With love...

Part 30

Ward tinha um sorriso em seus lábios e as mãos cruzadas sobre a mesa.
Ela indicou com o olhar a cadeira á sua frente e adentrei o cômodo á passos lentos.

Eu sentia cada partícula em meu corpo se afundar em um poço de nervosismo.
Seu sorriso cruel e seu semblante calmo, faziam um arrepio passar pela minha espinha e pensamentos ruins cruzarem minh mente.

Eu sabia que o que viria a seguir seria ruim, eu só não imaginava que poderia ferir tantas pessoas além de mim.

Me sento sobre a cadeira e coloco em meu rosto a feição mais falsa de tranquilidade que eu poderia o mostrar.
Ward apenas continuou sorrindo durante todos próximos segundos.

Eu mexia o pé freneticamente enquanto batucava os dedos no braço da cadeira de madeira. Passei meus olhos pela sala em busca de alguma informação, pelo menos algo que me transmitisse tranquilidade, mas tudo ali, até o cheiro me faziam entrar em pânico.

Respirei fundo, e tomei coragem para dizer algo.

_ o que você quer ? _ perguntei sem rodeios em um tom duro. Eu sabia que seus assuntos que se relacionavam á mim não era amigáveis e tampouco de meu interesse.

Ward apenas continuou com seu sorriso frio e seus olhos foram até a porta quando o barulho da maçaneta rodando chegou até nós.

_ agora podemos começar _ me virei para traz e meus olhos vacilaram.

Rafe caminhou até nos com uma feição neutra, ele se sentou na cadeira ao meu lado e suspirou antes de encarar o pai.

Retornei meus olhos para Ward que trocava olhares com o filho.
Milhares de teorias rondavam minha mente sobre o que poderia ser, e finalmente, Ward abre a boca para dar fim a minha curiosidade.

_  espero que tenha seguido sua parte do plano _ ele diz para Rafe que encara as canetas jogadas sobre a mesa. Rafe passou a língua no interior da boca e se moveu desconfortavelmente não cadeira.

Meu corpo gelou quando notei o que poderia ser.

_ Rafe? _ Ward repetiu seu nome impaciente 

_ não _ foi a única palavra que escapou de seus lábios.

Ward soltou um suspiro e saltei quando suas mãos bateram contra a madeira.

_ você é a porra de um inútil _ ele diz entredentes.

Rafe apenas engoliu calado as palavras duras do pai , enquanto tentava extravasar sua raiva apertando sua mão em punho até os nó de seus dedos ficarem brancos. Aquela frase havia o afetado absurdamente, eu jamais imaginei vê-lo daquela forma.
Rafe tentava, assim como eu, fingir que não ocorria uma tempestade avassaladora em seu peito, mas seus olhos entregavam o quanto que as palavras de Ward o machucaram.

_ eu imaginei que nem para fingir estar interessado nela você serviria _ arregalei meus olhos e me virei para Rafe que fitava o chão.

ele...eu não podia acreditar, eu sabia, eu sabia que havia algo errado, mas mesmo esperando o pior, ainda doía, ainda machucava como o inferno saber que suas palavras e ações eram apenas para me usar e ajudar o doente do seu pai.

Rafe nunca havia me decepcionado tanto quanto agora, eu o odiava, eu me odiava, me odiava por ainda ter sentimentos por ele e ainda ter tido pena dele a poucos segundos atrás.

Meu coração era bobo demais por ligar para pessoas que só se importavam com elas mesmas.

Rafe jamais se importou com a porra dos meus sentimentos.

_ então o plano seguirá de outro jeito, o que os dois sabem a verdade _ Ward termina.

As lágrimas já chegavam aos meus olhos.