Um pai para você

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Elijah

Quando saio o consultório da Camille já é noite, vou direto para casa, quando chego percebo uma agitação de todos, Finn e Kol estão sentados na sala, me aproximo deles.

- O houve? - pergunto a eles um pouco preocupado.

- A Hope não ta conseguindo fazer magia, Freya e Luna estão ajudando ela. - Kol diz.

- Algum progresso? - questiono.

- Nada ainda! - Finn responde, saio da sala e vou em direção do quarto da Hope, chegando lá vejo a Hope, Luna e Freya de mãos dadas formado um circulo, acho que estão fazendo algum feitiço, passo direto e vou para o quarto da Ayla, bato na porta.

- Pode entrar! - grita la de dentro, abro a porta e entro, ela ta sentada no móvel que fica em baixo de sua janela.

- Eu queria falar com você. - digo me aproximando dela.

  - Pode falar Elijah! - fala me olhando, me sento a beira da cama ficando de frente para ela.

- Ayla eu quero me aproximar mais de você. - digo com um pouco de receio, ela me olha mas fica em silêncio, desvia o olhar e olha para a janela.

- Eu também desejo uma aproximação. - diz mas continua a olhar pela janela.

- Mas eu mal te conheço! - completa se virando para mim.

- Eu quero passar mais tempo com você. - digo me apoiando nas minhas pernas.

- Eu marquei uma sessão com a Camille amanhã de 9 horas, gostaria que fosse comigo. - digo.

- Tudo bem! - ela responde e se levanta.

- Amanhã as 9! - completa me olhando, vejo que ta com uma expressão triste.

- Ta chateada com o que aconteceu com a Hope? - pergunto ficando de pé.

- Vai me culpar também? - diz revirando os olhos.

- Eu jamais te culparia, além do mais eu estava la e vi o que aconteceu, você apenas bloqueou o feitiço dela. - digo colocando a mão no bolso e passeando pelo quarto.

- Ai é que ta, eu num só bloqueei o feitiço dela, eu também o reverti. - diz ela uma pouco agitada.

- Como assim? - a questiono curioso, porem antes dela responder ouvimos a porta abrir.

- Filha preciso que você venha ajudar aqui! - diz Luna entrando no quarto.

- Oi Eli! - fala ou notar minha presença.

- Olá Luna! - respondo como um adolescente apaixonado.

- Ayla? - Ela chama a filha.

- Ja estou indo! - Ayla responde, sorrir para mim e sai do quarto. No outro dia as oito horas já estamos prontos para irmos.

- Podemos desviar o caminho e irmos tomar uma lanche antes? - Ayla pergunta antes de entrar no carro.

- Claro, sei exatamente onde podemos ir! - digo entrando no carro, ela entra em seguida e dou a partida, logo depois estou em um café que tem o melhor beignets ne New Orleans, beignets um doce regional, uma mini bomba de chocolate com recheios variados, peço uma de chocolate e a Ayla vai na minha opção pegamos 4 beignets de chocolate e 2 capuccinos grandes, peço para a viajem e logo estamos no carro novamente.

- Onde estamos indo? - ela me pergunta curiosa.

- Você já vai ver. - respondo animado, paro o carro próximo ao city park.

- Você já veio aqui? - pergunto a ela.

- Algumas poucas vezes. - responde ao sairmos do carro, pego a sacola com os doces e o café e seguimos rumo ao park.

- Gosto de vir aqui para pensar. - digo a ela quando chegamos na ponte de pedra.

- É uma das paisagens naturais mais bonitas de New Orleans. - completo parando no meio da ponte, vou até a borda da ponte e olho para o rio que a corta.

  - É realmente lindo. - diz e se aproxima de mim.

- Eu e sua mãe vivíamos nadando em um rio perecido com esse. - digo a ela.

- Como ela era? - pergunta num tom calmo, um pouco triste.

- Ela era a alegria em pessoa, sempre muito animada, mesmo nos meus piores dias ela me fazia sorrir e me fazia sentir melhor. - respondo animado, ela porém parece que ficou mais triste.

- Eu gostaria de ter visto ela assim, ela sempre foi muito calada, sempre fomos muito próximas mas ela sempre foi muito na dela. - diz com a cabeça baixa.

- Não consigo imaginar a Luna quieta! - digo e começo a terminar de cruzar a ponte, ela me segue, nos sentamos em um banco próximo dali e começamos a comer.

- Você é muito apegado com sua família, eu admiro isso sabe! - ela diz em seguida morde o doce.

- Eu faço tudo pela minha família. - respondo olhando pra ela.

- Eu sempre quis uma família assim, grande, era só eu minha mãe e meu pai adotivo, aí ele morreu, ficou só eu e minha mãe. - ela diz.

- Você sabe que é da família né? É uma Mikaelson! - afirmo.

- Sei, embora a Hope faça questão de dizer que eu sou intrusa. - ela fala em um tom triste.

- Não de ouvidos pras provocações da Hope, ela só tem ciúmes. - falo e tomo um gole do café.

- Sabia que eu reverti o feitiço que ela lançou em mim? - ela pergunta e baixa a cabeça.

- Nós estávamos falando disso ontem, não deu pra você me responder porque sua mãe chegou, como assim? - pergunto curioso.

- O feitiço era pra me desmembrar, me matar, quando eu criei o escudo eu sabia que ia voltar pra ela, eu tive que reverter pra não atingir ela dessa forma. - ela responde me olhando com lágrimas nos olhos.

- Eu ainda não sei o porque ela não gosta de mim, nunca fiz nada contra ela. - conclui.

- Eu vou falar com ela, isso passou dos limites, era pra ser só uma brincadeira! - respondo terminando de comer o doce, ela também devora o dela, acho que tem meu gosto para doces, olho a hora de já são quase onze horas, perdemos a terapia, a levo para almoçar e passamos o resto dia juntos. Estamos agora voltando para casa, já é noite.

- Ai eu peguei a cobra e coloquei nos pés da sua mãe, ela correu e gritou por quase dez minutos, depois disso ela ficou sem falar comigo por um mês! - falo entre risos, estaciono o carro na garagem e olho para ela, vejo que ta dormindo no banco do carro, sorrio e saio do carro, vou até ela, abro a porta, tiro o cinto e a pego nos braços, subo as escadas e vou até o quarto dela, a coloco na cama, a cubro e dou um beijo de boa noite em sua testa, estou fazendo agora o que deveria ter feito quando ela era criança, a admiro por alguns instantes e logo depois saio do quarto.

O Lado Escuro da Lua. ( Liv 01 )Onde histórias criam vida. Descubra agora