Those Eyes

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Lembrando: tudo aqui é fruto da minha imaginação e eu não tenho compromisso algum de seguir a realidade.

Aproveitem o capítulo de hoje assim como o praia e o minas aproveitaram o mundial: de modo sofrido e rápido.

Boa leitura 💛

...

"When we're done making love and you look up and give me those eyes

'Cause' all of the small things that you do
Are what remind me why I fell for you
And when we're apart and I'm missing you
I close my eyes and all I see is you"

Pov Gabriela Guimarães

Exatos 15 dias para reencontrar Sheilla. A proximidade do mundial de clubes pela primeira vez me gerou uma ansiedade diferente. Eu sentia saudades da minha namorada, a falta do seu toque, da sua presença, das suas piadas sem graça...
Eu nunca soube o que era sentir um amor assim até conhecê-lá. A forma como ela me trata, o modo como ela deseja estar perto de mim. De alguma forma, sua voz denunciava ela também sentia minha falta.

A sequência de treinos exaustivos no Vakif e o fuso horários deixavam um pouco sensível ao fato de não poder dialogar sempre com Sheilla. Se fosse uma decisão unânime, eu tenho certeza que eu e ela descreveríamos a distância como uma chatice. Eu não tinha pressa. Eu sei que tudo acontece no tempo que deve acontecer, mas eu também não queria perder tempo. É injusto demais sofrer com essa tal distância.

– No que tanto pensa? – Haak, ou simplesmente Bella como eu costumo chamar, questionou em seu inglês perfeito.

– Que distância é uma droga. – Murmurei a questão em português e ela franziu o cenho.

– Sente falta dela e de casa. – Bella deu os ombros e sentou ao meu lado na quadra observando Derya treinando seu passe.

– Muito! Não vejo mais sentido nessa distância. – Finalmente respondi em inglês.

– Faltam poucos dias, Gabi! – Minha amiga tentou me animar e eu sorri.

– E depois faltarão mais dias.

– Que pessimismo é esse? Não combina com você. – Haak disse séria.

– Acho que é saudades mesmo.

Falei a palavra em português e Haak franziu o cenho. Expliquei o significado e seguimos conversando até que Guidetti convocou todas ao centro de quadra. Estávamos estudando nossos próximos adversários. Se tinha algo que eu aprendi é que jogo se joga e ganha, ninguém vence sem entrar em quadra. Como jogadora do Vakif eu sabia que o Conegliano era o favorito. E de fato, favoritismos existe mas não ganha jogo.

Seria incrível fechar a temporada no Vakif com o Mundial de Clubes, é um título que eu sempre almejei ter. E encerrar meu ciclo pelo time turco com esse mérito séria glorioso. Eu não renovaria com o clube, isso era fato. Eu já tinha recebido algumas propostas do Conegliano e de outros clubes, até mesmo o Savino e alguns clubes brasileiros tinham me enviado algo. Sempre era uma decisão difícil decidir o meu próximo lar, ainda mais agora com Sheilla. Eu tinha mais algumas semanas para decidir isso.

...

15 dias depois

– Isso não vai mais rápido? – Perguntei ganhando risadas de Haak e Senoglu que estavam ao meu lado do avião.

– Já estamos chegando, Guimarães. – Gunes se intrometeu respondendo e eu assenti com a cabeça.

– Ela tá de mal humor. – Bella sussurrou no meu ouvido.

Sorte - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora