Cap 48 - Jogo de Família

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Depois de alguns minutos melosos e muitas carícias pós-sexo eu e Oliver nos arrumamos, tentando parecer o menos culpados possível, mas os cabelos emaranhados e o cheiro de sexo tanto em nossa pele quanto no cômodo ainda nos entregariam.

/Domingo

~Quarto da S/n~

Quando acordamos quase na hora do café, corremos para o chuveiro para ficarmos apresentáveis e sem o cheiro de gozo que ainda estava nas roupas sujas.

Viktor: S/n! Oliver! Vamos, não quero ir para o ninho de cobras sozinho - batia nada delicadamente em minha porta.

S/n: Calma Viktor, não vamos te abandonar - debochei.

Viktor: E então? Passaram bem a noite? - perguntou risonho, levando um tapa no braço - Calma, priminha, é só brincadeirinha.

Quando eu e Oliver entregamos nossas roupas sujas à Adora antes de irmos até o jardim, nem a elfo-doméstico conseguiu conter o sorriso de canto, entendendo na hora o que tínhamos feito e fazendo as "brincadeirinhas" e sorriso de meu primo se estenderem mais ainda.

~Jardim de Peasite~

Debaixo do céu limpo e brilhante e ao lado da imensa piscina estavam meus familiares, reunidos como uma linda família de comercial de margarina, um grande campo verde e florido na paisagem.

Clair: Não, Peter, você não pode fazer isso. É contra as regras - ouvi minha prima dizer na piscina, revirando os olhos enquanto explicava as regras de natação para o mais novo, que começava a ficar emburrado.

Ashton: Bom dia, S/n! - acenou alegre sentado na borda da piscina, uma touca de cabelo cobrindo até suas sobrancelhas.

S/n: Bom dia, Crane! - respondi, sentindo Oliver apertar minha mão entrelaçada na dele.

*Quebra de tempo

Durante a refeição, Ashton, que fez questão de sentar à minha frente, não tirava os olhos de mim, e Oliver não tirava os olhos dele enquanto eu e Krum ríamos, Peter nos observando nada satisfeito.

Petra: Tudo pronto para o jogo de hoje, Petrus? Espero que nada atrapalhe a vitória do meu time - provocou meu pai, como sempre.

Petrus: Ah sim, maninha. Tudo pronto para a minha vitória - riram.

Os dois sempre ficavam em times diferentes por serem os mais competitivos da família, é questão de segurança não deixarmos que os gêmeos façam parte da mesma equipe.

Petra: Nesse ano quero que a S/n fique na minha equipe se não se importar, irmãozinho - continuou, me fazendo engasgar com a comida.

Eu gostava de jogar com a tia Petra, em seu time geralmente ficavam Clair e Krum, mas isso significava que se eu cometesse algum erro ou chegássemos ao ponto de perder, eu iria ouvir suas nada sutis "observações" sobre meu desempenho - ou a falta dele, em sua visão.

Petrus: Certo, mas nem ouse colocar os olhos no meu genro. Quero ver o nível de jogo dos capitães da Grifinória - sorriu, minha tia ergueu as sobrancelhas e fez biquinho, já que claramente pretendia puxar Wood para seu lado.

Agora foi Oliver quem engasgou com a comida, nervosismo certamente começando a lhe tomar.

Petra: Muito bem. S/n, vá se arrumar! Hoje vamos acabar com seu pai e seu namorado - falou risonha, confirmei com a cabeça, gostando de ouvir a palavra como ela se referiu a Oliver.

Oliver: Você já não acabou comigo ontem à noite?! - sussurrou em meu ouvido assim que levantamos da mesa, fazendo voltarem à minha mente as emoções da noite passada.

~Campo de Quadribol de Peasite~

Já uniformizados e com vassouras em mãos esperávamos na arquibancada o resto da família chegar.

S/n: Por Merlin! Vocês parecem duas sombras atrás de mim - ri, Oliver e Krum sempre em minha cola.

Viktor: Ah, mas eu sei que você gosta dessa atenção toda - debochou, recebendo um sorriso em resposta.

"Sorriso" uma coisa que definitivamente não era encontrada no rosto de Oliver, tão tenso quanto se em alguns minutos fosse ser levado à guilhotina - e tecnicamente seria mesmo.

S/n: Calma, tá? É só um jogo de família - tentei tranquilizar seu rosto que pedia por misericórdia, passei os braços por seu pescoço enquanto o mesmo agarrava minha cintura.

Oliver: Mas é a sua família, e eu vou jogar com o seu pai! - o nervosismo em sua voz me fez rir.

S/n: Tenho certeza de que você vai se sair muito bem. Se algo der errado, se jogue da vassoura e finja estar machucado - pisquei, juntando seu lábio no meu - Mas, se serve de consolo, você e sua bundinha ficaram lindos no uniforme da minha família - sorri, recebendo um olhar de reprovação antes de lhe beijar uma última vez e montar minha vassoura.

*Quebra de tempo

Meu tio, pai de Krum, e o próprio Viktor já disputavam o pomo há 2 horas e meia, os gols passavam da casa dos mil e era nítido o cansaço de todos em campo, mas esse era exatamente o modo como minha família gostava de jogar, nos limites entre tentar se manter sobre a vassoura e se esborrachar dolorosamente no chão.

No início da partida Wood ainda parecia perdido, tentando se acostumar com os fortes arremessos de meus familiares nos aros, mas agora já recebia elogios de meu pai quase toda vez que rebatia uma goles.

Petra: S/n! Você está deixando eles fazerem muitos pontos. Se está cansada, troque de lugar com seu tio Paul! - esbravejou, me fazendo revirar os olhos assim que me deu as costas.

Fiz sinal e o homem de cabelos naturalmente verdes - o único da família com essa cor de fio - montou a vassoura e se pos à frente dos aros.

Em nossa família, Paul era o único com que não tinha nenhum tipo de característica marcante. Jogava medianamente bem, não era casado, nunca tinha ao menos apresentado um par romântico à família, além de ter o emprego menos renomado, sendo revisor de textos do Profeta Diário, o menos "chamativo" dos cargos entre nossos parentes jogadores profissionais, aurores, domadores de feras... ou mesmo Comensáis deserdados. Não deixando de mencionar, é claro, o fato de todos suspeitarem que ele fosse fruto de uma traição de minha avó, por conta da cor de seu cabelo.

Nem três minutos após minha saída já tinham marcado dois gols no homem.

S/n: Toma, tia Petra - sussurrei, sorrindo satisfeita antes de dar mais um gole em minha garrafa.

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Notas da autora:
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Maldito Vermelho - Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora