Part 27

466 36 4
                                    



Com o coração na mão eu adentrei o jipe vermelho de Connor que me esperava em uma rua um pouco afastada da casa dos Cameron. Eu não poderia correr o risco de ser pega fugindo de casa em plena 2:30 da manhã.

Quando sentei no estofado macio e senti os lábios de Connor tocarem minha bochecha quando me cumprimentou, eu sabia que não teria mais volta.

Seu jipe vermelho parecia ter sido comprado há pouco tempo, era notório pelo estado perfeito que ele se encontrava. O perfume de Connor contaminava todo o ambiente, ele vestia uma camisa preta de manga cumprida e calça moletom. Ele estava extremamente atraente enquanto dirigia, seus olhos escuros fixos na estrada com o maxilar marcado e um sorriso de lado.

Eu tinha minhas mãos repousadas sobre meu colo enquanto tentava entender aonde arrumei coragem para tal ato. Eu jamais me imaginaria em uma situação dessas, mas aqui estava eu.

_ pensei que não viria _ Connor corta o silêncio constrangedor que havia entre nós.

Apertei meus dedos tentando amenizar a tensão que inundava meu corpo e abri um sorriso pequeno.

_ é _ foi a única coisa que respondi.

O caminho até a sua casa foi um completo silêncio, nenhum de nós parecia saber o que dizer, e eu realmente achava melhor assim.

Quando Connor estacionou na garagem da sua casa, comecei a rever toda essa ideia e tive certeza que era péssima quando sua mão se apoiou em minha coxa desnuda.

Seus dedos gélidos me fizeram arrepiar, me virei para ele que tinha um olhar profundo e instigante.

_ você parece tensa? _ ela sorri _ eu sei um jeito de te acalmar _ ele pisca e abre a porta do carro.

Sou surpreendida quando a porta ao meu lado é aberta e Connor estende sua mão.

_ vamos? _ pego sua mão e sigo Connor até o seu quarto.

Sua casa era simples e confortável, havia algumas latinhas de cerveja sobre a mesa da cozinha, e uma pessoa dormindo no sofá da sala enquanto passava um filme qualquer.

Cruzamos a sala em silêncio e adentramos seu quarto, suas paredes tinham tons escuros e havia algumas fotos no armário de Connor e um homem mais velho, seu pai, pensei. Havia algumas coisas de esportes, e uma cama de casal com uma escrivaninha do lado.

_ decorei quando era mais novo _ ele esclarece ao me ver observar o quarto _ está assim desde que fui embora _ assenti e corri meus olhos pelas paredes esperando Connor tomar alguma atitude.

_ por que você foi embora? _ pergunto curiosa. Connor me encara pensativo e se senta sobre a cama.

_ problemas de família _ assinto novamente e Connor sorri caminhando até mim _ acho que já perdemos tempo demais, você não acha? _ ele diz baixo e leva sua mão até o meu rosto acariciando minha bochecha.

Sua boca se encontra com a minha enquanto suas mãos descem até a minha bunda, diferente da outra vez, seu aperto era mais forte e certeiro. Connor me empurra contra a parede e desce seus beijos para o meu pescoço onde ele deixa mordiscadas de leves.

Seus lábios voltam a cobrir os meus, dessa vez com mais desejo enquanto suas mãos me erguem me fazendo entrelaçar minhas pernas envolta da sua cintura.

Ele morde meu lábio de leve e me encara.

_ porra, você é linda pra caralho _ ele diz antes de voltar a me beijar.

Connor me carrega até a cama e deita seu corpo sobre o meu, ele se ergue e retira sua camisa preta revelando seu torso que carregava alguma tatuagens.
Sorrio com a visão e ele se deita novamente sobre mim, sem despejar todo seu peso.
seus dedos deslizam sobre meu corpo até chegarem na barra da minha blusa, ele adentra lentamente com sua mão, e acaricia minha pele exposta a subindo um pouco mais, quando chega perto dos meus seios o afasto e me sento sobre a cama.

_ algum problema ? _ ele pergunta e eu nego _ você já fez isso alguma vez? _ sua voz soava apreensiva _ meu silêncio era a resposta que ele precisava.

Eu imaginei que Connor iria parar por aqui e dizer que não gostava de virgens, mas eu estava completamente enganada. vi um sorriso nascer em seus lábios e seus olhos carregarem um brilho diferente.

Ele acariciou a minha bochecha e me beijou ferozmente, parecia que depois da sua descoberta, eu havia ficado 10 vezes mais atraente. Ele me deitou novamente sobre o colchão e levou sua mão até a minha coxa a apertando, o senti subir com sua mão por entre minhas pernas, logo as tirando e pondo uma de cada lado meu.

Connor pressionou seu corpo contra o meu e senti sua ereção contra minha barriga.

Droga, o que eu estava fazendo, eu não queria aquilo, não agora, não com ele.

Me levantei rápido acertado minha cabeça com a dele, Connor se jogou para o lado esfregando a mão na testa, sinto minhas bochechas queimarem de vergonha enquanto murmurei um " desculpa" inventando em seguida uma desculpa qualquer de que alguém havia me ligado e eu precisava ir. Não esperei sua resposta e apenas sai da sua casa às pressas.

Eu não sabia se ria ou chorava da minha desgraça. Essa era, sem dúvidas, uma das maiores vergonhas que eu passei em toda minha vida. Eu desejava nunca mais ver aquele garoto na minha frente.

Agora, eu estava sozinha, em plena madrugada, caminhado por uma rua deserta sem saber para onde ir. Não poderia ficar pior, a última vez que eu sai sozinha, encontrei um maluco que tentou me violentar, e era de dia, meu Deus, eu estava correndo risco de vida.

Eu quase perdi minha virgindade com um garoto qualquer e agora eu podia morrer.
O medo se infiltrava em meus ossos, e meu coração erra uma batida quando ouço um barulho alto. Olho para os lados a procura de algo, e escuto o barulho de novo e de novo.

Começo a correr desesperada e o ouço outra vez, meu coração batia rápido e minha respiração estava falha. Parei por falta de ar e dei um salto quando o barulho se repetiu . Me dou um tapa na testa quando percebo ser o celular em minha bolsa.

_ puta que pariu, como esse sou idiota _ pego o celular e leio as mensagens de Connor me oferecendo uma carona. Nego na esperança dele, pelo menos, insistir, e só recebo um " você que sabe".

Ainda bem que eu não dei pra esse tapado, penso, Mas a culpa era inteiramente minha, o que carambas eu achava que iríamos fazer em sua casa, jogar uno e comer coxinha, mesmo sendo uma boa ideia, o que Connor queria comer estava fora de questão.

Escutei o som de carro e senti o desespero tomar conta do meu corpo, eu rezava para que não fosse aquele maluco. Minhas começam a tremer enquanto eu dava passos rápidos e precisos.
O barulho se tornou mais alto e eu senti minha vida esvair por meus dedos quando o carro começou a andar lentamente ao meu lado.

Eu não tinha coragem de encara-ló, eu estava com medo de encontrar novamente seus olhos escuros e seu sorriso perverso, mas tudo o que encontrei foram olhos azuis que me fitavam surpresos, por ventura, se perguntando o que eu fazia ali uma hora dessas.

_ Alyia ?

With love...Onde histórias criam vida. Descubra agora