Capítulo 100

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- Você iria mesmo?

- Iria! Seria bom para mim e para nós.

- E seu emprego?

- Eu tentava conseguir um lá.

- Mas...

- Eu iria com você! - eu peguei na perna dele e ele sorriu para mim - Você uma vez me disse que sempre que a gente tenta ficar juntos, alguma coisa acontece para nos separar. Pois agora não deixarei nada nos atrapalhar, vamos viver tudo o que tivermos para viver. Eu quero dar uma chance pra gente e pelo visto todo mundo que está ao nosso entorno também.

- Estou sabendo disso. - ele riu - Com você lá, aquela cidade ficaria perfeita! Mas...

- Mas o que?

- A gente não está namorando...

- Mas com o tempo isso vai acontecer, ou não?

- Você tá brincando? Por mim, eu já teria te pedido até em casamento.

- Exagerado como sempre. - eu fiz carinho na perna dele

- Exagerado, mas não mentiroso. - ele me olhou rápido e riu

Nós chegamos na casa e logo de cara eu me apaixonei. Era uma casa grande com vários compartimentos e literalmente no meio do mato. A casa era cercada por mata e nos fundos dela tinha uma trilha que levava a gente para um riacho e uma pequena cachoeira. A gente a chamava de casa de campo, porque na frente dela tinha um campo verde, era um gramado lindo. Tinha também um jardim, que o Caio me disse, era a paixão da tia Júlia, pois foi o marido dela que criou aquele jardim. Por isso ele vivia bem cuidado pelo seu Zé. Para chegar ali, naquela época, só quem conhecia o caminho mesmo.

- Isso tudo é da Tia Júlia?

- Sim, era do marido dela. Carioca da gema e de família antiga.

- Isso é lindo!

- E é tudo nosso por uma semana. - ele colocou o braço em cima do meu ombro e ficamos admirando o local.

Logo em seguida, veio a parte trabalhosa. Tiramos tudo do carro em várias viagens e guardamos tudo na casa. A casa estava impecável e o Caio me disse que a esposa do caseiro cuidava da casa e que antes de chegarmos lá, ele tinha pedido para que ela limpasse tudo e deixasse tudo pronto para a nossa chegada.

Após termos guardado tudo (o que demorou um bom tempo), Caio me levou para ver o riacho. Eu não resisti e caí na água, ele me acompanhou, claro.

- Não tem problema? - eu perguntei quando ele chegou junto de mim e colocou a mão na minha cintura dentro d'água.

- Problema nenhum! Eu te disse, isso tudo é nosso por uma semana. Ninguém vem aqui se a gente não chamar.

Nós nos beijamos ali, dentro d'água.

- Somos nós mesmos aqui? - ele me perguntou

- Nós e ninguém mais!

- Isso parece um sonho, Cadu.

- Então, não quero acordar.

- Eu sonhei anos com esse momento. Eu sonhei anos poder viver com você tudo o que a gente vai viver aqui.

- E agora tudo se torna realidade - eu o beijei

- O que foi? - ele perguntou quando encerramos o beijo e eu comecei a rir

- Imaginei a Luh sabendo de tudo isso. Ela vai suuuuurtar!

- Nunca conheci alguém tão naturalmente engraçada quanto ela.

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora