Cap 44 - Lar amargo lar

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~Frente do Castelo de Beauxbatons~

Eu e Oliver nos despedimos de todos, buscamos apressados nossas malas e logo estávamos sentados abraçados na escadaria frontal do lindo castelo de Beauxbatons. Ouvimos alguém pigarrear no topo da escada.

Viktor: Atrapalho? - fiz que não com a cabeça, indo abraçar-lhe - Jogou muito bem ontem, priminha, parabéns! Você também, Oliver.

S/n: Quem dera seu tio pensasse assim também - revirei os olhos, Krum soltou uma leve risada nasal, já estava acostumado.

Logo ouvimos as carruagens marrom-alaranjadas de nossa família chegarem, exibindo o esverdeado brasão Peasegood nas portas que logo se abriram.

~Carruagem~

Melina: Oliver, já enviamos uma carta aos seus pais, ok?! - avisou, me dando um beijo na testa e acenando para os outros dois, seguindo até a carruagem da frente onde meu pai esperava.

Segundos depois estávamos no ar, deixando o castelo brilhante para trás e entrando na densa névoa que cobria o céu da manhã.

*Quebra de tempo

O início da viagem resumiu-se por um silêncio ensurdecedor, que logo deu espaço para as conversas sobre times e jogadas, além das perguntas ansiosas de Oli a respeito de nossos familiares.

Algumas horas depois sentimos o veículo começar a descer, deixando visível o telhado de Peasite, a mata fechada ao lado e seu lindo campo esportivo.

Wood observava a paisagem calado, os olhos inquietos tentando absorver cada pedacinho.

Oliver: Você é mesmo sonserina, não é? - brincou, se referindo à grande quantidade de dinheiro da maioria dos alunos - Não me diga que tem comensais em sua família também - eu e meu primo arregalamos olhos e cerramos os maxilares, fazendo o rosto sorridente do grifinório ficar preocupado - É sério?!

S/n: Talvez um ou dois, mas nós não mantemos mais contato com nenhum deles - sorri nervosa. Oliver deu uma longa suspirada, tentando lidar com a notícia enquanto Krum segurava o riso.

Estávamos finalmente no chão, debaixo de um céu radiantemente diferente do anterior, os funcionários carregavam nossas bagagens e meus pais se espreguiçavam.

Melina: O resto da família vai chegar em algumas horas, arrumem suas coisas e descansem. Você pode levar o Oliver pare conhecer a casa, S/n - confirmei.

Petrus: Na verdade, filha, preciso falar com você no meu escritório - disse sem olhar para trás, entrando pelas altas portas do casarão.

S/n: Encontro vocês depois. Viktor te mostra onde é meu quarto - beijei Wood na bochecha antes de entrar na casa.

~Peasite~

Toda vez que voltava de Hogwarts percebia o quanto sentia falta daquele lugar, dos largos corredores com grandes lustres, os retratos de meus ancestrais nas paredes, as pequenas falhas no papel de parede que só eu sabia que estavam ali.

Depois de ir de um lado para o outro e rever empregados e elfos domésticos, cheguei à sala onde estava meu pai. Bati na porta, logo recebendo permissão para entrar.

Sentei na poltrona de couro preto, frente ao homem de cabelos castanhos que anotava coisas em um caderno.

Eu sabia o que ele estava fazendo. Anotava tudo que acontecia, o horário de saída e chegada de nossa viagem, algo de errado que percebeu em nosso terreno, e ali provavelmente também estavam planejados os próximos 5 dias, no mínimo.

Petrus: Como estão suas notas? - o homem ainda nem tinha dirigido o olhar a mim.

S/n: Boas, como sempre estiveram - finalmente largou a caneta e fechou a agenda, erguendo a cabeça.

Petrus: Soube que é a capitã do seu time - assenti - Meus parabéns, minha filha! - um largo sorriso se abriu em seu rosto - Hoje vamos comemorar durante a janta - a felicidade começava a me contagiar.

O rígido e inflexível Petrus Peasegood se levantou, veio até mim e me abraçou carinhosa e amavelmente, passando a mão por meus cabelos, como costumava fazer antes de me por para dormir quando criança, logo após me contar uma história sobre algum grandioso bruxo de nossa família.

Petrus: Eu tenho muito orgulho de você, sabia? Sei que esqueço de demonstrar, mas é verdade - beijou o topo de minha cabeça, sentia meus olhos começarem a umedecer. Assim que nos soltamos percebi que eu não era a única prestes a chorar.

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Notas da autora:
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Maldito Vermelho - Oliver WoodOnde histórias criam vida. Descubra agora