𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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𝗩𝗜𝗡𝗡𝗜𝗘 𝗛𝗔𝗖𝗞𝗘𝗥
A luz da manhã me golpeia antes mesmo de eu ter coragem de abrir os olhos. A cabeça lateja, pesada, como se alguém tivesse batido um sino dentro dela. Tento juntar as memórias da noite anterior, mas só encontro flashes embaralhados: risadas na casa do Bryce, a fumaça densa subindo no ar, o Nicki dizendo "confia, essa é boa", e o mundo rodando mais rápido do que deveria.
E então — mãos pequenas me segurando pelos ombros. A voz suave da Mia dizendo "calma, eu te ajudo". Depois, escuridão.
Ótimo. Agora, além da ressaca, preciso inventar uma mentira convincente.
Viro o rosto para o despertador. Sete e quinze. Ainda dá tempo de chegar à escola sem que ninguém suspeite de nada. Bom... ninguém além da minha cara de zumbi.
Me arrasto até o banheiro. A água fria escorre pelo meu rosto, me acordando aos poucos. Escovo os dentes, visto a primeira roupa confortável que encontro — preto da cabeça aos pés — e desço as escadas tentando parecer uma pessoa funcional.
Reggie já está na cozinha, mastigando alguma coisa que parece ter sido comida um dia.
— Vinnie, dá carona pra Megan. — ele diz, apontando vagamente para a irmã como se desse ordens para um motorista.
Eu só balanço a cabeça.
— Bom dia, maninhos. — Megan canta, toda animada. Como alguém consegue estar feliz a essa hora?
— Eu já vou indo. Combinei de pegar a Avani. — Reggie fala, pegando as chaves antes de desaparecer porta afora.
Megan me observa de perto. Muito perto.
— O que você fumou? — ela pergunta com a sutileza de uma marreta.
— Oi? — tento parecer inocente.
Ela revira os olhos.
— Suas pupilas estão gigantes, Vincent. Se a mamãe e o papai souberem disso, você tá morto. Morto. — ela cruza os braços, já negociando mentalmente sua vantagem.
Suspiro.
— Quanto você quer?
Ela sorri. Aquele sorriso predador que só irmãos mais novos possuem.
— Hm... cem dólares. Não. Duzentos.
— Duzentos?! — abro a boca, indignado.
— Isso, ou alguns meses sem sua lata velha. — ela diz, mexendo no cabelo com elegância ensaiada.
— Não fala assim do meu carro. — protesto. Mas entrego os duzentos.
Ela os guarda com o mesmo entusiasmo de quem encontra um tesouro.
— Adoro fazer negócios com você. Agora vamos, senão a gente se atrasa.
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Chegamos à escola, e ao entrar no corredor vejo exatamente quem eu queria — e não queria — encontrar.
— Mia. — chamo.
Ela se vira devagar, os olhos grandes e atentos.
— Oi.
Engulo seco. Estranho como ela consegue me deixar mais nervoso do que qualquer treino.
— Eu... queria pedir pra você não contar nada pros meus pais sobre ontem. — digo, passando a mão na nuca.
Mia sorri daquele jeito contido, quase secreto.
— Tudo bem. Seu segredo tá seguro comigo.
Alívio imediato.
— Valeu. Você já vai pra casa?
— Já.
— Quer carona? — ela nega, mas eu insisto: — Anda, aceita. É o mínimo depois de ontem.
Ela hesita, mordendo o lábio, antes de ceder:
— Tá bom.
Sorrio antes que possa controlar. Caminhamos juntos até meu carro.
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— Obrigada pela carona. — ela diz quando estaciono perto da casa dela.
— De nada.
Mas algo em mim não quer que ela vá embora ainda.
— Mia. — chamo antes que ela tire o cinto. Ela me olha, curiosa. — Quer... quer comer alguma coisa? Em algum lugar?
Ela pisca, surpresa. Depois, dá um sorriso leve — o suficiente para bagunçar minha respiração.
— Pode ser.
Ela coloca o cinto novamente. Ligo o carro, tentando não parecer feliz demais.
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Na lanchonete, o clima é tranquilo. Aquele tipo de tarde que poderia virar lembrança.
— Tá gostando de ser líder de torcida? — pergunto, enquanto esperamos o pedido.
Ela ri baixinho.
— Em partes.
— Como assim? A Samantha tá te enchendo? — pergunto, mas ela balança a cabeça.
— Não... ela só é mandona. Desde que virou vice-capitã, acha que manda em todo mundo. — ela explica. — E você? Como estão os treinos?
— O mesmo de sempre. — dou de ombros.
Ela sorri novamente. Um sorriso pequeno, mas verdadeiro — como se guardasse o resto só pra quem merecesse.
A atendente chega com nossos pedidos.
— Aqui está.
A bandeja bate levemente na mesa, mas o som se perde na sensação estranha e boa de estar ali com ela.
Eu não sei exatamente o que Mia representa pra mim. Não ainda. Mas naquele instante, com o sol da tarde entrando pela janela e ela mexendo distraidamente no canudo do milk-shake...
A verdade é que não quero que o dia acabe tão cedo.
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