Nosso domingo de praia tinha chegado, eu já estava ali há um bom tempo e ainda não tinha ido à praia, pelo menos não como manda o figurino carioca. Nós tínhamos combinado de dormir no AP da Luh no sábado à noite, passamos a noite assistindo um filme pior do que o outro. Definitivamente, Luh não tinha bom gosto para filmes.
Na manhã de domingo, como todo bom farofeiro, nós acordamos cedo e preparamos várias coisas para levar para a praia. O "nós" no caso era composto por Luh e eu, pois o bonitão do Edu não acordou cedo, mesmo a Luh enchendo-o de tapas.
- Eu te disse que ele não acordava por nada nesse mundo.
- Credo, eu não tinha acreditado, não. Depois de hoje, acredito em você. Mas deixa ele, eu vou arranjar um jeito dele pagar os nossos honorários.
E ela arranjou mesmo. Ela o fez carregar tudo o que iríamos levar à praia e era tudo bem pesado. O pobrezinho fazia o maior esforço, mas não reclamou nada. Eu até tentei ajudar, mas a Luh não deixou.
- Acho que aqui tá bom. Vamos alugar cadeiras, não estou afim de virar bife à milanesa empanado na areia.
Edu foi até a barraca e alugou cinco cadeiras.
- Ah, vamos logo tomar banho no mar? – eu falei
- Mas que empolgação toda é essa?
- É a primeira vez que eu vou tomar banho de mar.
- Ah, que bonitinho! – ela me olhou toda derretida – então vamos!
- Ah, mas eu quero ir também – Edu disse
- Vem, amor.
- Não! Fica, amor. – Luh disse – Alguém precisa reparar nossas coisas, senão vamos voltar só de sunga e biquíni para casa.
Edu reclamou, mas ficou. Ele se deitou nas cadeiras alugadas, Luh e eu fomos para o mar. Mas eu saí em disparada, sem medo nenhum e me joguei com toda vontade no mar.
- Você é maluco? Como sai correndo e entrando assim no mar? – Luh falava ao meu lado depois de eu emergir da água
- O que eu fiz de errado?
- Correu igual um maluco. Quem nunca entrou no mar, geralmente apanha um bocado nas ondas e, no mínimo, sente medo.
- Eu sempre gostei de água.
Nós ficamos um pouquinho na água, mas não demoramos, já que não queríamos deixar o Edu sozinho por muito tempo.
- Você quase me mata do coração, não faz mais isso – ele disse sério quando chegamos onde estavam nossas cadeiras
- Mas o que foi que eu fiz?
- A gente não entra correndo na água daquele jeito. Você não tem medo? Quer morrer?
- Credo, gente, eu só mergulhei.
- Cadu, aqui não é água doce e calma como os rios da tua cidade. O mar é perigoso e MUITO perigoso. Não entra mais assim na água.
- Ai, tudo bem. E eu tô vivo, não foi nada sério.
- Foi sim, amigo. Eu também fiquei apavorada e o Edu está coberto de razão, não entra mais assim lá não.
- Tá bom, tá bom.
- Sua amiga te ligou – ele disse
- A Becca?
- Isso, eles já estão chegando e pediram a nossa localização.
Alguns minutos depois que o Edu tinha me dado o aviso, os meninos chegaram.
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Amor que nunca acabará - PARTE 1
RomanceConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas, quartas e sextas-feiras.