𝖥𝗈𝗋𝗍𝗒 - 𝗍𝗁𝖾𝖾𝗋

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Me espreguiço na cadeira da sala, o sono teimoso ainda agarrado a mim

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Me espreguiço na cadeira da sala, o sono teimoso ainda agarrado a mim. Ontem dormi tarde — os meninos resolveram transformar a casa em uma boate improvisada, som no talo por horas. Hoje teria ensaio com as meninas, e aqui estou, tentando acordar para a vida real. Onde eu vim parar?

— Mia, olha. — Amy me chama, apontando para a porta.

E lá estava ele. Vinnie. Seus olhos encontrando os meus, um convite silencioso no gesto de sua mão. Meu coração dispara.

— Professor, posso ir ao banheiro? — arrisco, e ele apenas concorda, como se nada mais importasse.

Guardo minhas coisas na mochila, coloco-a nas costas e sigo pelo corredor, tentando manter a calma.

— Oii. — digo, e ele responde com um beijo rápido, mas intenso, daqueles que te fazem esquecer até da respiração.

— Desculpa... estava com saudades do seu beijo. E de você. — sussurra, me envolvendo num abraço que me derrete por dentro.

Meu Deus... estou vivendo ou sonhando?

— Vem. Tem um lugar que quero te mostrar. — ele segura minha mão e me guia com segurança, e eu me deixo levar.

Subimos as escadas da escola, e quando chegamos ao último lance, ele abre uma porta. A cidade inteira se estende diante de nós, iluminada, como se fosse só para aquele momento.

— Aqui de cima dá pra ver tudo. — digo, fascinada, e ele apenas assente, o olhar preso em mim.

— Sempre venho aqui quando estou de cabeça quente. — confessa, e eu o observo.

— Então hoje você está de cabeça quente? — provo, mordendo o lábio.

— Não... hoje não. — responde, puxando-me para um abraço de lado, quente e protetor.

{...}

— Vinnie, não! — nego, rindo, quando ele tenta me sujar com o chantilly do milk-shake.

— Vai, só a pontinha do nariz. — implora, e eu nego de novo, com o coração acelerado.

— Então... você se desculpou com o Reggie? — pergunto, lembrando da briga feia da semana passada.

— Ainda não... mas vou. — fala, tomando mais um gole do milk-shake, a voz suave e firme ao mesmo tempo.

— Promete?

— Prometo. — e seus olhos encontram os meus, sinceros. Não consigo evitar: deixo um beijo rápido em sua bochecha, o calor se espalhando pelo corpo.

— Me diz, Hacker... quando você olha pra mim, o que sente? — pergunto, como se quisesse arrancar cada pedaço da verdade dele.

— Vejo luz na minha escuridão... e algo que ninguém jamais me fez sentir. — e minhas bochechas queimam, o coração batendo como se fosse saltar. — Você tá vermelha. — ri, e eu dou um tapa em seu braço, sem conseguir conter o sorriso.

— Bobo!

Levantamos, saindo da mesa, mas deixamos nossas mãos se tocarem, se entrelaçarem, como se não quisessem se soltar nunca.

— Até te convidaria pra entrar... mas acho que Blake e os meninos estão aí. — digo, soltando sua mão relutantemente.

— Sem problema. — murmura, depositando um beijo suave na minha cabeça, e o mundo parece parar por um instante.

Entro em casa e encontro Blake, sorrindo distraído para o nada.

— Que foi, menino? — pergunto, me aproximando.

— O amor... ele é lindo. — responde, com aquele sorriso bobo, ainda preso no ar.

— Você fumou? — arrisco, curiosa.

— Fumei, amor. — diz, e eu não consigo evitar: rio, leve, completamente perdida entre o riso e o calor que ainda sinto de Vinnie.

 — diz, e eu não consigo evitar: rio, leve, completamente perdida entre o riso e o calor que ainda sinto de Vinnie

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Não revisado.

Se cuidem❤️‍🩹

𝗺𝗶 𝗮𝗺𝗼𝗿, 𝖵𝖨𝖭𝖭𝖨𝖤 𝖧𝖠𝖢𝖪𝖤𝖱Onde histórias criam vida. Descubra agora