Desconfiança

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Domingo (Quinto dia na Coréia)

Narrado por Jungkook

Fui acordado às oito da manhã quando meu celular tocou insistentemente e me tirou o sono. Eu nem me lembrava onde tinha deixado, mas pelo som, tateei pela mesinha ao lado da minha cama e o encontrei no carregador. Pensei que poderia ser uma mensagem, mas era uma ligação. Então sem nem ver o nome na tela, atendi e coloquei no ouvido ainda de olhos fechados.

— Hum? — respondi ainda ressonando.

— Bom dia, Kookoo-hyung!

Confesso que eu não esperava aquela ligação e mesmo sendo acordado assim tão cedo, não consegui ficar zangado ao ouvir a voz de Jeonghee. Entre bocejos e uma sensação muito grande de cansaço, lhe dei atenção quando nem estava acordado direito e assim, conversamos um pouco.

— Vem tomar café da manhã com a gente aqui na casa da vovó!

— Talvez eu vá na hora do almoço.

— E por que não vem agora?

— Estou cansado, Hee — falei e bocejei. — Quero poder dormir mais um pouco para estar mais bem disposto.

— Cansado? Estava na balada? — perguntou e deu risadinhas.

— Eu não — respondi e sorri também.

— Não seja mentiroso, eu vi seus stories.

— Fofoqueiro — falei e me virei pro outro lado ainda me sentindo pesado e cheio de sono.

— Estamos esperando você aqui, hyung.

— Eu vou mais tarde, já falei...

— Não seja chato! E também não seja preguiçoso! Você tem poucos dias aqui na Coréia e quer ficar dormindo?

— Meu deus do céu, garoto... — lamentei.

— E então? Você vem?

— Ta bom, eu vou — falei e bocejei outra vez. — Vou para o café da manhã.

— Ótimo! Vou avisar a mamãe!

— Okay.

— Até mais, hyung! E trate de se levantar logo!

— Até logo, Hee — falei e logo desliguei o celular.

Feito isso, deixei o celular sobre a cama e logo virei para o outro lado ainda me sentindo preguiçoso. Fiquei ali calado e bem quietinho, ainda pensando em levantar ou não. Me aconcheguei entre os lençóis e quando eu menos esperava, novamente meu celular tocou. Respirei fundo, tateei pela cama e logo o coloquei no ouvido.

— Alô.

— Levanta, hyung — Jeonghee estava rindo ao falar.

— Como sabe que ainda não levantei?

— Ah, então não levantou mesmo? — deu risadinhas.

— Eu vou te fazer cócegas até você implorar pra eu parar.

— Primeiro tem que se levantar e vim pra cá, então deixa de ser molenga.

— Ah... Tchau, Hee — falei rapidamente.

— Levanta logo! — riu e logo desligou.

Pois é, meu priminho não me daria um desconto mesmo. Senti minha cabeça doendo quando me sentei na cama e posso dizer que eu não queria mesmo me levantar naquele horário em pleno domingo depois de ter voltado da balada às três da manhã na noite anterior. Mas, o que Jeonghee disse era real, eu tinha pouco tempo com eles por ali e deveria aproveitar por mais que isso me esgotasse.

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