𝖳𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒 - 𝖿𝗈𝗎𝗋

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M5/4— Voltem logo

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M5/4
— Voltem logo. Já estou com saudades. — diz vovó, e eu apenas balanço a cabeça, tentando sorrir.

Entro no carro às pressas. Não queria correr o risco de cruzar com a Nancy de novo — não naquele estado. O pior é que os pais dela nunca fazem nada. Nancy parece amar magoar as pessoas. Às vezes acho que é por nunca ter tido a atenção do pai... ou talvez por minha tia tê-la mimado além da conta.

Meu tio sempre deu o melhor que podia para a Nancy, mesmo ela não sendo filha dele. Já o pai biológico... aparecia uma vez por ano, quando aparecia.

Lembro que, no aniversário de sete anos dela, ele mandou apenas um cartão desejando feliz aniversário. Ela fingiu estar radiante, mas à noite ouvi o choro abafado atrás da porta. Confesso: por um segundo, senti pena. Por um segundo, quase bati na porta para abraçá-la.

— Vamos logo. — Blake reclama para o nosso pai.

— Calma, Blake. Estou me despedindo dos seus tios. — papai responde com a paciência de sempre.

Encosto no banco e fecho os olhos, tentando esquecer o peso da tarde.

— Aquela menina é um demônio. — Blake solta, e meus olhos abrem sozinhos. — Só sabe infernizar a vida dos outros. Eu juro que estava quase dando um soco nela.

— Às vezes eu fico pensando no porquê de ela ser assim. — digo, cruzando os braços.

— Falta de atenção do pai. — Blake rebate sem hesitar. — Junta isso com o fato de a irmã mais nova ter um pai presente em tudo... dá nisso. — Ele a observa pelo vidro do carro.

— Espero que ela mude um dia. — murmuro.

— Oi. — digo, sem muita certeza, quando Amy aparece na porta.

— Vem logo me dar um abraço. — ela abre os braços, e eu hesito por dois segundos antes de sorrir.

— Você não está brava comigo? — pergunto, surpresa.

— Ai, Mia... não tenho motivo pra isso. — ela dá de ombros. — Você já pediu desculpas. Acabou.

— Não era pra eu ter te chamado de chata... saiu no calor do momento. — digo, sorrindo sem mostrar os dentes.

— E eu não devia ter te chamado de mimada. — ela ri, e eu rio junto. — Agora só falta a Megan.

— Estou com medo. — confesso enquanto saímos do meu jardim.

— Nem me fala. — Amy concorda.

Quase corremos até a casa da Megan. Quando chegamos, decidimos no ímpar ou par quem tocaria a campainha.

Amy perdeu.

— Boa sorte. — digo, segurando a risada.

— Vai se ferrar. — ela responde, mas toca a campainha mesmo assim.

Reggie abre a porta. Eu quase agradeço em voz alta a Deus.

— Oi, meninas. — ele cumprimenta sem muita animação. — A Megan está lá em cima. — avisa, abrindo espaço para entrarmos.

Dou dois passos para dentro e meu coração aperta de um jeito que chega a doer.

Samantha e Vinnie estão sentados juntos no sofá, dividindo um cobertor, assistindo a um filme.

Respira.

Meu estômago afunda.

Meu estômago afunda

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Não revisado.

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𝗺𝗶 𝗮𝗺𝗼𝗿, 𝖵𝖨𝖭𝖭𝖨𝖤 𝖧𝖠𝖢𝖪𝖤𝖱Onde histórias criam vida. Descubra agora