𝖳𝗐𝖾𝗇𝗍𝗒 - 𝗈𝗇𝖾

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M5/1O fim de semana finalmente chegou, e eu agradeço aos céus por isso

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M5/1
O fim de semana finalmente chegou, e eu agradeço aos céus por isso. A semana foi simplesmente infernal: provas atrás de provas, uma coreografia nova das líderes de torcida, um desentendimento idiota com as meninas, uma visita inesperada à diretoria porque ajudei um garoto a não ser pego fumando maconha... tive até que implorar para o diretor não me suspender — e, por um milagre, funcionou. Agora só me resta cumprir um dia na detenção.

Dias de luta, dias de glória.

No momento, estou me preparando para passar o fim de semana na casa da vovó. E, honestamente, estou mais animada do que achei que estaria. Faz anos que não a vejo pessoalmente; nossas conversas ficaram restritas a chamadas de vídeo e mensagens rápidas. Sinto falta dela de verdade — do cheiro de lavanda, daquela voz que diz meu nome como se me conhecesse desde antes de eu nascer.

— Já estão prontos? — meu pai pergunta, aparecendo na porta do meu quarto.

— Tô quase. — respondo enquanto passo protetor solar nos braços. — Pronto. Vou chamar o Blake. — digo, entregando minhas malas para ele.

Meus pais nem sempre foram assim... distantes. Quando éramos pequenos, eles estavam sempre presentes: nos eventos da escola, nas apresentações, nos aniversários. Mas, quando completei quinze anos, tudo mudou. Evaporou. Eles passaram a nos evitar como se a convivência tivesse se tornado uma obrigação pesada demais.

Uma hora você é criança. Na outra, tem dezessete anos e está tentando descobrir quem é no meio do caos.

Às vezes, eu só queria voltar a ter cinco anos.

— Vovó! — exclamo assim que vejo aquela figura pequena, impecavelmente arrumada, nos esperando do lado de fora da mansão.

— Querida! — ela abre um sorriso grande e me envolve em um abraço apertado, cheio de saudade. — Como você cresceu! Blake, ainda com essa cara de Buda. — ela ri, e Blake revira os olhos antes de se render ao abraço também.

— Mãe... — minha mãe diz, abraçando-a logo depois.

{...}

— Olha só... se não é a Mia Grey. — reconheço a voz ácida de longe.

Nancy.

Tecnicamente, ela nem é minha prima de sangue. A mãe dela se casou com meu tio quando Nancy já era adolescente. Mas, ainda assim, faz parte da família — de um jeito ou de outro.

— Nancy. Quanto tempo. — digo, forçando um sorriso educado.

— Pois é. — ela responde, o tom carregado de uma amargura disfarçada. — Quanto mais o tempo passa, mais você fica... uhm... bem... — ela procura uma palavra que machuque.

— Linda! — a irmã dela, minha prima de verdade, se apressa em completar. — Sério, Mia, não sei como você consegue ficar ainda mais bonita.

— Olha quem fala. — digo, indo abraçá-la com carinho.

— Falsas. — Nancy tosse de propósito.

— Vamos mesmo falar de falsificação, Nancy? — Dandara pergunta, cruzando os braços.

— Ah, irmãzinha, tenta chegar aos dois metros de altura e depois você tenta conversar comigo. — Nancy sorri falso e sai rebolando para a cozinha.

Reviro os olhos.

— Não liga pra ela. — digo, alisando o braço de Dandara.

— Ela piora a cada ano. — ela suspira.

 — ela suspira

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Não revisado...

Para agradecer os 2,39 mil.

𝗺𝗶 𝗮𝗺𝗼𝗿, 𝖵𝖨𝖭𝖭𝖨𝖤 𝖧𝖠𝖢𝖪𝖤𝖱Onde histórias criam vida. Descubra agora