𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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M5/3
— Mia, me conte... como está indo a escola? — pergunta minha avó, levando a taça de vinho aos lábios com aquele gesto calmo que sempre me fez sentir segura.
— O de sempre. — respondo, tentando parecer despreocupada. — Adolescentes que vivem como se nada importasse, como se a vida não fosse seguir com ou sem eles.
Ela suspira com uma preocupação tão sincera que chega a me doer.
— Espero que seu irmão não esteja assim, querida.
Forço um sorriso. Meu "ele não está, vovó" sai silencioso, só existe dentro da minha cabeça. Misturo o sal na massa, observando o vapor subir, como se a cozinha fosse um pequeno universo só nosso.
— Mexa mais um pouquinho e já fica pronto. — ela diz, e seu sorriso é caloroso o suficiente para aquecer uma casa inteira.
Eu amava estar ali. Tão simples. Tão raro. Como se o tempo tivesse decidido andar mais devagar só para me dar alguns minutos extras com ela.
— E o Vinnie? — vovó pergunta com um brilho travesso nos olhos que me faz tossir de surpresa.
— Ah... você sabe como ele é. — murmuro, cansada de tentar explicar o inexplicável.
— Mia, escute sua avó: vocês dois ainda vão dar certo. — ela afirma como quem já viu o futuro. — Meu olho nunca falha para casais. Quando eu olho e sinto que vão dar certo... eles dão.
Rio, incapaz de segurar.
— Vovó, a senhora devia baixar o Wattpad. É mais fanfiqueira do que eu.
Ela ri junto, e aquele som sempre me lembra casa, paz... infância.
Passos ecoam no corredor.
— Precisam de ajuda? — Blake aparece na porta, e assentimos.
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— Passa a salada, por favor. — peço ao meu tio.
Ele passa, mas minha fome ficou na cozinha.
— Então... novidades sobre namorados? — minha tia pergunta, como se falasse sobre o tempo.
Eu suspiro, e antes que eu responda, Nancy ri. Aquela risada fina, que corta.
— Desculpa. — ela diz, sem estar nem um pouco arrependida. — A Mia? Namorar? Pelo amor de Deus...
— Qual é o problema, Nancy? — Dandara pergunta, séria.
— Nenhum. Só acho que ninguém ia querer a Mia. — diz, com a segurança de quem sabe exatamente onde acertar para doer.
Sinto a ardência nos olhos, o nó na garganta. Engulo seco.
— Nancy, se até você consegue alguns caras, imagina a Mia. — Dandara rebate, com um sorriso afiado.
— Meninas, chega! — vovó pede, cansada.
— Vocês sabem quem começou. — Blake diz, levantando da mesa sem disfarçar o desprezo.
Ele nunca suportou Nancy — não depois do dia em que ela tentou separar ele e Amélia.
Eu me levanto devagar, como quem tenta fugir sem chamar atenção, como quem tenta guardar os estilhaços antes que alguém perceba que estou quebrada.
— Não vai comer? — papai pergunta.
— Perdi o apetite. — respondo, sem olhar para trás.
Saio da sala como se o ar ali fosse pesado demais. O corredor parece longo. Muito longo.
No jardim, o mundo é finalmente silencioso. Sento no banco em frente ao chafariz. A água cai, tranquila, como se estivesse contando uma história que só ela entende.
E então deixo acontecer. A primeira lágrima escapa. Depois a segunda. E logo não dá mais para segurar.
As gotas escorrem pelo meu rosto, se misturam ao som da água, e por um instante sinto que estou desmanchando ali mesmo, naquele banco frio.
Era exatamente isso que a Nancy adorava ver — e talvez fosse isso que mais doía.
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Não revisado.
Gente, tô amando ver vcs gostando da fic, deixa o me coração quentinho.❤️