𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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O diretor volta ao palco com passos calmos demais para um momento que estava prestes a destruir o meu mundo. Ele segura o microfone como se carregasse algo leve, inocente — e eu queria gritar que aquilo não era leve, aquilo podia arruinar alguém.
— Já estamos com o resultado em mãos! — anuncia, sorrindo como se distribuísse flores. — Parabéns a todos vocês que tentaram ser Rei e Rainha do baile. Se não for hoje, será no próximo.
Ele abre o envelope.
E naquele exato segundo, o ar ao meu redor parece parar.
— Os escolhidos deste ano são: Vinnie Hacker e Samantha Lilian.
Meu coração não apenas para. Ele rasga.
É como se alguém tivesse arrancado algo de dentro de mim com as mãos. Minha garganta fecha, minhas pernas enfraquecem. As lágrimas, que eu lutei tanto para impedir, explodem sem pedir licença. Viro o rosto para que ninguém veja o desespero transbordando do meu peito.
Eu não deveria ter vindo. Eu sempre soube.
— Mia, vamos pra casa. — diz Amy, me agarrando pelo braço, como se estivesse tentando salvar alguém que afunda no fundo de um rio escuro.
Começamos a caminhar, mas o destino parece zombar de mim. Olho por um segundo para trás — e lá está ele. Vinnie. De cima do palco. Me encarando com um olhar ferido, vazio, quebrado. A Samantha, ao lado dele, irradiava um brilho que não era dela — era roubado, construído às custas da minha queda.
Viro de novo, querendo sumir, mas um som corta o salão — um som que cala todo mundo. Amy e Blake param. Eu paro.
E então vejo.
No telão, um vídeo. Samantha. Filmada de perto. Uma amiga segurando o celular, rindo.
Ela está no quarto dele. No quarto do Vinnie.
Sinto o chão sumir.
— Samantha, conta pra gente como foi subir pela janela para estragar um casal feliz? — diz a voz da amiga.
— Foi perfeito! — ela ri, aquela risada ácida, venenosa. — Mal posso esperar pra ver a cara da Mia. Do jeito que ela é burra, vai cair nessa mentira fácil.
Meu coração... ele não bate. Ele implora.
— Tirem isso! — o diretor grita, entrando na frente da tela.
O vídeo some. Samantha tenta falar com Vinnie, mas ele está sendo segurado. Ele me procura com os olhos — olhos desesperados, suplicantes — e eu desvio, porque não tenho coragem de encarar o estrago que eu mesma causei.
Então era mentira.
Tudo. Cada parte daquela dor que eu alimentei. Cada noite sem dormir. Cada lágrima sufocada no travesseiro.
Tudo era fruto da minha insegurança.
Deixo o salão como quem foge de um incêndio. Não consigo respirar. O vestido aperta como se quisesse me punir, minha garganta arde, meu peito dói, dói tanto que acho que vai partir ao meio. Tento puxar o ar, mas o ar não vem. Só vem o desespero.
De repente, braços — Amy, Megan — me segurando, me cercando, me ancorando na terra. Nem percebi que estava sentada no gramado. Não percebo nada. Apenas choro.
Choro como se estivesse colocando pra fora todos os pedaços de mim que eu destruí com minhas próprias mãos.
A errada fui eu. Sempre fui eu.
Ele não me traiu. Eu traí a confiança dele.
Minutos, horas — não sei. O tempo perde forma. Mas então ele se senta ao meu lado. Não fala nada. Mas eu sinto a presença dele. Sinto o peso do que éramos e do que fomos.
Respiro fundo porque não falar seria covardia.
— Eu errei — digo, e minha voz sai quebrada. Ele solta uma risada sem vida, como quem já não espera nada.
— Eu estava com medo — continuo. — Acreditei numa mentira porque era mais fácil do que acreditar que você me amava de verdade. Eu me senti pequena, insuficiente... você era o garoto que todas queriam. E eu? Eu era só eu. Nada comparada à Samantha.
— Mia... — ele tenta me parar.
— Não. — digo firme, mesmo tremendo. — Eu preciso falar. — Uma lágrima cai e eu deixo. — Essas semanas foram um inferno. Eu achei que ficar longe de você seria libertador, mas foi uma prisão. Foi solidão pura. Eu errei, admito. Só que ficar longe de você dói mais do que o erro que eu cometi.
Desabo no choro. Não consigo mais segurar.
Ele me abraça.
E eu juro que poderia morrer ali, nos braços dele, porque aquilo — aquilo era lar. Era tudo que doeu perder.
— Me desculpa... eu nunca quis te machucar. — a voz dele sai trêmula.
— Não. — olho pra ele, com o rosto molhado. — A culpa é minha.
Ele respira, e quando fala, sinto o destino mudar.
— Mia... eu te amo. Muito. Mas eu não posso ficar com alguém que não confia em mim. Se não existe confiança... — ele se afasta do meu abraço — ...então é melhor acabar.
As palavras dele atravessam meu peito. Cortam. Destroem.
Não há grito, porque minha dor é silenciosa. É interna. É o tipo de dor que te faz repensar quem você é.
E o pior? Ele está certo.
Não existe "nós" quando um amor precisa se justificar para sobreviver.
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oioi, falei que esse ia ser o último capítulo né, ainda tem mais outro kakakkaka