𝗺𝗶 𝗮𝗺𝗼𝗿, 𝖵𝖨𝖭𝖭𝖨𝖤 𝖧𝖠𝖢𝖪𝖤𝖱

𝖳𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒 - 𝗌𝗂𝗑

Ficar de detenção é um saco. Sério. Nunca tinha passado por isso na vida; esta é a minha primeira vez e, confesso, já estou arrependida. Queria gritar de raiva, mas não podia.

A porta se abre, e Vincent Cole Hacker entra como se estivesse desfilando em um palco, acompanhado da secretária. Ele parece um príncipe da detenção.

— Professor Micael, mais um. — a secretária anuncia, e Vinnie caminha direto para a cadeira ao meu lado, sem se importar com nada.

— Oi. — cumprimenta casualmente. Eu apenas sorrio, sem saber muito bem o que dizer.

— O que você fez, Vinnie? — pergunto, preocupada.

— Nada demais. Só briguei com alguns garotos do time. — responde, indiferente, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Viro-me para frente e começo a escrever o texto que o professor mandou. Na quarta linha, minha mão já começa a doer, mas continuo. Até sentir uma respiração quente no meu ombro.

Sinto o cheiro dele mesmo de longe. Meu coração dispara, minhas mãos suam. Me viro lentamente e encontro seu rosto a poucos centímetros do meu.

Não sei quanto tempo aquilo durou, mas para mim foram anos. Tive tempo de observar cada linha do seu rosto, cada detalhe que parecia feito sob medida para me enlouquecer.

— Ei! — o professor grita. — Vocês dois aí! — aponta para mim e para Vinnie.

Baixo a cabeça, ruborizada, e volto a copiar, tentando ignorar o mundo ao meu redor.

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— Férias de verão? Aqui vou eu! — exclamo, animada.

— Nem se empolga tanto. Mais férias, mais festa. — Amy avisa, e meu entusiasmo esfria na hora.

— Mas meu aniversário é este mês! — Megan diz, radiante.

Bato palmas, eufórica. Caminhamos para minha casa; hoje as meninas iam almoçar lá.

— Mia, sabe se o Blake está ficando com alguém? — Megan pergunta, curiosa.

— Não. — respondo, balançando a cabeça.

— Por quê? Tá interessada? — pergunto, rindo.

— Talvez... — ela responde, piscando para mim.

— Vamos, meninas. — Amy chama, puxando a gente de volta à realidade.

Tento acompanhar o ritmo delas, mas elas parecem um flash. Cada passo meu exige um esforço extra, e várias vezes paro para recuperar o fôlego.

— Meninas, calma! — falo, colocando a mão no peito.

— Vamos, Mia! — Megan me puxa pelo braço, e eu acelero, tentando não ficar para trás.

Quando percebo, já estamos entrando em minha casa, e o cheiro delicioso de comida me envolve imediatamente.

— Suzan! — chamo, entrando na cozinha.

— Mia, a comida já está na mesa. — Suzan responde, e eu apenas assinto, absorvendo o aroma da comida.

— Suzan, como você está? — Megan pergunta, acomodando-se em uma das cadeiras do balcão.

— Estou bem, Megan. E você? — responde, mexendo em algo no armário.

— Indo... — ela suspira, desviando o olhar.

— Amy, vem cá. — Suzan a chama, e Amy se aproxima com um sorriso. — Como está a sua avó?

— Ela está bem, mas ainda não quer tomar os remédios certos. — Amy responde, e Suzan suspira, apreensiva.

O cheiro da comida, as risadas das meninas e a sensação de estar em casa me deixam um pouco mais leve. Por alguns instantes, esqueço a detenção, os problemas e até mesmo Vinnie, embora ele ainda ronde meus pensamentos de forma insistente.

Não revisado.

Para agradecer aos 10 mil, vizualizações.
Se cuidem❤️