With love...

Part 35

Os olhos de minha mãe se decaíram para o chão.

_ o que houve ? _ repeti com a voz mais firme.

_ Rafe sofreu um acidente _ arregalei meus olhos _ e parece ter sido sério ...

Antes que minha mãe pudesse terminar corri pela porta afora, adentrei o carro de Sarah que iria atrás de seu pai para o hospital.

A garota não disse nada, apenas tocou minha mão e me deu um sorriso pequeno.

Senti meu corpo ser consumido pelo medo, medo de que algo irreversível pudesse ter acontecido.
Minhas mão tremiam e minhas pernas não paravam quietas enquanto meu coração acelerava a medida que nos aproximávamos do hospital.

Sarah parou o carro em frente à entrada e rapidamente saltei para o lado de fora, corri para dentro do hospital parando em frente a recepcionista.

_ Rafe Cameron _ disse com a voz exausta.

_ você é parente do paciente ? _ ele pergunta com os olhos pregados na tela de seu computador.

Eu me segurava para não voar em cima dela e da sua enorme falta de interesse em sequer me olhar.

_ não, eu...sou uma amiga dele _ ela finalmente põe seus olhos em mim.

_ desculpa, mas você não pode vê-lo

_ moça, eu preciso vê-lo _ aproximo e coloco minhas mãos sobre o balcão _ eu preciso saber se ele está bem _ minha voz soava fraca e chorosa.

_ eu só estou seguindo ordens, senhorita _ passei a mão por entre os cabelos e respirei fundo tentando pensar em alguma ideia.

Caminhei vagamente em direção a saída e quando notei que ela estava novamente entretida em algo, corri disparadamente em direção aos quartos. Escutei seu grito fino e apenas parei de correr quando dei de cara com um homem alto vestindo um jaleco branco.

_ cuidado aí, moça _ ele sorri enquanto me fita tentar controlar minha respiração _ está tudo bem ?

_ não, eu estou procurando um amigo meu _  digo e ouço a voz da recepcionista se aproximar de nós _ Rafe Cameron _ os olhos do homem se apertam quando ele sorri novamente.

_ Cameron _ ele checa algo nos papéis que estavam em suas mãos _ ele é meu paciente _ não consigo segurar o sorriso que surge em meus lábios

_ e como ele está?

_ desacordado _ cambaleio para trás e o cara sorri novamente _ calma, ele está bem, só está sob efeito de remédios _ ele explica e solto um suspiro aliviado _ você não pode vê-lo agora.

_ eu só precisava saber como ele estava _ digo _ mas, quando eu puder vê-lo, em qual quarto ele está mesmo? _ pergunto como quem não quer nada e o doutor olha novamente os papéis.

_ Quarto 305 _ ele diz e bate fraco sobre meus ombros se afastando quando recebe uma ligação.

Percebi que a recepcionista havia ido para outra direção e agradeci aos céus por isso.
Rodei os corredores em busca do quarto de Rafe.

_ finalmente _ digo ao ver a placa com a numeração que indicava seu quarto. Abri a porta lentamente e vi uma das cenas que pensei serem uma das mais duras em que Rafe poderia estar, mas, aquela era apenas uma demonstração das coisas que viriam a me quebrar em milhões de pedacinhos.

Rafe dormia pacificamente sobre a cama de lençóis brancos do hospital, seu semblante estava calmo e sua respiração lenta.
Havia alguns fios em seus braços e alguns hematomas em seu rosto.