Surpresas

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Estou tão feliz com cada comentário e voto

Voltei mais cedo apenas pela a @ no Twitter que pediu ahaha.

Boa leitura ❤️

Pov Gabriela Guimarães

Vai, Gabi! Corre! Último pique, vamos.

Zé Roberto disse enquanto nosso preparador acelerava a velocidade da esteira. Controlei minha respiração e acelerei o ritmo das minhas pernas. Olhei para o lado e vi que Sheilla estava concentrada também correndo no mesmo ritmo. Após alguns minutos percebi a velocidade diminuir até que eu parasse.

– Bom trabalho, meninas! Amanhã vocês duas na quadra.

Zé elogiou dando um tapinha no meu ombro e logo saiu. Desci do aparelho e sentei no chão mesmo. Sheilla riu me estendendo duas garrafas de água. Entendi seu pedido mudo e abri a devolvendo uma.

– Obrigada!

– Sério, como você consegue virar cinco bolas em uma final olímpica mas não abre uma garrafinha? – Questionei e dei um gole na água.

– Eu precisava ter dificuldade em alguma coisa na vida.

– A modéstia passou longe. – Brinquei arrancando um sorriso dela.

– Estou errada? – Seu tom de voz saiu mais rouco do que o normal e eu senti um arrepio enquanto ela sentou ao meu lado.

– Não está. Você pode. – Falei encarando a mulher e mordi os lábios tentando espantar os pensamentos impuros.

– Um dia eu levo a sério essas suas cantadas.

Sheilla disse e não me deu chance de resposta. A oposta se levantou anunciando que precisava de um banho. Seguimos atrás dela até o quarto. O silêncio era confortável, mas eu fiz questão de quebrá-lo quando chegamos.

– Cansei!

Confidenciei entrando no cômodo. O Zé e nosso preparador físico fizeram com que eu molhasse a camisa. E mesmo com o alto nível em que estava acostumada a treinar, sabia que precisava retomar ao mesmo ritmo de antes das férias.

– Depois eu que sou idosa. – Sheilla implicou e eu revirei os olhos. – Estou melhor do que muita novinha. – Disse enquanto tirava a blusa ficando apenas de top. Engoli em seco.

– Mas você é melhor mesmo.

Respondi sem perder a oportunidade dessa vez. Eu tinha a necessidade de afirmar o quão linda era a mulher a minha frente. Ela pareceu ficar um pouco sem graça, o que não era comum, mas confesso que estava gostando dessa reação dela. Sheilla apenas sinalizou para que eu fosse tomar banho primeiro. Segui rumo ao banheiro do nosso quarto e deixei que a água fria descesse por todo meu corpo. Após alguns longos minutos eu sai vestindo uma regata simples e um short, o clima estava agradável hoje. Assim que passei pela porta, Sheilla levantou seu olhar e sorriu. Eu retribui enquanto ela se levantava vindo em minha direção. Ganhei um beijo na bochecha e ela entrou pela porta atrás de mim. Isso me rendeu um sorriso de canto a canto.

Quando consegui me recuperar, segui até a cama e me deitei. Aproveitei para navegar pelas minhas redes sociais. Nesse tempo, recebi uma mensagem de Natália.

Natália: Gabi, as meninas querem fazer a roda de música hoje. Topa ou está ocupada com a capitã?

Gabriela: Besta! Eu tô dentro. A Sheilla tá no banho. Mas acho que ela vai também.

Natália: Fechou. Vou confirmar com a Carol e a Rosa também. 30 min e dou um pulo aí.

Gabriela: Beleza!

Respondi a mensagem e ouvi a porta do banheiro se abrir. A oposta saiu do banheiro usando outro top e um shortinho bem folgado. Respirei fundo e não pude evitar que os meus olhos passassem por todo o corpo dela. Sheilla pareceu perceber meu olhar, mas ela não desviou por nenhum momento. Ela parecia gostar de como eu a desejava. Tomei coragem em quebrar o silêncio.

– A Natália nos chamou para roda de música daqui a pouco. – Avisei ainda a encarando.

– Você quer ir? – Perguntou enquanto buscava algo em sua mala.

– Sim.

– Então iremos. Quero te ver tocando de novo. Mas antes... – Disse erguendo um vidro e eu franzi o cenho até que percebi do que se tratava. – Você me deve uma massagem.

– Eu ainda acho que foi injusto.

Reclamei falsamente e já peguei a loção corporal. Eu não perderia essa chance. Sheilla se aproximou e deitou de bruços na cama. A mais velha apenas relaxou o corpo enquanto aguardava meu movimentos. Entendi sua ação como bandeira branca. Engoli em seco e abri o produto espalhando em minhas mãos. Passei minhas pernas por cima do corpo da mulher, ficando assim em uma posição confortável tanto para ela quando para mim.

Iniciei meu movimentos delicadamente nos ombros dela. Sheilla suspirou satisfeita enquanto meus movimentos se intensificavam. Percebi que o corpo dela relaxava a cada toque. Em determinado momento ousei descer minhas mãos pela extensão de suas costas.

– Gabriela... – A voz rouca da oposta preencheu o silêncio. Me inclinei até que meus lábios chegassem à altura de seu ouvido.

– Sheilla.

Respondi no mesmo tom baixo e a mais velha se arrepiou por inteira. Arranhei levemente suas costas e pude jurar que escutei um gemido baixo saindo dos lábios de Sheilla. A oposta se movimentou rapidamente e girou o corpo, fazendo pela primeira vez com que nossos olhos se encarassem. Foi a minha vez de suspirar surpresa. Sustentamos o olhar por longos segundos. Em um súbito de coragem, aproveitei-me da minha posição por cima dela e aproximei nossos rostos a ponto de que nossas respirações começaram a ser uma só.

Sheilla fechou seus olhos em um sinal verde nítido para que eu seguisse. Estava tão perto de concretizar um beijo até que o barulho alto da porta me fez dar um salto da cama.

– Gabi! Tô entrando. – Natália disse invadindo o quarto. Puta que pariu, pensei tentando disfarçar o momento. Sheilla se sentou na cama na velocidade da luz. – Tô atrapalhando? – Minha amiga questionou com o cenho franzido ao notar minha respiração pesada e Sheilla fingindo caçar algo pelo quarto.

– Não. Já íamos descer. – Fiz minha melhor cara de "depois conversamos". E ela deu os ombros entendendo.

– Vim chamar vocês para o jantar.

– Vamos, só vou colocar uma blusa.

Sheilla falou pela primeira vez desde que a situação constrangedora de Natália se instalou. Em poucos minutos descemos e nos unimos as meninas para jantar. A oposta permaneceu ao meu lado, mas não tocou no assunto do quarto.

Parabéns, Gabriela! Seria uma noite longa que só estava começando, pensei nervosa.

...

E aí? Como estamos? Natália quebrando o clima.

Não temos meta, mas votem e comentem muito, pois eu acho que volto amanhã.

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Sorte - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora