𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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3 semanas depois... Amy puxa o lençol como quem tenta arrancar a própria dor.
— Mia, você tem que sair dessa cama! — ela insiste, com os olhos firmes, tentando me arrancar do abismo onde me afoguei. — Vamos reagir... a vida não espera.
— Fala isso porque nunca foi traída. — murmuro, minha voz carregada de cacos. Me viro de lado, abraçada ao travesseiro como quem abraça os restos de um coração partido.
— Vamos para a escola, lindinha. Três semanas sem ir. — Agora ela não suplica. Ela me arrasta.
— E o atestado de virose? — pergunto, só para ganhar tempo, como se a mentira pudesse me proteger.
— Acabou faz dias. Tive que inventar outra desculpa pros professores. — diz, empurrando-me para o banheiro. — Mesinha me esperando.
Tranco a porta. O espelho me devolve uma imagem que quase não reconheço. Olhos inchados, pele pálida, alma despedaçada. Um caminhão teria passado por cima de mim, e não sei se foi ele... ou eu mesma.
Tiro a roupa devagar, sentindo cada pedaço de tecido pesar sobre meus ombros. A água do chuveiro cai como chuva de inverno, gelada e quente ao mesmo tempo, lavando meu corpo, mas não minhas memórias.
As lágrimas escorrem junto com a água, ardendo nos olhos, queimando na garganta. Tudo volta. O sutiã. O quarto. A risada dele. A traição. A sensação de ter dado meu coração e de tê-lo recebido despedaçado.
Confiei nele. Me entreguei a ele. E não foi suficiente.
Saio do chuveiro, exausta, os músculos cansados, o coração mais ainda. Escolho qualquer roupa, penteio o cabelo sem ver meu reflexo, escovo os dentes mecanicamente, como se cada ato fosse apenas uma rotina de sobrevivência.
Quando desço as escadas, vejo Amy e Blake próximos demais. Uma cena óbvia demais para ser ignorada. Eu sabia que algo estava acontecendo, mas nada me preparou para a sensação de estar traída pelo silêncio da verdade.
— Não vamos comer? — pergunto, com a voz seca. Os dois se assustam, a culpa estampada em seus olhos.
— Mia... eu posso explicar. — Amy tenta, hesitante.
— Não precisa. — digo, mordendo a maçã. — Vamos. Quanto mais rápido eu for, mais rápido termina.
Eles se entreolham e me seguem, mas eu sinto o vazio crescendo atrás de mim, como sombra que não se desgruda.
[...]
No corredor da escola, fecho meu armário e levanto o olhar. E lá está ele.
Vinnie.
Seus olhos encontram os meus, e pela primeira vez não vejo luz. Ele está mais magro. Olheiras profundas riscadas no rosto. O sorriso ausente. Um homem quebrado, talvez tanto quanto eu me sinto.
Eu desvio primeiro. Ele entra em uma sala, e eu corro para o banheiro feminino. Entro na cabine mais isolada, me encolho, deixo que o mundo caia sobre meus ombros.
— Que porra é essa no seu celular? — uma voz distante, alheia, atravessa meu desespero.
— Eu gravei a Samantha, por isso ela tá quietinha comigo. — outra responde, rindo como se fosse apenas uma brincadeira.
Limpo o rosto. Me olho no espelho. Cada gota de água escorrida, cada lágrima, cada traço de dor... tudo ainda está aqui. Mas respiro fundo. Só mais duas aulas, Mia. Você aguenta. Repito, como um mantra, tentando convencer a mim mesma que o mundo ainda não acabou.
O tempo passa lento, cruel, marcando cada segundo com lembranças dele. Penso em Vinnie. Penso no que fomos. Penso no que se quebrou entre nós.
E a única verdade que me acompanha é tão fria quanto o vidro do banheiro:
"Eu o amava... mas meu amor nunca foi suficiente para fazê-lo me amar de volta."
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perguntei se postava outro cap as 2 da manhã, mas no final eu nem postei kakaka