Capítulo 23

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Nosso domingo de praia tinha chegado, eu já estava ali há um bom tempo e ainda não tinha ido à praia, pelo menos não como manda o figurino carioca. Nós tínhamos combinado de dormir no AP da Luh no sábado à noite, passamos a noite assistindo um filme pior do que o outro. Definitivamente, Luh não tinha bom gosto para filmes.

Na manhã de domingo, como todo bom farofeiro, nós acordamos cedo e preparamos várias coisas para levar para a praia. O "nós" no caso era composto por Luh e eu, pois o bonitão do Edu não acordou cedo, mesmo a Luh enchendo-o de tapas.

- Eu te disse que ele não acordava por nada nesse mundo.

- Credo, eu não tinha acreditado, não. Depois de hoje, acredito em você. Mas deixa ele, eu vou arranjar um jeito dele pagar os nossos honorários.

E ela arranjou mesmo. Ela o fez carregar tudo o que iríamos levar à praia e era tudo bem pesado. O pobrezinho fazia o maior esforço, mas não reclamou nada. Eu até tentei ajudar, mas a Luh não deixou.

- Acho que aqui tá bom. Vamos alugar cadeiras, não estou afim de virar bife à milanesa empanado na areia.

Edu foi até a barraca e alugou cinco cadeiras.

- Ah, vamos logo tomar banho no mar? – eu falei

- Mas que empolgação toda é essa?

- É a primeira vez que eu vou tomar banho de mar.

- Ah, que bonitinho! – ela me olhou toda derretida – então vamos!

- Ah, mas eu quero ir também – Edu disse

- Vem, amor.

- Não! Fica, amor. – Luh disse – Alguém precisa reparar nossas coisas, senão vamos voltar só de sunga e biquíni para casa.

Edu reclamou, mas ficou. Ele se deitou nas cadeiras alugadas, Luh e eu fomos para o mar. Mas eu saí em disparada, sem medo nenhum e me joguei com toda vontade no mar.

- Você é maluco? Como sai correndo e entrando assim no mar? – Luh falava ao meu lado depois de eu emergir da água

- O que eu fiz de errado?

- Correu igual um maluco. Quem nunca entrou no mar, geralmente apanha um bocado nas ondas e, no mínimo, sente medo.

- Eu sempre gostei de água.

Nós ficamos um pouquinho na água, mas não demoramos, já que não queríamos deixar o Edu sozinho por muito tempo.

- Você quase me mata do coração, não faz mais isso – ele disse sério quando chegamos onde estavam nossas cadeiras

- Mas o que foi que eu fiz?

- A gente não entra correndo na água daquele jeito. Você não tem medo? Quer morrer?

- Credo, gente, eu só mergulhei.

- Cadu, aqui não é água doce e calma como os rios da tua cidade. O mar é perigoso e MUITO perigoso. Não entra mais assim na água.

- Ai, tudo bem. E eu tô vivo, não foi nada sério.

- Foi sim, amigo. Eu também fiquei apavorada e o Edu está coberto de razão, não entra mais assim lá não.

- Tá bom, tá bom.

- Sua amiga te ligou – ele disse

- A Becca?

- Isso, eles já estão chegando e pediram a nossa localização.

Alguns minutos depois que o Edu tinha me dado o aviso, os meninos chegaram.

Amor que nunca acabará - PARTE 1Onde histórias criam vida. Descubra agora