With love...

part 3

Eu estava ansiosa para nossa repentina viajem, mas somente a ideia de estar sob o mesmo teto que Rafe Cameron por alguns dias era aterrorizante, pode ser que eu esteja sendo dramática, mas eu realmente não quero que os sentimentos adormecidos em meu peito resolvam aparecer novamente, não os que eu sentia por ele.

Rafe e seu pai haviam ido embora na manhã seguinte, fiz questão de não aparecer para me despedir, porém, não contive minha curiosidade de observa-lós pela janela. Rafe parecia ter lido meus pensamentos, pois seus olhos azuis encontraram os meus ocasionando um sorriso debochado em seu rostinho bonito. Aquele sorriso há alguns anos atrás me causariam borboletas na barriga e um milhão de fanfics nossas na minha cabeça, mas hoje, tudo o que me causava era uma raiva inexplicável, eu não iria dar esse gostinho a ele, eu não iria me apaixonar novamente por Rafe.

surpreendentemente, recebi uma ligação inesperada de Sarah, ela pediu desculpas por termos perdido contato e não parava de dizer o quão animada ela estava por saber que iríamos nos ver novamente, me contou animada sobre seus amigos e que estava louca para eu os conhecer. Após a ligação com Sarah eu estava um pouco mais calma e realmente interessada nas coisas novas que Outer Banks poderia me oferecer.

Eram exatamente 6­:00 da manhã quando ouço minha mãe gritar contra a porta do quarto dizendo que eu devia me arrumar logo. Me levanto com a maior vontade de continuar na cama e sigo para o banheiro, tomo um banho quente quase dormindo no box e termino de me arrumar logo descendo as escadas com minha mala e uma mochila.

_ bom dia _ meu pai me cumprimenta animado depois de bebericar do seu café amargo  _ animada?

_ pulando de alegria, olha só _ indico com o dedo para minha cara de sono e meu pai da uma risada.

_ prometo que você irá gostar e ..._ meu pai começa a contar animado sobre Outer Banks e histórias de suas antigas viagens para lá, eu ouvia tudo enquanto devorava meu café da manhã.

_ eu não acredito que o senhor Byers tinha uma namoradinha em Outer Banks _ brinco e meu pai faz um sinal de silêncio mostrando minha mãe que dava as últimas instruções á Lucy sobre algumas coisas da casa.

_ foi minha primeira _ ele fala e encara o nada com um sorrisinho no rosto

_ primeira? _ pergunto desconfiada e meu pai arregala os olhos

_ namorada Aliya _ seu tom desesperado me arranca uma risada

_ eu sei pai _ o tranquilizo _ mas você pareceu gostar muito dela _ ele assente sorrindo

_ eu gostei, foi meu primeiro amor

_ puta merda, que lindo, por quê terminaram ? _ pergunto realmente curiosa. eu amava a relação que tinha com meu pai, era incrível como éramos próximos e confiávamos um no outro para nos abrirmos sobre coisas que não nos fazem bem ou que nos deixavam extremamente felizes.

_ olha a boca _ ele me repreende sobre meu palavreado e eu reviro os olhos sussurrando um '' sorry''_ não deu certo e era inútil ficar insistindo em algo que só nos machucava, então achamos melhor acabar tudo.

_ não acredito _ falo indignada _ que pessoa que acha seu primeiro amor e o deixa escapar, doideira demais  _ meu pai sorri com minha indignação

_ algumas pessoas são destinadas a passarem por sua vida, Alyia, mas não a ficarem nela _ ele se levanta ao checar as horas em seu relógio _ vamos? _ ele sai me deixando perdida com sua frase naquela enorme cozinha e ainda não havia me contado direito sobre sua trágica história de amor. Eu precisava chegar ao fundo disso e meu pai me conhecia bem o suficiente para saber que eu não sossegaria até descobrir a antiga dona do coração do meu velhote.