Cap 45 - Peasegoods

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Já me dirigia à saída quando ouvi meu pai novamente.

Petrus: S/n, só mais uma coisa... O menino Wood vai dormir no seu quarto? - um grande desconforto em sua voz.

Fiz que sim com a cabeça, o homem cerrando os olhos em uma careta que dizia "Não façam besteiras!". Devolvi um sorriso e fechei a porta.

~Quarto da S/n~

Entrando, ainda muito sorridente, me deparei com um Wood curioso e atento, observando pacientemente minha prateleira de troféus, cheia de prêmios, medalhas e fotos de alguns dos dias mais magníficos da minha vida.

S/n: Não está acostumado com tantas medalhas brilhantes, não é? Eu sei, pode admitir, Oliver - brinquei arrogante.

Oliver: Na verdade, estava me perguntando por que você tem tão poucas - sorriu, agarrando a almofada que joguei em sua direção.

S/n: Pronto para um tour em Peasite? - perguntei meiga, as mãos entrelaçadas nas costas como uma criança impaciente.

Oliver: "Peasite"? Sua casa tem nome? - sorri nervosa, também sempre achei isso presunçoso.

*Quebra de tempo

S/n: E por fim, essa é a sala de jantar - Abro a alta porta, dando visão para o grande e comprido salão com majestosos lustres, um piano raramente tocado ao lado, imensas janelas e uma igualmente imensa mesa ao meio, cortando o cômodo.

Oliver: Vocês tem um piano?!

S/n: Uhum, meus pais sabem tocar. Alguns de meus parentes também - recebi um olhar curioso - Não, eu não sei. Até queria ter aprendido quando criança, mas meu pai insistiu que eu focasse "apenas no quadribol!" - imitei o homem.

Oliver: Ao menos valeu a pena. A filha dele é a melhor jogadora que eu já vi - falou gentil, se aproximando e envolvendo minha cintura, começando um beijo amoroso e lento.

S/n: Ah, obrigada Oli... - dei-lhe um selinho - Você também não é nada mal - ri, o garoto balançando a cabeça em negação - Vamos? Logo eles chegam e ainda temos que nos arrumar.

~Quarto da S/n~

Ao fim de um banho quente... não somente pela água, eu e Wood nos vestimos, prontos para rever - ou conhecer - o resto da família Peasegood.

Oliver: Amor, pode me ajudar com isso? Sua mãe me entregou, mas não quero colocar errado e estragar o paletó - o goleiro abriu uma caixinha verde com um broche do brasão de nossa casa, coisa mesquinha que meu pai deve ter insistido para minha mãe entregar a ele.

S/n: Tem certeza de que quer usar? Se não quiser, não precisa - tentei disfarçar a vergonha pela atitude de meus pais.

Oliver: Não, tudo bem. Posso fazer esse esforço para agradar meus sogrinhos - piscou.

Eu cravei o broche na lapela do paletó e abri um largo sorriso, sendo puxada para mais um longo beijo carinhoso.

S/n: Se fizerem comentários idiotas, autorizo você a esfregar um prato de canapés na cara deles, tá bom? - rimos

Oliver: Ah, tem mais uma coisinha... - ele busca outra caixinha e me entrega, um jeitinho animado demais.

Era outro pequeno vibrador, agora acompanhado por um controle... corei na hora.

Oliver: O que acha de experimentarmos algo novo? - sorria malicioso e convincente.

~Sala de Jantar de Peasite~

Quando chegamos ao salão, meus pais e Viktor ainda estavam dando abraços em nossos familiares, então começamos também.

Conforme Oli se apresentava aos meus parentes, eu explicava quem era cada um e sorria repetidamente em resposta aos "Como você cresceu!", "Ah, então este é seu namoradinho?", até as maçãs de meu rosto começarem a doer e podermos finalmente nos sentar à mesa coberta pelas mais variadas comidas.

De um lado da mesa ficavam os adultos, meu pai sentado na ponta, e do outro os mais novos.

Viktor e Oliver sentaram ao meu lado, meu primo, Peter, e seu melhor amigo, Ashton Crane, à minha frente.

A maior parte da família não era realmente pomposa, só quando havia a necessidade de formalidades. Mas esse não era o caso de meu tio Pierre, irmão de meu pai, e sua esposa Penélope, os pais de Peter.

Esses, e também o garoto Crane, preferiam falar de maneira rebuscada e achavam "selvagem" - em suas palavras - os esportes que todo resto da família amava praticar... ainda que Peter e Ashton tentassem, ocasionalmente.

Peter: E então, querido primo, como seguem as aulas em Durmstrang? - perguntou com seu sotaque norte americano a Viktor - Chegou ao conhecimento de meus pais o escândalo envolvendo professores aliados de "Você-Sabe-Quem" - sorriu provocativo, fazendo Krum apertar com força os talheres que segurava.

Os "3 Ps", como eram chamados secretamente pelo resto da família, devido a inicial compartilhada de seus nomes (além do sobrenome), se mudaram para os Estados Unidos ainda quando meu primo era bebê, pois achavam Hogwarts perigoso demais para seu amado filho, e Durmstrang também não se encaixava nos requisitos, preferindo atravessar o Atlântico e matricular Peter em Ilvermorny, onde ele conheceu Ashton.

Viktor: Uhum, as aulas já voltaram ao normal, e os professores foram substituídos - sorriu cheio de falsidade.

S/n: E então, Ashton... - agora era minha vez de provocar - Como está seu braço?

Ashton: Ah, muito bem, minha recuperação foi agradável - colocou mais um pedaço da torta de frango na boca, como se pedisse para eu me calar enquanto Oliver me observava com as sobrancelhas comprimidas, perdido.

S/n: É que o Ashton e meu primo não costumam jogar, seus pais acham nossos esportes muito... agressivos - Krum riu levemente - E da última vez que estiveram aqui tentaram jogar, mas ele acabou saindo com um braço quebrado depois de cair da vassoura.

Peter: Acho meigo da sua parte se preocupar com Ashton, prima. Se passou tanto tempo e você ainda recorda esse fato - continuou a sorrir. Peter sempre tentou "empurrar" Crane para mim, e, pelo visto, nem com Oliver aqui ele não desistiria.

Antes de eu conseguir lhe mandar pastar, senti uma vibração começar no meio de minhas pernas... acho que alguém ficou com ciúmes.

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Notas da autora:
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Maldito Vermelho - Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora