Cap 35 - Maldita Festa

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⚠️ TW: HOMOFOBIA

Eu e Adrian começávamos a nos afastar da mesa quando ouvimos...

Ayumi: Mas, sobre o jogo de hoje. Aquele menino que teve a perna quebrada...

Oliver: O Graham? Ele é bruto assim mesmo. Faz de tudo para ganhar, mesmo que isso signifique quebrar regras - me olhou de canto - Na verdade, isso é o que todos os sonserinos fazem - completou em alto e bom som, provocando.

Ayumi: E os sonserinos seriam? - no mesmo instante retornei para a mesa. Agora todos quietos sabendo que coisa boa não era o que estava por vir.

S/n: Sonserinos são alunos de Hogwarts que o Oliver odeia, não sei se por se sentir inferior a nós - um ligeiro sorriso apareceu em meu rosto - ou por...

Oliver: "Inferior"?! Ah, por favor, eu jamais me sentiria inferior a trapaceiros - se alterou levemente.

Meu sorriso se desfez, olhei seriamente entre as pupilas do grifinório antes de afastar-me da mesa arrastando Pucey comigo.

Wood sabia o quanto eu detestava quando atribuíam a palavra "trapaça" à minha casa. O termo era geralmente ligado ao nosso time, e ele também sabia o quanto eu me esforçava para mudar isso desde que era capitã. Mas não perderia meu tempo discutindo com quem eu sabia que não mudaria de opinião.

*Quebra de tempo

Pelo resto da noite não arrisquei nem olhar na direção da tal mesa, ficando na companhia de meu primo, alguns de seus amigos de Durmstrang, Terence, Adrian e Graham. Os últimos dois estando na verdade mais distantes.

Em certo momento Montague se afastou para ir ao banheiro, e eu me aproveitei disso para tirar a limpo minhas suspeitas.

Sn: Comece a falar - um tom de quem já sabia tudo.

Adrian: Falar o quê? - perguntou nervoso, tendo como resposta uma leve erguida de minha sobrancelha - Tá, você está certa. Mas não é o que parece.

S/n: Ah, então você não está traindo o Flint com o Montague? - questionei serena.

Adrian: Não, Peasegood, eu não estou traindo ele - o artilheiro parou por um instante, um olhar melancólico no rosto - O Flint e eu terminamos, no sábado, logo antes de eu entrar no ônibus...

A notícia me deixou triste, eu sabia que os dois não estavam bem, mas não imaginava que já tinham terminado.

Adrian: Os pais dele estavam desconfiando, e por conta disso ele começou a agir frio comigo. Tivemos uma briga feia e ele quis terminar - deu de ombros.

Apenas nos olhamos por alguns segundos, e antes que eu conseguisse lhe confortar ouvimos barulhos vindos do banheiro.

XXX: É bom você não aprontar mais, seu bixa de merda! - riu o artilheiro de Mahoutokoro com quem já tínhamos problemas, saindo do banheiro seguido por mais três de seus colegas de equipe, que riam também.

Adrian e eu adentramos rapidamente o toalete, onde encontramos Montague cheio de machucados que pingavam sangue, sendo segurado pelo garoto que dias atrás flertava comigo.

Pucey se apressou para apoiar o outro braço de Graham em seu ombro e levá-lo para fora do lugar.

Enquanto atravessávamos o salão eu vi Ayumi, não conseguindo entender se a expressão em seu rosto era de indiferença ou preocupação.

*Quebra de tempo

Agora Montague estava sentado em um banco do lado de fora do moinho enquanto o jogador de Mahoutokoro dava um jeito em seus cortes com a varinha. Graham apertava a mão de Adrian toda vez que gritava de dor.

Minutos depois o sangue havia desaparecido, Graham aliviado, tomando o máximo de ar para dentro dos pulmões.

Adrian: Olha... - começou tímido - eu não estou reclamando, mas por que nos ajudou?

XXX: Não gosto do Tsuyoshi, então o contrario sempre que posso - deu de ombros. Eu e Pucey trocamos olhares perdidos - Tsuyoshi é o garoto que bateu nele - explicou apontando para Montague - E eu sou Akira, Akira Hasegawa.

S/n: Hasegawa? Que nem a...

Akira: Que nem a Ayumi. Ela é minha irmã gêmea - sorriu de canto.

Montague: Então... - suspirou - Obrigado pela ajuda, mas esse tal Tsuyoshi não vai bater em você agora? - soltou um rápido riso nasal.

Akira: Naah... - respondeu irônico - Ele é namorado da Ayumi e filho do nosso diretor - ergueu as sobrancelhas indiferente.

Nesse momento eu e meus artilheiros soltamos em uníssono um longo "Ahh", já que a última parte explicava muita coisa.

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Notas da autora:
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Maldito Vermelho - Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora