Calor

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Decidi voltar mais cedo por pura influência de um grupo do twitter hahaha aliás, dedico infinitas ideias a esse grupo.

Votem e cometem. Volto depois para corrigir. Sem mais, uma boa leitura para vocês ❤️

POV Gabriela

Após longas horas de voo e entre uma conexão louca em Londres, finalmente chegamos no nosso destino final. Remini é uma cidade encantadora. Apesar do nosso cansaço, todas nós estávamos empolgadas com o momento. Sheilla passou o caminho até o hotel falando de alguns pontos turísticos que se lembrava de quando jogou na Itália. Rosamaria a acompanhava falando também, afinal ela jogava a temporada no país. Eu estava exausta e precisava dormir. Quando chegamos no hotel em que ficaríamos, iniciou o processo de divisão de quartos. Obviamente eu fiquei com Sheilla novamente. O cansaço era tanto quando entramos no quarto que apenas nos jogamos na cama. No dia seguinte precisávamos no apresentar para darmos sequência ao nosso preparo. Agora faltavam poucos dias para começar a VNL.

Alguns dias depois

– Bom, meninas! Esse é o nosso último treino antes de iniciar este ciclo. – Zé disse ao centro do círculo que formamos na quadra, ele era o único em pé enquanto todas nós estávamos sentadas. – Eu quero três coisas de vocês: o melhor de vocês, a dedicação de vocês e a diversão de vocês. – Ele pontuava sinalizando com os dedos enquanto falava. – A leveza nos trouxe até aqui, o trabalho duro e principalmente a dedicação. Sabemos que temos equipes fortes pela frente, mas também sabemos que somos um grupo forte e determinado a vencer. – Ele continuou o seu discurso que já entrava pela nossa cabeça. O técnico fez um sinal para a nossa capitã. Sheilla que estava ao meu lado se levantou iniciando um discurso também.

– É isso, meninas! O Zé disse que temos equipes fortes pela frente, mas que essas equipes saibam que terão que enfrentar um grupo tão forte e fechado quanto o delas. Essa camisa aqui pesa pra caralho. – A oposta disse apontando para a o escudo do Brasil em sua camisa. – E o mais importante de tudo: não se menospreza adversário. – Sheilla falava olhando para cada uma de nós. A sua postura de liderança era imponente, a presença da bicampeã olímpica nos fazia almejar o título. Além de tudo, essa mulher mexia com tudo em mim. – Adversário se ganha e é isso que nós viemos fazer aqui.

A oposta finalizou ganhando gritos empolgados de todas nós. O time se levantou fazendo a característica roda com nosso grito de guerra. Iniciamos um treino mais leve, mas totalmente focadas em nosso objetivo. Seria uma semana intensa. Nosso primeiro jogo seria contra o Canadá. A empolgação e a motivação rodava por todas nós. Sabia o quão importante seria uma estreia com o pé direito. E torcia e daria meu máximo para que isso acontecesse.

...

– Oi! – Sheilla disse quando estávamos deitadas em nosso quarto. Ela brincou com a ponta do meu nariz igual fez no dia do nosso primeiro beijo.

– Oi. – Respondi enrugando o nariz e rindo ao receber seu toque delicado.

– Como está esse coraçãozinho? – A oposta questionou ainda contornando linhas imaginárias em meu rosto.

– Batendo. – Brinquei tocando seus dedos e levei sua mão até o peito querendo exemplificar o que falava. – Estou nervosa para amanhã. Você não fica? – Perguntei tentando puxar ao máximo a experiência dela.

– Fico ansiosa, mas nervosa não. Eu sei o quanto treinei para isso, o quanto todas nos dedicamos. Nervosismo atrapalha. O frio na barriga está aqui, mas eu sei que irei dar o meu melhor. – Falou calmamente. Realmente era fácil para alguém acostumada a subir sempre no pódio.

Sorte - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora