força ontem e por dizer que não vai deixar eu voltar para as ruas. Eu te amo!

- Ai, que lindo! – ele apertou minha bochecha – eu também te amo, Cadu. E você jamais voltará para as ruas, pode ter certeza.

Nosso horário de almoço acabou e nós voltamos ao trabalho. No final do expediente nós fomos direto para academia.

- Bonito, viu? Por que os bonitões faltaram ontem?

- Barraco e baixaria, Gustavo. – eu disse rindo

- O quê? – ele fez uma careta engraçada com minha resposta

- Barraco e baixaria no trabalho. Tivemos reunião após o expediente e foi só barraco e baixaria. Aí, não deu pra gente vim malhar.

- Uuuum, se é trabalho tudo bem. Mas hoje vocês compensam a falta de ontem.

- Eu não te disse? – eu falei para o Rui

- Mãe Cadu! – ele riu

- Alguém já falou para vocês que vocês não regulam muito bem?

- Já! E estamos felizes desregulados, dá licença. – ele empurrou o Gustavo e foi para o vestiário.

- Esse cara me deixa louco! – Gustavo disse olhando Rui ir para o vestiário – Você sabe se ele está ficando com alguém?

- Bom, a pergunta correta seria quando o Rui NÃO está ficando com alguém. – eu ri

- Você tem razão. – ele pareceu rapidamente ficar triste

- Você gosta dele?

- E muito!

- Sério?

- Eu tentei namorar com ele, mas ele me descartou mais rápido que copinho de café.

- Esse filho de uma égua não me contou isso.

- Deixa pra lá, é passado.

- Mas é um passado que mexe com você, pelo visto.

- O Rui é incrível, Cadu. Eu só gostaria que ele percebesse isso também e parasse com essa maluquice de não querer relacionamento com ninguém.

- Ei, não vai trocar de roupa, não? É isso mesmo? Ele pode enrolar, Gustavo?

- Claro que não! Vamos, vamos, vamos, Cadu...

Eu fui ao vestiário e troquei de roupa bem rapidinho.

- E aí, Gustavo? O que eu faço hoje?

- Pernas! – ele me olhou com o olhar do capeta

- Ave Maria cheia de graça o senhor é convosco...

- Deixe de drama!

Drama porque não era ele malhando. Ele me fez sair da academia mais uma vez de pernas bambas.

- Os resultados estão começando a aparecer, hein? – Gustavo disse enquanto eu estava sentado tentando sentir minhas pernas novamente

- Você acha?

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora