𝗩𝗶𝗻𝗻𝗶𝗲 𝗛𝗮𝗰𝗸𝗲𝗿 || ❛❛ Mia eu não sabia o que era amar até percebe o que sentia por você! Eu te amo e sempre vou te escolher, mas enquanto a mim? Você ainda vai me escolher? ❜❜
𝑵𝒂 𝒒𝒖𝒂𝒍 Vinnie descobre que a irmã de seu melhor amigo, t...
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𝗩𝗜𝗡𝗡𝗜𝗘 𝗛𝗔𝗖𝗞𝗘𝗥
— Pensei que você não vinha mais. — diz Laura assim que entro na casa dela.
O perfume doce dela invade o ar, mas não faz meu peito acelerar. Não como fazia antes. Não como eu esperava que fizesse.
— Estava na casa do Blake. — respondo, mordendo os lábios ao notar a roupa curta, calculada, que ela escolheu para me provocar.
Laura cruza os braços.
— Sem enrolação, Vinnie. Vamos ao que interessa.
E antes que eu diga qualquer coisa, Caroline já está sobre mim, calorosa, apressada, insistente. E eu deixo acontecer. Porque é fácil. Porque não envolve pensar. Porque não envolve sentir.
...
Quando chego em casa, o relógio marca meia-noite. Entro como um ladrão, tentando não produzir ruído algum. Se meus pais me pegarem chegando essa hora, já posso encomendar o caixão.
Fecho a porta devagar, sentindo o coração pulsar alto demais. Dou dois passos até as escadas e então... vejo uma silhueta parada na cozinha.
Puta merda. Que não seja minha mãe. Nem a Megan. Nem um fantasma.
Continuo andando. Um degrau. Dois. Três... Quando estou no meio da escada, uma voz ecoa:
— Posso saber onde o senhor estava?
Congelo. A voz parece uma imitação ruim da minha mãe.
Viro devagar e solto todo o ar preso nos meus pulmões.
É Mia.
De pijama. Um pijama cheio de corações. E o cabelo bagunçado, preso de qualquer jeito. Linda de forma absolutamente despretensiosa.
— Achei que fosse morrer agora. — digo, a mão no peito. Mia ri baixinho, como se fosse proibido fazer barulho à noite.
— Desculpa pelo susto. — ela sobe mais um degrau, se aproximando.
E então eu falo o que não deveria:
— Só desculpo se você me der um beijo.
Ela congela. O rosto fica tão vermelho que ilumina o corredor inteiro.
— Você tinha que ver sua cara. — acrescento, rindo para aliviar a tensão que eu mesmo criei.
Mas ela não sorri. Não responde. Só vira o rosto e continua subindo.
Merda. Eu sou um idiota.
— Mia. — chamo, com a voz mais baixa do que pretendia. Ela se vira. Seus olhos brilham na penumbra. — Me desculpa.
Ela assente com a cabeça e volta a caminhar.
Eu a sigo. Não deveria, mas sigo. Quando Megan abre a porta e começa a sair do quarto, eu puxo Mia pelo braço e a jogo suavemente para dentro do meu quarto.
— Vinnie! — ela sussurra, assustada.
— Calma... deixa a Megan descer. — digo, observando pela fresta da porta.
Podemos ouvir os passos de Megan descendo a escada. Só quando ela some, fecho a porta e me aproximo.
Mia dá dois passos para trás. Não por medo. Mas por nervoso.
E o pior? Eu fico ainda mais nervoso.
— Eu só... não queria que ela visse você aqui comigo a essa hora. — explico.
Ela aperta os dedos, sem saber onde colocar as mãos.
E eu sento ao lado dela na cama. Ela se afasta um pouco, mas não o suficiente para dizer "não quero você perto".
O suficiente apenas para dizer "estou com medo de querer".
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No dia seguinte, o caos habitual.
— Posso ser sincero com você? — Kio pergunta, jogando-se na cama do Blake.
— Você sempre é. — respondo.
— Bom... — ele começa, mas a porta se abre bruscamente.
Megan entra como um furacão.
— Vamos logo! Temos que arrumar as coisas da festa!
— Já vou, calma. — digo, rolando os olhos.
— Quero me arrumar cedo! — ela responde, ainda mais dramática.
— Tchau, babacas. — digo, saindo do quarto e indo em direção à porta da saída.
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A festa já está rolando quando chego.
— Vinnie, essa festa tá demais! — uma ruiva sorridente diz, empolgada.
Eu agradeço com um aceno. Mas meu olhar já está procurando outra pessoa.
E encontro.
Mia está sentada no mármore da mesa, balançando as pernas e bebendo um energético. Sozinha. Pensativa. Bonita sem tentar.
Me aproximo devagar.
— Por que tão sozinha? — pergunto, me inclinando. — Posso?
Aponto para o energético. Ela assente e me entrega a lata. Nossos dedos se tocam.
Ela desvia o olhar rápido demais. E isso me mata. E me chama. E me prende.
Quero dizer tanta coisa.
Que o pijama de corações ficou na minha cabeça. Que o susto da escada me arrancou o fôlego. Que eu sou um idiota por não saber como agir perto dela. Que Laura não significou nada. E que Mia... significa tudo.
Mas só consigo dizer:
— Você tá linda hoje.
E ela cora. De novo. Como se fosse um hábito, como se fosse natural, como se fosse... por mim.
E talvez seja.
Talvez sempre tenha sido.
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