𝗺𝗶 𝗮𝗺𝗼𝗿, 𝖵𝖨𝖭𝖭𝖨𝖤 𝖧𝖠𝖢𝖪𝖤𝖱

𝖥𝗂𝖿𝗍𝗒

Termino de amarrar meu tênis e fecho meu armário, o vestiário estava silencioso... até que Samantha entra. Seus olhos vermelhos e inchados denunciavam uma noite de lágrimas.

— Você não me ouviu? — sua voz tremia de raiva, cada palavra perfurando o ar.

— Ouvi o quê, Samantha? — pergunto, controlando a respiração.

— Era para você ficar longe do Vinnie! E esse anel... era para ser meu! — ela segura minha mão com força, os dedos apertando a aliança como se isso pudesse reescrever a realidade.

— Samantha, me larga. Agora. Ou eu não respondo por mim. — aviso, e ela finalmente solta minha mão.

— Você não é suficiente para ele! Logo, logo ele vai te largar. Aproveite enquanto dá. — cruza os braços, firme.

Sinto minha paciência chegar ao limite.

— Samantha, coloca na sua cabeça que você nunca foi nada para ele! — falo, exausta, cada palavra carregada de sinceridade. — Homens como Vinnie não querem rivalidades, só querem ilusões e superficialidade. Você é linda, tem muito a oferecer... não humilha nem machuca os outros por causa de um menino. Isso não vai te levar a lugar nenhum.

Ela me dá um tapa no rosto. O impacto é rápido, mas meu coração dispara. Antes que eu possa reagir, a voz firme de Vinnie corta o ar:

— Samantha, sai daqui agora! — sua presença é imponente, impossível de ignorar. Ela hesita, mas sai, batendo a porta com força. Respiro fundo, tentando voltar à calma.

[...]

— Tá doendo? — ele pergunta, preocupado.

— Não. — nego, mas ele insiste e passa delicadamente pomada no meu rosto, terminando com um selinho suave.

— Agora é só aplicar no mesmo horário que eu passei. — entrega-me o tubo, o toque de seus dedos ainda quente.

— Por que não faz medicina? — pergunto, curiosa.

— Não está nos meus planos. — ele nega, sentando-se ao meu lado.

— Quais são seus planos, Vinnie Hacker? — me aconchego em seu peito, sentindo seu cafuné em meus cabelos.

— Me formar na faculdade que escolher, casar, ter filhos... construir algo real, concreto. — Ouvir isso faz meu coração saltar, e sem pensar, me lanço sobre ele.

— Eu te amo. — deixo um beijo terno em seus lábios.

— Eu também te amo. — ele responde, invertendo nossas posições, como se o mundo inteiro pudesse esperar.

Com cuidado, ele me ajuda a despir minhas roupas, deixando-me apenas de calcinha. Eu não usava sutiã — queria sentir-me livre, confortável. Ele retira suas próprias roupas e me observa com olhos intensos, cada detalhe de nós registrado em sua memória.

Vinnie beija meu pescoço, e meu corpo reage com arrepio, cada toque despertando desejo e confiança ao mesmo tempo. Ele me deita na cama, seus beijos traçando uma linha da minha barriga até meus lábios. Cada movimento seu é um sussurro de cuidado e paixão, uma dança íntima que só nós conhecemos.

— Tem certeza que quer isso? — pergunta, procurando nos meus olhos minha resposta.

— Tenho certeza. — minha voz é firme, mas o coração dispara.

O tempo parece parar. Cada toque, cada beijo, cada respiração compartilhada é um diálogo silencioso entre nós. Nossos corpos se entendem sem precisar de palavras. Ele está atento, presente, guiando cada instante com cuidado e desejo.

A intensidade cresce, mas nunca perde a ternura. Sinto prazer e segurança ao mesmo tempo, um equilíbrio delicado que nos une de maneira única. Ele percebe cada respiração minha, cada gemido contido, cada tremor do meu corpo. E eu sinto o mesmo por ele.

Sem qualquer hesitação, Vinnie me tomou por completo. A entrada foi profunda e avassaladora, fazendo com que um grito gutural escapasse dos meus lábios, um som que ele imediatamente abafou com a boca na minha. Eu mordi meu lábio inferior com força, sentindo a pressão dele me dominar enquanto ele acelerava o ritmo com uma ferocidade que me levava à beira do precipício. Um gemido longo e rouco escapou, e eu cravei minhas unhas na curva de seu pescoço, puxando-o para mais perto, exigindo mais.

Ele se movia com uma sincronia primitiva, cada impulso mais ardente e completo que o anterior. Eu sentia meu corpo se arqueando involuntariamente, os músculos tensos, enquanto a onda do prazer se acumulava, crescendo em intensidade a cada estocada profunda.

"Olha pra mim, Mia! Olha pra mim!"
ele sibilou, e quando meus olhos se abriram, vi a mesma entrega selvagem nos dele. O limite chegou como um trovão: senti meu corpo convulsionar, meu segundo orgasmo me atingindo com uma força que me fez ofegar o nome dele, enquanto ele próprio atingia seu ápice logo em seguida, gritando meu nome enquanto se derramava em mim.

No instante seguinte, o peso dele se tornou um conforto. Vinnie se jogou ao meu lado, o corpo pesado e quente, ambos ofegantes, a pele brilhando de suor. Ele ainda estava dentro de mim, e a lentidão com que ele se retirou era quase dolorosa. Ele se virou, me abraçando apertado, a respiração voltando ao normal lentamente, o coração dele batendo forte contra o meu peito. O silêncio que se seguiu era preenchido apenas pela nossa respiração irregular e pela satisfação profunda que latejava em cada fibra do meu ser.

O suor, a respiração pesada, os corações acelerados... tudo isso nos conecta de uma forma profunda.

— Desculpa. — murmura, a voz rouca.

— Pelo quê? — pergunto, confusa.

— Por você ter que passar por isso. — diz, e me dá um beijo suave, mas carregado de emoção.

— Não é sua culpa. — acaricio seus cabelos, e ele fecha os olhos, cansado, sereno, seguro.

Eu me aconchego nele, sentindo sua presença preencher cada espaço. O mundo inteiro desaparece quando estamos assim. Cada toque, cada suspiro, cada beijo nos aproxima, criando algo que vai além do físico — é puro, intenso, emocional, verdadeiro.

Estamos ali, juntos, como se o tempo não existisse. E, naquele momento, eu sei: nada mais importa além de nós dois.

REVISADO.