Capítulo 11 (sentimentos)

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POV Autora ON

Desde que Sanzu se entende por gente ele sempre esteve sozinho, tinha uma família mas seu irmão mais velho o pressionava demais e ele se sentia mal com isso.

As pessoas o olhavam com desprezo, talvez por suas cicatrizes sinistras em seu rosto.

Ele não sabe o que é alguém se importar com ele, não sabe o que é receber carinho e até mesmo não sabe como é ser amado.

A solidão é um dos piores sentimentos que uma pessoa pode sentir, e Sanzu sempre se sentiu solitário.

Um dos únicos momentos de felicidade era quando decapitava ou esquartejava alguém.

Matar pessoas é um hobby para ele.

Sua vida inteira foi baseada em ódio, manipulação, morte e sociopatia.

Só não se suicidou ainda porque tem sua obsessão pelo seu rei.

Ele não sabe o que é amar alguém.

Sempre pensou que era só um psicopata, assassino, maníaco ou outra palavra que descrevesse alguém tão cruel como ele.

E ao sentir afeto, sentir seu coração acelerar em seu peito, se sentir feliz e sentir a necessidade de cuidar e não matar, o fez se sentir desestruturado por dentro.

POV Sanzu ON

Estou em uma boate bebendo e me drogando. Havia várias strippers dançando, algumas me cobiçavam com os olhos e sorriam maliciosas. Mas nenhuma que despertasse meu desejo, como ela faz.

Penso em minha vida e vejo o quão na merda estou. Minha vida se baseava em matar, drogas, sexo, era um ciclo vicioso que para mim fazia sentido até ela aparecer.

Quando fui a conhecendo me via perdido na imensidão de alegria que ela era, seu sorriso gentil era tão adorável, suas mãos delicadas em meu rosto, seu olhar puro se encontrando com meu olhar todo fodido.

Não achei que fosse ficar tão obcecado por ela.

Ela foi trazendo luz para minha vida, ela conseguia me fazer sorrir, e não era um sorriso ao acabar de ver alguém morrer, e sim um sorriso leve que me preenchia por dentro.

Me sinto um lixo por ter surtado com ela, se arrependimento matasse eu estaria morto na hora que a vi chorando.

Não consegui controlar meus próprios sentimentos.

Porque eu me sentia feliz ao seu lado, porque meu coração acelerava ao vê-la sorrir, porque sentia meu estômago gelar quando os nossos corpos se tocavam, porque não quero ficar longe dela?

Será que isso é o tal do amor?

POV S/n ON

Minha cabeça está um pouco dolorida, olho no relógio e marca três da manhã.
Memórias de antes de eu apagar voltam me fazendo chorar abraçada ao meu corpo.

Eu sabia que ele estava estranho, tinha algo o incomodando, só não imaginava que o motivo era eu.

Me lembro de suas palavras "Não, eu não te amo. Porque eu te amaria" e começo a chorar de soluçar, meu coração doía de tal forma que se eu pudesse o arrancaria fora.

Naquele momento eu vi em seus olhos que ele estava uma bagunça por dentro.

Ele disse que não queria me machucar, mas acabou me quebrando.

Meu coração me avisou que ia dar merda se relacionar com um psicopata.
Mas eu quis acreditar que ele poderia me amar, assim como eu o amo.

Ele era escuridão e eu queria ser sua luz, ele era uma bagunça e eu queria organizá-lo, ele era cruel e eu queria ser a sua bondade.

Seu sorriso alegrava meus dias.

Ele falou "Psicopatas não amam", será que ele sabe o que é o amor?

Acho que no fundo ele é só um menino solitário e assustado com seus próprios sentimentos.

Capítulo leve para acalmar.
Bjs em seu coraçãozinho e até.

Prazer, Sanzu HaruchiyoOnde histórias criam vida. Descubra agora