Especial Sorte - Reconciliação I

3.7K 275 18
                                    

Pov Gabriela Castro

– Eu não sei se agora é o melhor momento, Sheilla. Eu... eu não sei! Eu estou confusa. – Respondi chorando.

– De toda essa confusão, a única certeza que eu tenho é que eu te amo.

Sheilla finalmente permitiu uma lágrima rolar no seu rosto. A mais velha se aproximou o suficiente colando nossos rostos e deixando a centímetros nossos lábios. Eu precisava vencer isso dentro de mim. Eu não queria dar o braço a torcer.

Mas valia a pena? Eu já não via mais sentido nesta distância. Não fazia sentido o menor sentido porque eu a amava. Eu a amo o suficiente para dialogar, precisamos nos reencontrar e essa é a brecha.

– Eu amo você! – Sussurrei antes de colar nossos lábios. A sintonia perfeita entre eles nunca foi deixada. O toque suave me fez flutuar, Sheilla nunca desaprendeu a me fazer levitar em meio aos sete mares.

– Eu amo você! – A mais velha declarou colando nossas testas. Não eram mais duas respirações, nossos peitos moviam-se no mesmo ritmo. – Você me perdoa? Eu quero te entender, Gabriela! Essa distância... ela machuca. Eu não quero ficar longe de você. Nós duas precisamos conversar. Se eu errei, me fala.

– Você não teve culpa sozinha, amor. – Suspirei e fiz um carinho no seu rosto. –  Me perdoa também. Acho que faltou maturidade de dialogar. – Confessei envergonhada e abaixei a cabeça. Senti seus dedos finos em meu queixo, forçando assim que eu a encarasse.

– Às vezes a gente gosta de bagunçar o que tá arrumado, né? – Ela riu fraquinho e eu também. Senti o seu beijo delicado em meu maxilar. – Mas nada que a gente não possa resolver...

– A gente sempre pode resolver... – Suspirei erguendo o pescoço para que minha esposa tivesse a liberdade que precisava naquela região.

– Quer resolver no nosso quarto? – Sheilla sussurrou no meu ouvido antes de morder o lóbulo de minha orelha. Senti o arrepio percorrendo meu corpo. Assenti com a cabeça enquanto ela prontamente me guiou pelos corredores. Entre os beijos lascivos, uns tropeços e algumas peças de roupas pelo caminho, finalmente fui jogada na minha cama. – Que saudades de você, amor...

Sheilla falou retirando minha roupa. Os seus toques sempre eram delicados e precisos. Ela sabia exatamente como me tocar.

– Me faz sua... – Pedi já em êxtase. Aquela tarde só estava começando.

(...)

– Você sabe que isso não vai resolver todos nossos problemas, né? – Sheilla questionou desenhando delicadamente com a ponta do seu indicador nas minhas costas nua.

– Resolveu alguns, certo? – Brinquei me virando em sua direção e enterrei minha cabeça na curva do seu pescoço. – Eu estava com saudades de você.

– Resolve alguns... Um bem gostoso por sinal. – Ela gargalhou. – Você quer conversar agora? – Minha esposa perguntou delicadamente.

– Sim! – Afirmei e me sentei na cama ajeitando minha postura. – Você sabe por que eu estava chateada?

– Ah, acho que... – Sheilla ia falando e o toque do celular dela nos interrompeu. Franzi o cenho e ela apenas se levantou. Notei seu olhar surpreso ao atender a ligação. – Liz? Oi, meu amor! – Caralho! As crianças... – Ah, a Gabi? – Sheilla não sabia o que falar e eu gesticulei com as mãos caçando minhas roupas. Eu buscaria ela e estava totalmente atrasada. – A sua madrasta é esquecida, filha.  – A cara de pau falou e eu rapidamente acertei um tapa em seu braço. – Ai, Gabriela! – Minha esposa falou e eu revirei os olhos pegando o celular de sua mão.

Sorte - SheibiOnde histórias criam vida. Descubra agora