𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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Como eu odeio festas. Luzes piscando, música alta demais, gente tropeçando em seus próprios pés. Às vezes me pergunto quem teve a brilhante ideia de juntar um monte de adolescentes suados em um quintal e chamar isso de diversão.
Eu poderia estar na minha cama, enrolada nas cobertas, lendo um livro qualquer. Mas não. Eu precisava estar aqui — trancada em minha própria mente — enquanto minhas amigas se divertem e a festa desmorona ao redor.
— Aconteceu alguma coisa? — Vinnie pergunta do meu lado, aproximando-se como se pudesse me ler pelos gestos.
Nego com a cabeça.
— Tá chato, né? — ele completa, e seu sorriso torto aparece.
Assinto. Ele ri. E por alguma razão, esse riso me atinge como um soco suave no estômago.
— Vou tomar um ar. — digo, descendo da mesa.
— Eu vou com você. — ele fala no mesmo instante. Como se fosse óbvio.
Caminhamos juntos, lado a lado, até os fundos da casa. O barulho da festa se dissolve atrás de nós, como se estivéssemos atravessando uma cortina invisível. Sentamos na beira da piscina, e a água gelada roça nossos pés como um aviso.
Por um breve segundo, sinto o coração acelerar. É só ele. Mas é ele.
— Como anda a vida? — ele pergunta, com um sorriso pequeno no canto da boca.
Dou uma gargalhada curta.
— "Como anda a vida?" — repito. — Essa foi a pior pergunta que eu já ouvi.
— Eu tentei, tá? — Ele ri de si mesmo. — Tô meio enferrujado em puxar assunto.
— Reparou não. — digo irônica.
— Os caras do futebol estão te enchendo o saco ainda? — ele pergunta, sem olhar para mim, mas movendo os pés na água.
— Não. O que é um milagre. — faço o mesmo. — E você? A Samantha ainda insiste? Assim que as palavras saem, me arrependo. — Não que eu tenha alguma coisa a ver com isso...
Ele suspira, relaxando os ombros.
— Fica tranquila. Sobre a Samantha... ela está igual sempre.
Silêncio. Ele respira fundo, como se estivesse organizando pensamentos antigos.
— Você gosta disso? — pergunto de novo, mais baixo. — Dela insistindo em algo que você não quer... ou talvez não quer com ninguém.
Vinnie vira o rosto na minha direção. Ele me olha como se estivesse me vendo pela primeira vez naquela noite.
— Gostar? — ele repete, devagar. — Ninguém gosta disso, Mia. O problema é que quanto mais eu deixo claro que não quero nada, mais ela insiste em tentar. É exaustivo.
Ele então coloca a mão sobre a minha. Não aperta. Não puxa. Só encosta. E meu corpo inteiro parece ficar em silêncio para sentir isso acontecer.
— Eu quero ter algo sério com alguém um dia. — ele diz, a voz baixa, profunda. — Quero amar alguém como nunca amei antes. Quero sentir aquela coisa no estômago quando vejo a pessoa... Ele sorri de lado. — Quero construir uma família com ela.
Meu peito se aperta. Não sei por quê, mas algo dentro de mim se ilumina — pequeno, tímido, teimoso. E eu sorrio. Um sorriso bobo, escapando por conta própria.
Ele percebe. E eu percebo que ele percebe.
— Bom, a conversa está boa... — ele diz, levantando-se — mas eu preciso voltar. Ele hesita. Só um segundo. — Até daqui a pouco.
E vai embora.
...
— Que merda você bebeu, Megan? — pergunto, tentando segurar o peso dela.
— Tô com sono... — ela murmura, fazendo bico como uma criança.
— Você já vai dormir. — a coloco na cama.
Amy está esticada como uma estrela-do-mar bêbada. Megan afunda no colchão como se o mundo estivesse girando devagar demais.
— Mia... — Megan me chama, a voz falhando.
— Oi? — chego perto.
— Acho que vou vo... Ela não termina. Vomita em mim.
Meu cérebro vira uma tela azul de erro.
Corro para o banheiro, tiro a blusa rapidamente e coloco no cesto de roupas sujas. Pego qualquer coisa no closet da Megan — o que é burrice, porque tudo nela é minúsculo — e enfio por cima.
A blusa fica apertada demais. Obviamente.
— Megan... — chamo, mas ela já afundou no sono.
Olho para a cama. Não tem espaço pra mim. Nem um pedacinho.
Então sento no chão.
O quarto está silencioso. A casa está silenciosa.
E, sem querer, penso no que aconteceu lá fora, na beira da piscina. Na mão dele sobre a minha. Na voz dele falando de amor como se fosse algo que ele finalmente estivesse pronto pra sentir.
E eu me pergunto — mesmo sabendo que não deveria:
Será que ele estava falando de mim?
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