~Campo de Quadribol de Beauxbatons~
Durante o jogo contra Durmstrang o nervosismo era ainda maior por saber que meus pais estavam ali, observando cada parte de minha performance. Eu sabia que cada erro que cometesse seria uma piadinha contada amanhã durante a reunião de família.
Até então a partida estava empatada, a disputa pelo pomo era acirrada, já tínhamos um jogador machucado e eu recém tinha entrado em campo.
Quando os artilheiros do outro time avançavam em minha direção sentia minhas mãos suarem de nervosismo, defendia os aros sentindo esse mesmo nervosismo queimar meu rosto e passar por todo meu corpo, arrepiando cada centímetro do mesmo.
Mas quando o jogo virava e quem deveria se preocupar era o outro goleiro, a única coisa em que eu conseguia pensar era "Cedric, pegue logo esse maldito pomo!".
*Quebra de tempo
Quase meia hora depois vimos Cedric e Viktor caírem - ou melhor, se jogarem - de suas vassouras, tentando alcançar a bolinha dourada e rolando pelo chão quase abraçados.
Sujos de poeira e agora cheios de arranhões, os dois se levantaram e analisaram um ao outro, como se tentassem entender o que acontecia, procurando pelo pomo enquanto a torcida os observava impacientemente.
Passados alguns segundos Diggory abriu um sorriso meigo, que logo se tornou um riso leve, levantando a mão e mostrando a todos a coisinha. Éramos campeões.
As arquibancadas mudaram no mesmo instante, os gritos alegres logo ecoavam pelo cintilante lugar e largos sorrisos apareciam nos rostos de todos... exceto pelos jogadores de Durmstrang.
Em milésimos todo nosso time estava montado suas vassouras, voando pelo campo enquanto comemoravam e bajulavam Cedric.
Oliver: Parabéns, princesa! - gritou mais feliz que nunca, vindo tão rápido quanto a luz em minha direção e juntando nossas bocas em um apaixonado e vibrante beijo de comemoração.
Normalmente eu teria me importado com o fato de ainda estarmos parados em frente aos aros, todas aquelas pessoas nos vendo... mas não agora. Minha felicidade era tanta que não conseguia pensar em nada além de aproveitar aquele beijo, sentir todas aquelas emoções que me faziam tão bem.
*Quebra de tempo
Depois de muita comemoração no vestiário, eu e Oliver tomamos banho e encontramos meus pais, os acompanhando até o mesmo restaurante trouxa de noites atrás.
Melina: Sabe, S/n, eu já estava com saudades de te ver jogar, gostei muito de hoje...
Petrus: Mas poderia ter sido melhor... - interrompeu, sendo cutucado por minha mãe - digo... - pigarreou - dava para perceber seu nervosismo, e os pontos que o outro time fez foram somente graças à sua falta de atenção.
As críticas haviam começado. Eu odiava quando meus pais faziam isso, agiam como se eu não pudesse errar, esquecendo que nem eles eram perfeitos o tempo todo - por mais que fosse isso o que gostavam de aparentar.
S/n: Não, pai. Os pontos que o outro time fez aconteceram porque os artilheiros jogavam forte demais para eu conseguir defender - respondi calma, tentando em vão disfarçar a raiva que começava a correr por minhas veias.
Minhas bochechas esquentaram, indicando que eu queria chorar, mesmo sabendo que não podia. Fui criada por uma família que não permitia demonstrações de fraqueza, muito menos na frente do "inimigo", e, nesse momento, meus pais eram o inimigo.
Para me salvar o garçom chegou com nossos pedidos, redirecionando a atenção de meus pais para os pratos quando senti minha mão ser acariciada pela de Oliver, que me lançava um sorriso discreto de compreensão. Eu estava reconfortada, aquele gesto fez minha calma voltar na mesma hora.
Melina: E você, Oliver? - quebrou o silêncio, enquanto enrolava seu espaguete - Joga quadribol há muito tempo?
Oliver: Sim, meus pais sempre me incentivaram muito, minha família também é obcecada por esportes - sorriu.
Petrus: E, você conhecia aquele garoto com quem minha filha estava antes? James, não era? Ele jogava no seu time? - "Que jantar mais agradável esse, a que hora chegam os canhões?"
Oliver: Jaden - respondeu amargo, um sorriso orgulhoso que tentava esconder sua irritação - Eu o conhecia, mas ele não era da minha equipe. Além de não sermos da mesma casa, ele nem mesmo jogava quadribol.
Meu pai quase engasgou com a comida, não jogar quadribol seria mais criminoso do que as maldições imperdoáveis para ele.
Petrus: Não jogava quadribol? Ora, nós não iríamos nem gostar desse menino, S/n! - o homem me olhava abismado.
Melina: "Não eram da mesma casa"? Qual sua casa, querido? - perguntou doce.
Oliver: Eu sou grifinório - meu pai torceu o nariz, sua noite estava ficando cada vez pior, e a minha, portanto, cada vez melhor.
Melina: Viu, Petrus, agora eu não sou a única diferente na família - provocou antes de se voltar a Wood - Eu sou corvina, a única que não pertencia à casa verde... até agora - brincou, deixando Oli todo alegre.
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Notas da autora:
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Maldito Vermelho - Oliver Wood
FanfictionS/n Peasegood é uma aluna do quarto ano de Hogwarts e goleira do time de quadribol da Sonserina, que depois de conquistar o título de capitã temporária acaba se aproximando de Oliver Wood, garoto por quem desperta fortes sentimentos. 🥇1º #harrypott...