𝖤𝗂𝗇𝗀𝗁𝗍

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𝗠𝗜𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗬

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𝗠𝗜𝗔 𝗚𝗥𝗔𝗬

Levanto da cama da Megan com o coração ainda meio acelerado pela conversa da noite anterior. Vou até a porta, tentando ignorar a preguiça e o friozinho que sobe pela coluna só de pensar em atravessar o corredor escuro. O banheiro da Megan estava quebrado — claro, justo hoje — e o encanador só viria amanhã. Então respirei fundo e fui em direção ao banheiro do corredor, mesmo sabendo que ele ficava exatamente entre o quarto dela... e o do Vinnie.

O quarto dele.
Bem de frente para o da Megan.
Eu já tinha me pego olhando sem querer — ou talvez querendo — quando ele trocava de camiseta. Aquele momento rápido em que ele levantava os braços e a camiseta subia junto, revelando músculos marcados... era difícil ignorar.

Abro a porta com cuidado, mas antes mesmo de conseguir dar dois passos, escuto um som abafado vindo do quarto do Vinnie. Um som ritmado... íntimo... quente.

Meu corpo congela.

Me aproximo sem pensar — burrice — e então escuto com clareza.

Gemidos.

Meu Deus.

Sinto meu rosto esquentar instantaneamente, meu estômago embrulhar e um arrepio subir pelas minhas costas. Saio dali rápido, quase tropeçando nos próprios pés, e entro no banheiro, fechando a porta com força demais.

Minha mão está trêmula.
Meu coração dói.
Por que eu fui ouvir isso?

Faço minhas necessidades tentando ignorar a sensação de algo apertando dentro do peito. Lavo as mãos e respiro fundo antes de abrir a porta — mas quando abro, dou de cara com um corpo firme, quente e alto o bastante para me fazer engolir o ar.

Vinnie.

Ele olha para mim como se conseguisse sentir minha turbulência de longe.

— Aconteceu alguma coisa? — ele pergunta, a voz baixa, rouca demais para essa hora.

Eu balanço a cabeça rapidamente, desesperada para sair dali. Tento passar por ele, mas sinto meu braço ser puxado com firmeza, sem força bruta... mas com intensidade.

— Tá fugindo de mim? — ele pergunta, e o jeito como os olhos dele percorrem meu rosto me faz querer olhar para qualquer outro lugar.

— Eu tenho que ir. — murmuro, tentando escapar.

Mas então...

— Amor? — uma voz aguda e enjoativa corta o ar. — O que vocês dois estão fazendo?

Samantha.

Claro.

Ela aparece na porta como uma sombra ruim, e a luz da janela ilumina seu rosto irritado.

— Nada, Samantha. E para de me chamar de amor. — Vinnie diz, me soltando imediatamente.

Tento sair, mas antes que eu consiga dar um passo, meu braço é puxado de novo — e dessa vez não é por ele.

É por ela.

Merda.

— Aonde pensa que vai? — Samantha rosna, apertando meu braço.

— Me larga, Samantha. — digo, firme, mas ela ignora completamente.

Vinnie não ignora.

— Solta ela, Samantha! — ele fala alto, a voz carregada de ameaça.

Ela ri, amarga.

— Por quê? Na hora de beijar meu namorado você não corre! — ela solta, e eu reviro os olhos com força.

— Eu não sou seu namorado, Samantha. — Vinnie diz, dando um passo à frente. — E solta ela agora.

Ela recua. As mãos tremem. Ela solta meu braço como se tivesse percebido que passou dos limites.

— Vá embora. — ele diz, frio.

Samantha joga o cabelo, vira de costas e sai batendo os pés como se fosse quebrar o chão inteiro.

Vinnie revira os olhos e solta um suspiro pesado.

Eu tento seguir para o quarto da Megan, mas ele fala atrás de mim, a voz baixa:

— Me desculpa.

Dou um sorriso suave, o suficiente para dizer "tá tudo bem", mas sem coragem de olhar muito tempo para os olhos dele — porque eles estavam intensos demais.

Entro no quarto e me enfio de volta na cama, tentando apagar tudo aquilo da minha cabeça.

Mas não consigo.

A imagem dele tão perto.
A mão quente segurando meu braço.
A voz mandando ela me soltar.

Meu coração bate rápido por tempo demais.

Acordo assustada quando algo pesado cai sobre mim.

— Bom dia, flor do dia! — Megan grita por cima de mim, rindo como se nada no mundo pudesse abalar a paz dela.

— Bom dia... — murmuro, tentando voltar à realidade.

— Adivinha? Meus pais viajaram. — Megan fala com um sorrisão. — E o café tá na mesa.

Levanto num pulo.

— Vou escovar os dentes e trocar de roupa. — digo indo para o banheiro. — Cadê a Amy?

— Já está lá embaixo! — Megan fala, já saindo pela porta.

Respiro fundo.

A manhã está começando.

E eu ainda consigo sentir o toque do Vinnie no meu braço...
como se tivesse acontecido agora.

como se tivesse acontecido agora

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𝗺𝗶 𝗮𝗺𝗼𝗿, 𝖵𝖨𝖭𝖭𝖨𝖤 𝖧𝖠𝖢𝖪𝖤𝖱Onde histórias criam vida. Descubra agora