Cap 10 - Centauros

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~Floresta Proibida~

Assim que eu e Oliver descemos ao encontro de Adrian, vimos a vassoura de Terence quebrada no chão, e mais para frente estava nosso apanhador desmaiado ao lado de uma árvore, com muitos arranhões no rosto e o uniforme todo rasgado.

Adrian: Eu vou voltar para Hogwarts e pedir ajuda, não temos como levá-lo em cima de vassouras - o moreno escorou Terence em uma árvore antes montar sua vassoura - E S/n... depois você vai me tudo sobre esse tal "nada" - acrescentou sério, logo saindo voando.

Oliver me direcionou um leve sorriso, como se estivesse satisfeito por ter criado uma intriga entre eu e Adrian.

S/n: Pode ir tirando esse sorriso do rosto, dementadorzinho - larguei minha vassoura para poder analisar Terence mais de perto - O que você acha que aconteceu?

Oliver: Como assim o que aconteceu? Ele bateu com a cara em uma árvore tentando pegar o pomo e caiu aqui - deu de ombros. Sua indiferença me irritava.

S/n: Não, Wood. Ele é inteligente, não ia simplesmente se bater contra uma árvore.

Oliver: Se fosse tão inteligente, não teria nem vindo até aqui para início de conversa.

S/n: Como se você não quisesse que o Potter tivesse vindo atrás do pomo também.

Oliver: Tá, chega de conversa. Agora eu só quero voltar para a escola e te ignorar pelo máximo de tempo possível.

S/n: Ignorar? Não parecia ser isso o que você estava fazendo nos últimos dias - ele me olhou confuso - Não se faça de desentendido. Você passa pelo menos metade do seu dia me encarando, e a outra metade em cima de uma vassoura, jogando quadribol - arqueei as sobrancelhas, orgulhosa por minha atitude.

Oliver: E você?! - se aproximou, me fazendo ficar de pé para poder olhar em seus olhos - Passa o dia inteiro beijando garotos nos corredores?

S/n: Por Melin, talvez seja melhor pararmos mesmo com a conversa - revirei os olhos, tentando me afastar do grifinório.

Oliver: Não. Agora eu quero saber... - agarrou meu pulso, lembrei novamente de nosso momento nos corredores - Por que sua primeira reação foi me beijar, Peasegood? - questionou, não de um jeito provocativo, mas como se realmente quisesse uma resposta. Ao ouvir a pergunta meu coração foi a milhão.

S/n: E-eu... - nossos olhos estavam grudados, me impossibilitando de achar as palavras.

De repente ouvi um gemido de dor atrás de mim. Higgs começava a recobrar a consciência.

S/n: Terence, você está bem? O que aconteceu? - fiquei de joelhos ao seu lado, aliviada por ele ter interrompido o interrogatório de Oliver.

Terence: Hmm, eu... eu vi alguma coisa prateada... Acho que... sangue - respondeu como se tentasse recuperar o fôlego a cada frase, ainda muito desorientado.

S/n: Sangue prateado? Onde? - tentava arrancar respostas do apanhador.

Devagar Terence voltou a fechar os olhos, tombando a cabeça para frente como se tivesse se desligado instantaneamente.

S/n: Não, Terence! - gritei, tentando mantê-lo acordado - Merda, ele desmaiou de novo.

Oliver: Desse jeito vamos acabar aqui só com um corp... - parou de falar quando ouvimos galopes se aproximando - Centauros.

Wood arrastou Terence até uma moita e nos abaixamos, tentando espiar pelos furos por entre as folhas. As criaturas se reuniram pouco longe de onde estávamos, em volta do corpo de um animal que não era possível identificar.

Centauro 1: Olha isso, um dos piores crimes que se pode cometer. Esses bruxos pensam que podem fazer tudo que quiserem - ouvimos um deles reclamar com raiva.

Centauro 2: Bruxos? E como tem tanta certeza de que foi um deles?

Centauro 3: E quem mais teria sido? Esses imbecís pensam que são as mais importantes criaturas que existem, nem mesmo unicórnios escapam de sua crueldade - disse um terceiro, bufando.

S/n: Unicórnio? Será que era do sangue dele que Terence falava? - sussurrei para Oliver, que deu de ombros.

Centauro 2: Que barulho foi esse? - se aproximou de onde estávamos. Acho que não sussurrei baixo o suficiente.

Olhei apavorada para Wood, meu corpo começando a suar frio quando ele segurou minha mão, tentando me acalmar.

Levantando nossos rostos demos de cara com o centauro, nos fitando irritado.

Centauro 2: Não, não tem nada aqui, devem ter sido só as árvores - respondeu aos outros, se distanciando - Deveríamos voltar, já estamos perto demais da escola.

Assim que os três sumiram na floresta, nos levantamos e fomos até o unicórnio sem vida.

S/n: Por será que ele não disse que estávamos aqui?

Oliver: Não sei, mas ele não teria nos visto se você tivesse ficado quieta - repreendeu-me, voltando a agir como antes.

S/n: Tanto faz - voltei meu olhar para a criatura caída - Quem você acha que fez isso com ele?

Oliver: Alguém que eu espero não estar mais por aqui - em seus olhos era possível notar certa preocupação com o animal, algo que eu achei tocante... vindo de Wood.

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Notas da autora:
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Maldito Vermelho - Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora