𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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O vento daquela noite parecia carregar restos de todas as palavras não ditas. Ele atravessava o pátio da escola, deslizava pelas paredes frias e chegava até nós dois, sentados ali como dois sobreviventes de uma guerra que nós mesmos criamos.
Vinnie estava ao meu lado — exausto, pálido, com o olhar de alguém que já chorou tudo que podia, mesmo que nenhuma lágrima estivesse visível. O silêncio entre nós não era vazio; era denso, quase palpável, como se pudesse ser segurado com as mãos.
Respirei fundo, tentando impedir minha voz de falhar.
— Eu te amo, Vinnie. — Senti as palavras saírem como se viessem de algum lugar fundo demais dentro de mim. — E sempre vou te amar.
Ele levantou lentamente o rosto, como se estivesse esperando ser atingido. Talvez estivesse.
— Você foi o meu primeiro amor... — continuei, cada sílaba se desfazendo no ar — e sempre será. Você me mostrou o que era sentir. Eu te dei o meu mundo inteiro... e te devolvi com dor. Se não é pra ficarmos juntos, se é isso que você acredita... eu aceito.
As pálpebras dele tremularam, e pela primeira vez vi algo quebrar ali — como vidro rachando, silenciosamente.
— Mia... — começou ele, mas sua voz se enroscou na garganta.
E então, com uma firmeza inesperada, ele segurou meu rosto entre suas mãos.
— Eu quero ficar com você. — O suspiro que ele deu parecia carregar semanas de sofrimento. — Mas eu preciso que você confie em mim. Sem isso... nós não temos nada.
A pergunta que ardia em mim há meses finalmente encontrou saída.
— Então por que você me escolheu, Vinnie? — minha voz não era acusação; era ferida exposta. — Por quê... eu?
Ele respirou fundo, como se precisasse reorganizar o coração antes de falar.
— Mia... — Ele balançou a cabeça, incrédulo. — Você foi a primeira pessoa que realmente me enxergou. Não o garoto popular, não o nome, não o rosto... mas eu. Eu, com meus erros, minhas falhas, meus medos. Ele engoliu em seco. — Você é o motivo dos meus dias mais leves. É quem ajeitou partes de mim que eu achava que estavam quebradas demais pra serem tocadas. Ele fechou os olhos um instante, como se estivesse confessando um segredo maior do que qualquer pecado. — Você curou feridas que não foram você quem fez. É você, Mia. Sempre foi você.
Algo dentro de mim — algo que eu mantinha morto, enterrado — voltou a respirar.
Eu o puxei. Ou talvez tenha sido ele.
Não importa. A única coisa que fez sentido foi a colisão de nossos lábios.
O beijo não era só reencontro. Era redenção. Era o som mudo de duas almas dizendo "perdão" sem palavras. Era saudade acumulada encontrando, finalmente, um caminho pra sair.
Nosso beijo tinha gosto de tudo que vivemos — e de tudo que ainda poderíamos viver.
Quando nos afastamos, por um único e frágil instante, ele abaixou o olhar... apenas para levantar de novo e me encarar como se estivesse amando e implorando ao mesmo tempo.
— Mia... eu nunca soube o que era amar até perceber o que sentia por você. — Sua voz, rouca, queimava. — Eu te amo. Eu te escolho. Sempre vou te escolher. Ele tocou meu rosto com a ponta dos dedos, trêmulos, vulneráveis. — Mas... e você? Você ainda me escolhe?
Respirei fundo. O mundo podia explodir ali, e eu não teria notado.
— Eu sempre vou te escolher, Vinnie. — meus olhos se inundaram, mas não desviei. — Porque sempre foi você. Desde antes de eu entender o que era amor. Desde quando eu era pequena e imaginava como seria amar alguém de verdade... já era você, mesmo sem eu saber.
Ele não esperou mais. Me puxou de volta para um beijo que não parecia começo nem fim, mas promessa. Promessa de recomeço. Promessa de reconstrução.
Promessa de amar melhor — e juntos.
E naquele instante — naquela junção de erros, desculpas e verdades — eu entendi o que tínhamos.
Não era um amor adolescente. Não era paixão passageira. Não era impulso.
Era amor de verdade. O tipo que sobrevive ao fim. O tipo que escolhe ficar. O tipo que volta, mesmo machucado, pra dizer: "Eu ainda te quero."
Vinnie Hacker era o meu amor. O primeiro. O certo. O inevitável.
E, por mais que o mundo se dissolvesse ao nosso redor, uma coisa era absoluta:
Ele seria o meu último também.
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