Naquela manhã, eu acordei às 4h30, tomei meu banho e me arrumei sem fazer o mínimo barulho, pois todos ainda estavam dormindo. Quando deu 5h, eu já estava a caminho da estação de trem. Eu fui andando pelas ruas desertas e escuras morrendo de medo, fui rezando para que nada me acontecesse e que eu pudesse chegar tranquilamente no meu local de trabalho, e assim aconteceu.
Eu cheguei um pouquinho antes das 7h, fui ao RH e a Fabiola ainda não havia chegado. Então, foi o Heverton, que trabalhava junto com ela, que me levou até a pessoa responsável pelo setor onde eu ia trabalhar, seria ele quem me informaria as minhas funções e como realiza-las.
- Alex, bom dia! – Heverton acenava para o colega
- E aí, Heverton? A que devo a honra da sua presença na Geladeira? – Eu vim descobrir nos próximos dias que Geladeira era onde eu iria trabalhar, era o nome que o pessoal dava para a área onde descarregávamos as cargas que chegavam nos caminhões para reabastecer o supermercado.
- Eu vim te trazer teu novo auxiliar. Esse aqui é o Carlos, ele foi contratado para a vaga de repositor de estoque.
- Até que enfim vocês me ouviram, não? Seja bem-vindo, Carlos.
- Obrigado! – eu disse
- Bom, eu deixo ele com você. Você já sabe o que precisa fazer.
- Beleza, Heverton. Até mais – ele disse vendo o colega se afastar e retornar pelo caminho que nós havíamos acabado de percorrer – Vem cá, Carlos. – Ele me levou a uma sala que tinha uma cortina estranha na entrada – Aqui nesse espaço é onde ficam os uniformes, o seu deve demorar a chegar, mas você pode usar esse aqui por enquanto – ele me entregou um macacão grosso e mais um outro uniforme que era composto de uma camisa e uma calça – sem isso aqui, ele apontava para o macacão, você não entra ali – ele apontou a sala que ficava em frente de onde estávamos e que também tinha a mesma cortina estranha na entrada.
Ele me explicou minhas atribuições. Não era nada complicado, eu teria somente que descarregar mercadorias dos caminhões e separa-las por categoria. Feito isso, depois eu teria que leva-las para dentro do supermercado. Eu deveria respeitar a solicitação feita pelo controle de estoque, eu só poderia levar lá para dentro o que fosse solicitado.
Eu vesti meu macacão e logo comecei a trabalhar sob a supervisão do Alex. O trabalho era pesado, eu tinha que carregar caixas e fardos bem pesados, mas eu trabalhava feliz. No final do dia, o Alex me parabenizou por ter feito tudo direitinho e se despediu de mim.
Eu sai do supermercado e fui direto para a pensão. Naquele dia, eu estava morto de cansaço. Dentro do trem, voltando para casa, eu fui trocando mensagem com o Edu e contando como tinha sido meu primeiro dia. Ao chegar na pensão, eu fui direto ao banheiro e depois para meu quarto. Eu só queria descansar um pouco.
- Cadu? – eu ouvia longe – Cadu? – senti alguém me cutucar levemente – Cadu? - Eu abri os olhos e vi o Edu me olhando – Vem jantar!
- Oi! – eu disse ainda dominado pelo sono e o cansaço
- Vem jantar!
- Que horas são, Edu?
- 20h, acabei de chegar e dona Carmem me disse que você tá aqui no quarto desde a hora que chegou.
- É, eu cheguei morto de cansaço aí deitei aqui e acabei adormecendo.
- O dia foi puxado?
- E como!
- O meu também não foi nada fácil! – ele se deitou ao meu lado na cama o que fez a gente ficar colado um no outro, pois a cama não era lá grande coisa.
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Amor que nunca acabará - PARTE 1
RomanceConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas, quartas e sextas-feiras.