𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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𝗠𝗜𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗬
— Tá... o Vinnie até que foi fofo. — Amy comenta, e eu não consigo impedir o sorriso bobo que escapa. — Mesmo achando ele um completo idiota, eu shippo vocês dois.
Megan se joga na cama com um suspiro dramático.
— Rt. — murmura. — Só toma cuidado pra ele não quebrar seu coração.
Amy se endireita, apontando pra mim como se estivesse prestes a fazer um juramento solene:
— Se ele quebrar seu coração, eu e a Megan quebramos a cara dele.
Eu gargalho, porque só elas pra me fazer rir assim.
— Tô nem aí se ele é meu irmão. — Megan reforça, dando de ombros.
Olho pras duas — minhas amigas, minhas irmãs de alma — e sinto aquela onda quente de carinho crescendo no peito.
— Eu amo vocês. — digo, puxando-as para um abraço apertado. É leve, mas necessário. Sempre é.
— Vamos descer. A pizza já deve ter chegado. — Amy diz, animada.
Descemos juntas. A casa está iluminada pela luz amarelada da sala, quente, como se pertencêssemos ali. Ao virar o corredor, vemos Blake e Vinnie no sofá, jogando videogame, rindo como se o mundo fosse simples.
Amy revira os olhos na mesma velocidade com que perde a paciência.
Ela segue direto para a porta, mas Blake não resiste:
— Já vai embora, Amy? — ele pergunta. Ela o ignora. — Credo, ao menos responde...
Amy vira para nós, teatral:
— Mia, desde quando você tem cachorro?
Eu e Megan explodimos em risadas. — Ele deve estar com fome — Amy continua — está latindo muito.
Blake solta uma risada debochada.
— Hahaha. Deveria trabalhar em circo.
Amy ergue uma sobrancelha, pronta para matar:
— E você deveria calar a boca antes que eu vá aí e arranque isso que você chama de—
— Ok, ok! — interrompo, segurando-a pelo braço. — Já ouvimos demais por hoje.
— Ah, Mia... justo quando tava ficando bom. — Vinnie comenta. E eu sinto meu rosto esquentar. Sempre ele.
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A cozinha está silenciosa quando volto. Sigo até o armário dos fundos e me estico para pegar a caixa no alto. Ela pesa mais do que eu esperava. Muito mais.
— Quer ajuda? — a voz de Vinnie surge atrás de mim, calma, próxima demais.
Meu coração erra um compasso.
— Eu até negaria... mas tá muito pesado. — admito, deixando a caixa cair no chão com um baque suave.
Ele se aproxima. Abaixado, pega a caixa como se fosse leve, natural. Claro que seria. Ele foi feito para carregar pesos — os físicos, pelo menos.
Seus braços flexionam por baixo da camiseta, e eu olho rápido demais para não ser pega encarando.
Ele coloca a caixa sobre a mesa de mármore.
— Isso é pra festa de amanhã? — pergunta, curioso.
Assinto enquanto abro a tampa.
— Pensei que você não fosse. — ele diz.
— Eu também, mas a Megan me convenceu. — respondo com um sorriso tímido.
Meu sorriso sempre é tímido perto dele.
O celular dele toca. Vinnie atende na hora.
— Claro, Laura. Já tô indo te ajudar. — ele diz.
O nome cai no meu estômago como pedra.
Laura. O mais genérico dos nomes. E ainda assim... dói.
— Já vou indo. Te encontro amanhã na festa. — ele diz antes de sair apressado. — Tchau!
— Tchau... — murmuro, sabendo que ele já não me escuta mais. O som dos passos dele ecoa pela casa. Ele estava literalmente correndo.
Devo fingir que não penso no motivo.
Aposto que vai passar a noite com essa tal de Laura. E tudo bem. Ele é livre, é bonito, é querido... Ele é quem todo mundo quer.
Mas eu me pergunto — Será que eu algum dia vou deixar de amar meu crush de infância?
Lembro como se tivesse acontecido ontem: eu chorando no pátio da escola, o sorvete derretendo no asfalto porque Blake o derrubou de propósito. E então o Vinnie, com aquela expressão doce que só ele sabe fazer, estendendo o próprio sorvete para mim.
Foi ali. Ali meu coração decidiu que ele seria importante.
E desde então... Cada sorriso, cada palavra, cada olhar dele parecia grande demais pra caber dentro de mim.
Eu fugia, eu corava, eu imaginava. Imaginava tudo: nosso primeiro beijo, nosso casamento, nossa casa com janelas enormes e crianças correndo pelo quintal.
Mas a vida não é uma fanfic.
É crua. É incerta. É linda e dolorida na mesma medida.
E ainda assim — quando penso nele, eu acredito, por um segundo que seja, que talvez... talvez a gente pudesse ser real.
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